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Mudança de energia

Mudança de energia: às vezes é tudo o que você precisa para reequilibrar as coisas. De repente, você se dá conta em quanta atenção tem dispensado para uma coisa e/ou uma pessoa, uma energia que poderia usar para outras coisas, às vezes é algo tão automático, que você se esquece da importância de dizer não. Era muitas vezes ao não dizer não para o outro, que estava dizendo não para si mesmo. O problema era quando a impulsividade ganhava força e se sentia cada vez menos no controle da situação. Era, então, quando se lembrava da importância dos limites, não só do outro, mas de si mesmo. Pensava na quantidade absurda de tempo que gastava fazendo companhia para o outro, um tempo que poderia usar para si mesmo. Pensava em como deveria estar usando o tempo para escrever, aprender algo novo, se divertir, conhecer outras pessoas, fazer qualquer coisa que não envolvesse o outro. Por que, diabos, deveria deixar o outro como uma prioridade, quando não era recíproco? Há dias pensava no que poderia ...

Jornalismo Especializado na sociedade da informação


Texto: Ben Oliveira

"O jornalismo especializado na sociedade da informação" foi o trabalho de conclusão de curso escrito por Ana Carolina de Araújo Abiahy, da Universidade Federal da Paraíba, em 2005. O ensaio aborda e analisa a importância o trabalho do jornalista e produções segmentadas e o desenvolvimento do jornalismo especializado.

A ex-acadêmica de jornalismo comenta no texto que diferente do que as pessoas imaginam sobre a globalização e uniformização dos bens culturais, não é eficiente tentar atingir todos os públicos, pois é cada vez mais difícil definir um consumidor padrão.

Segmentar é uma ação defendida pela autora que cita o sociólogo e antropólogo Renato Ortiz, cuja opinião é sobre a necessidade de fabricar produtos especializados pois o público está cada vez mais exigente e dividido. Para Ana Carolina de Araújo Abiahy, esta é uma estratégia boa tanto para o público quanto para as empresas de comunicação.

Em alguns países, como Estados Unidos, por exemplo, muitas corporações se juntam para oferecer diversos conteúdos por meio de diferentes formatos midiáticos disponíveis. A autora fala sobre esse monopólio da mídia, no qual o consumidor tem mais opções, porém quem lucra é o mesmo produtor.

Segundo a autora, nesta sociedade fragmentada em grupos de diferentes interesses, o jornalista passa a se preocupar mais com a informação especializada. Além de ser uma maneira encontrada pelo mercado que visa o lucro, o jornalismo especializado atende a demanda por informações direcionadas.

A necessidade de se buscar uma identidade em um mundo que está tentando fugir dos padrões contribui para o desenvolvimento do jornalismo especializado, agradando as companhias e o indivíduos.

Mais do que saber atuar em diferentes veículos de comunicação, de acordo com o ensaio, o jornalista precisa privilegiar uma formação especializada.

Ciro Marcondes Filho é um dos autores citados por Ana Carolina de Araújo Abiahy. Segundo o sociólogo e jornalista, os profissionais se perderam no excesso de informações e os mesmos passam por um processo de despersonalização. Ao mesmo tempo em que o jornalista perdeu seu caráter opinativo, a empresa reforça seu papel social. O autor critica os manuais de redação e fórmulas, pelos quais o texto perde estilo e habilidade narrativa do jornalista.

Abiahy faz uma análise sobre diferentes revistas segmentadas, como as de economia, saúde, celebridades, esportes, esoterismo, informática, ciência, cultura, música, cinema, fotografia, turismo, educação, rural, entre outros temas que ainda não são explorados. A autora comenta o crescimento do jornalismo especializado e suas categorias, como a interação com o público e linguagem própria.

O ensaio na íntegra está disponível na BOCC - Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação: http://www.bocc.ubi.pt/pag/abiahy-ana-jornalismo-especializado.pdf.

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