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Destaques

Aceitação radical

Algo dentro dele havia virado antes mesmo da meia-noite. Não cometeria os mesmos erros, tampouco não criaria esperança onde não havia espaço. Ia viver no aqui e agora. Era no presente que permitia deixar as coisas acontecerem. As respostas que buscavam não estavam no passado nem no futuro, mas naqueles breves momentos em que se sentia conectado no aqui e agora.  Então, lentamente, foi desviando o rumo de como as coisas tinham sido no ano passado e se permitindo a construção de um novo eu, uma nova versão de si mesmo a qual evitaria cometer os mesmos erros. Foi, então, se despedindo da velha versão de si mesmo. Foi deixando a ferida sangrar e também permitindo que algumas tinham sido curadas. Foi vivendo no presente e aceitando que não tinha as respostas para tudo. Então, os dias iam passando. Já não sentia vontade de entender o que nem sempre precisava de explicação. Já aceitava de forma radical e se permitia viver uma vida diferente das outras que já vivera. Já reescrevia a histór...

Criminologia: Pesquisa revela que Empatia Cognitiva pode ajudar a reduzir Ciberbullying

Um estudo publicado em maio de 2022 pela Florida Atlantic University e University of Wisconsin-Eau Claire explorou como a empatia pode ajudar a reduzir o bullying digital entre adolescentes norte-americanos.

Usando mais de 1600 amostras de adolescentes entre 12 e 15 anos, descobriram que quanto maior a empatia, menores são as chances desses jovens cometerem atos de bullying com os outros na internet. Embora o estudo tenha sido feito nos Estados Unidos, creio que os achados sobre comportamentos podem ser aplicados em diferentes partes do mundo.

“O cyberbullying baseado em viés envolve ações prejudiciais repetidas online que desvalorizam ou assediam os colegas específicos de uma característica baseada em identidade. O cyberbullying em geral recebeu maior escrutínio acadêmico na última década, mas o subtipo de cyberbullying baseado em viés tem sido investigado com muito menos frequência, sem estudos anteriores conhecidos envolvendo jovens nos Estados Unidos”, afirmam os autores do estudo.

O estudo ressaltou a importância da Empatia Cognitiva, seja pela sensibilidade às injustiças ou sua relação com a habilidade social de tentar entender as emoções dos outros – ou seja, os efeitos danosos que o ciberbullying pode causar. 

Embora algumas escolas já tenham programas de combate ao bullying, o pesquisador e professor de criminologia que liderou o estudo Sameer Hinduja afirma que as escolas “precisam de mais esforços focados para melhorar a empatia como um meio de reduzir essas formas de danos e melhor proteger aqueles em comunidades vulneráveis e marginalizadas”. 

Segundo o autor, encontrar maneiras de cultivar e aumentar a empatia cognitiva entre adolescente pode reduzir o ciberbullying em diferentes formas, como as ligadas à raça, religião, orientação sexual, identidade de gênero e deficiência. Mas ele lembra que a empatia cognitiva não é a mesma que empatia afetiva (geralmente mais inconsciente). 

*Vale lembrar que nos Estados Unidos há muitos casos de assassinos que sofriam (gatilho) e/ou cometiam bullying.

Leia também: Criminologia: Mais Atiradores em Massa sexualmente frustrados do que se imaginava 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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