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Tudo Bem Não Ser Normal: 10 Motivos para assistir ao drama coreano
Quando uma escritora que todos julgam ter transtorno antissocial, um autista viciado nos livros dela e o irmão dele, que se tornou seu principal cuidador e trabalha em um hospital são colocados no mesmo roteiro, é impossível não sentir alguma emoção.
Tudo Bem Não Ser Normal (It’s Okay Not To Be Okay) completou dois anos recentemente e conquistou telespectadores do mundo todo. Não é por acaso ou só pela escolha de atores, como muitas vezes acontece, o roteiro foi bem trabalhado e explora a construção das personalidades, como eventos trágicos e até como as mudanças da vida podem transformar seres humanos.
10 Motivos para assistir ao drama coreano Tudo Bem Não Ser Normal:
1) Personagens principais marcantes e com personalidades bem diferentes, mas que vão se transformando durante os períodos de convivência;
2) Como algumas dificuldades da vida podem te tornar alguém mais aberto e sociável, ou alguém mais contido e fechado.
3) O contraste entre a personagem que faz tudo o que sente vontade e não se arrepende e o personagem que sempre abre mão da própria felicidade, colocando os outros em primeiro lugar.
4) Como o trauma pode moldar a sua vida, de forma a mudar a maneira que os outros te enxergam e como você mesmo se enxerga.
5) Para quem gosta de livros, é uma delícia acompanhar trechos das histórias da autora – que, aliás, foram publicados por editoras em vários países –, e ver como sua personalidade moldou seu processo criativo, bem como as memórias marcantes e como ela usou a Literatura como uma forma de mostrar que mesmo as histórias infantis podem alertar sobre o lado sombrio do mundo, sem fantasiar um mundo cor-de-rosa.
6) Aos amantes de histórias de personagens que se encontram em diferentes fases da vida, algumas revelações podem ser emocionantes, bem como a conexão entre elas e os livros infantis escritos pela autora.
7) Para quem gosta de acompanhar mudanças internas e psicológicas, os personagens vão arrancando camadas atrás de camadas, até se reconectarem com quem eram ou gostariam de ser, mas não conseguiam por causa de bloqueis psicológicos e memórias traumáticas. Uma das questões está a de formação de família quando a sua original te deixou marcas.
8) Além da parte dramática, há também cenas que revelam personagens da Tríade Sombria (Psicopata, Narcisista e Maquiavélico) e como eles agem para atingir as vítimas, seja ameaçando a integridade física ou a psicológica.
9) De forma humanizada, o drama também mostra algumas cenas em um hospital psiquiátrico, com pacientes com diversos diagnósticos e profissionais que tentam usar abordagens que vão além da medicação.
10) Embora algumas pessoas tenham a crença falsa de que pessoas no espectro autista permanecem iguais a vida toda, especialmente por conta dos padrões e comportamentos repetitivos, é interessante acompanhar como o personagem vai se soltando mais, lutando por mais autonomia – ainda que dentro de suas limitações –, um processo lento por causa de um dos traumas e de como autistas podem ter memória fotográfica, mas progressivo.
Bônus: As trilhas sonoras, a fotografia da série, as atuações e a possibilidade de poder ler os livros que são mostrados na série coreana tornam tudo ainda mais interessante. Além da escrita, a série também explora as ilustrações feitas pelo personagem autista, uma de suas habilidades, já que algumas pessoas no espectro autista tem facilidade com a parte visual.
*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
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