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Destaques

5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance

Quando se lê ou ouve o termo dorama, muitas pessoas associam aos dramas românticos e leves, fazendo com que muitas pessoas evitem conhecer uma série de produções de gêneros diferentes, para quem também gosta de histórias mais sombrias e com uma dose de suspense e ação. Pensando em uma postagem assim que vi nas redes sociais, nas quais os dorameiros estavam indicando opções diferentes, decidi selecionar minhas cinco sugestões de dramas coreanos (kdramas) que fogem dos clichês românticos, dos quais algumas pessoas não gostam. Apesar de grande parte dos conteúdos lembrarem novelas de drama e romance, surgem cada vez mais possibilidades de gêneros e temas para assistir. Quando o termo dorama se popularizou no Brasil, parte da comunidade brasileira coreana não ficou muito feliz por associarem a um gênero. Confira 5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance: 1) Round 6 (Squid Game): da lista, este é um dos dramas coreanos que conseguiram furar a bolha da dramaland e conquistaram telespectadore

Autismo: Séries com personagens autistas entre os destaques de buscas no Google

Ame ou odeie, séries com personagens autistas, como The Good Doctor e Atypical, intencionalmente ou não, acabam ajudando a espalhar mais informações sobre autismo. Entre as consultas mais buscadas no Google nos últimos anos estão as duas séries televisivas. Termos como "série médico autismo" e "série autismo netflix" foram bastante procurados com o termo 'autismo'.


Por causa das comparações, personagens autistas nem sempre são vistos com bons olhos pela comunidade, seja por pais, familiares e/ou pessoas que são bem diferentes do que é representado, porém, aqui vale a pena lembrar que mesmo que fossem pessoas reais e não personagens ficcionais, essa representatividade não seria completa.

Com duas temporadas que fizeram sucesso e uma terceira temporada encomendada para 2019 na Netflix, Atypical não tem a pretensão de ser uma série educativa sobre autismo e nem deveria: a ficção não tem esse papel; mas ainda que não seja o propósito, muitas pessoas conhecem um pouco da realidade de pessoas no espectro autista.

Embora Sam seja o protagonista e é interessante acompanhar como ele lida com seus desafios no colégio, o que torna a série mais envolvente é saber que a série não se foca exclusivamente na condição dele, mostrando, sim, como afeta suas questões sociais, mas como qualquer outro jovem, ele tem seus desejos. O desejo de ter uma namorada e de fazer sexo ainda é um tabu para muitos quando se trata de autismo.

Sam é retratado como alguém com inteligência média e os pinguins estão entre os seus interesses especiais. A dinâmica da família e da amizade são tão interessantes de acompanhar quanto o próprio protagonista. Ao ser um pouco deixada de lado pelos pais, Casey acaba roubando a cena, se mostrando uma personagem cada vez mais complexa e com suas próprias dificuldades nem sempre consideradas.

Os próprios pais de Sam passam por seus próprios dilemas. Os limites entre a proteção e a superproteção são cruzados por Elsa, a mãe que acaba se vendo tão envolvida com as preocupações do filho que sente uma necessidade de ser notada pelos outros, de reconstruir sua identidade individual. Já o pai, Doug, sempre tão focado no trabalho, embora tenha boas intenções, nem sempre dá conta de ajudar os filhos como a mãe.

The Good Doctor acaba revelando um personagem com uma fascinante habilidade de memória. Shaun Murphy é um jovem médico que absorveu muitos conhecimentos de livros médicos e sempre tenta dar um jeito de usar as informações para encontrar respostas para os casos. Porém, como a profissão exige não só conhecimento, mas também como se comunicar de forma assertiva e empática, nem sempre Shaun consegue entregar o que é esperado dele.

Shaun que cresceu em um lar abusivo e fugiu com o irmão que posteriormente morreu, acabou se desenvolvendo bem com o apoio de seu mentor Aaron Glassman. Além dos desafios de trabalhar em um hospital, o que é interessante observar na série é que mesmo com sua inteligência, ele tem dificuldade com questões que parecem simples para os outros: aliás, é o que muitas pessoas têm dúvidas na vida real e solta comentários como “mas você é tão inteligente” – muitos têm dificuldade de diferenciar a questão intelectual dos mecanismos de interações sociais que são diferentes em autistas.

A 3ª temporada de The Good Doctor deve estrear no dia 23 de setembro de 2019 pela ABC. No Brasil, a série está sendo transmitida pelo Globoplay.

As duas séries com personagens autistas têm em comum protagonistas masculinos e brancos, ponto que ainda gera desconforto em algumas pessoas. Por incrível que pareça, estamos em 2019, mas para muitas pessoas, a ideia de que existem autistas com diferentes orientações sexuais ainda parece bem distante da mente de muitos; o mesmo ainda acontece com outros recortes sociais. Em alguns países, negros, latinos e imigrantes, por exemplo, têm muita dificuldade de conseguir um diagnóstico formal de autismo.

Eu acredito que o sucesso de Atypical e de The Good Doctor pode abrir portas para mais produções televisivas. Embora eu fique feliz com a quantidade crescente de livros escritos por autistas, por exemplo, nem todos chegam ao Brasil e são traduzidos para o português e não têm o mesmo alcance e apelo que o audiovisual tem.

Então, da mesma forma que Sam e Shaun tocaram telespectadores com suas dificuldades de relacionamentos, um em um ambiente mais escolar e o outro no trabalho – ambos sujeitos ao preconceito e precisando provar aos outros e a si mesmos que eles são capazes –, creio que as produções e roteiros têm o poder de aproximar mais pessoas com o universo do autismo, ajudando a reduzir o tabu e o estigma, promovendo reflexões sobre questões sociais e despertando a curiosidade e a empatia pela necessidade de aceitação das diferenças. Afinal, a inclusão é inevitável.

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro, jornalista por formação e Asperger. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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Comentários

  1. Olá Bem, gostei muito da 1a. temporada da série Good Doctor, assisti com minha filha que quando criança apresentava características autistas, mais para o Asperger... Hoje com 18 anos não 'fecha diagnóstico' mais por ter superado e modificado muitas limitações e modo de agir que tinha, acredito que ela SEMPRE estará dentro do espectro, mesmo que seja numa 'pontinha' dele...

    Acho que a série fez um retrato bem fiel das dificuldades que um autista enfrentaria numa situação similar, neste caso, acho que ajuda sim a diminuir o preconceito e 'instruir' quem nada sabe sobre autismo.

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    Respostas
    1. Oi, Sandra! Creio que ambas séries acabam servindo como informativas sobre como lidar com pessoas no espectro autista, abordando a importância de um olhar mais humano e empático para as diferenças.

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