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Destaques

A terceira semana sem fumar cigarro

Como era difícil criar hábitos positivos. Havia acabado de passar da terceira semana sem fumar cigarro e ainda sentia certo desconforto. Seja para bem ou para mal, descobrira que mesmo após anos, algumas pessoas continuavam lutando contra a vontade de fumar, ou seja, era muito mais difícil do que parecia. Na tentativa de substituir comportamentos negativos por mais saudáveis, se via diante da necessidade de se desapegar um pouco da nostalgia e voltar a se focar mais no momento presente. Havia tomado mais do que o suficiente sua dose de nostalgia e agora estava preparado para continuar seguindo em frente. Era chocante o quanto o cigarro havia segurado comportamentos e ao abandoná-lo, comportamentos que antes estavam sob controle, agora pareciam soltos. Precisava de um detox das redes sociais, como quem sabia que fumar fazia mal. Precisava voltar a focar em si mesmo, deixando o passado de uma vez por todas para trás. Era no momento presente que ia celebrando as pequenas conquistas. Para ...

Jornalismo Especializado na sociedade da informação


Texto: Ben Oliveira

"O jornalismo especializado na sociedade da informação" foi o trabalho de conclusão de curso escrito por Ana Carolina de Araújo Abiahy, da Universidade Federal da Paraíba, em 2005. O ensaio aborda e analisa a importância o trabalho do jornalista e produções segmentadas e o desenvolvimento do jornalismo especializado.

A ex-acadêmica de jornalismo comenta no texto que diferente do que as pessoas imaginam sobre a globalização e uniformização dos bens culturais, não é eficiente tentar atingir todos os públicos, pois é cada vez mais difícil definir um consumidor padrão.

Segmentar é uma ação defendida pela autora que cita o sociólogo e antropólogo Renato Ortiz, cuja opinião é sobre a necessidade de fabricar produtos especializados pois o público está cada vez mais exigente e dividido. Para Ana Carolina de Araújo Abiahy, esta é uma estratégia boa tanto para o público quanto para as empresas de comunicação.

Em alguns países, como Estados Unidos, por exemplo, muitas corporações se juntam para oferecer diversos conteúdos por meio de diferentes formatos midiáticos disponíveis. A autora fala sobre esse monopólio da mídia, no qual o consumidor tem mais opções, porém quem lucra é o mesmo produtor.

Segundo a autora, nesta sociedade fragmentada em grupos de diferentes interesses, o jornalista passa a se preocupar mais com a informação especializada. Além de ser uma maneira encontrada pelo mercado que visa o lucro, o jornalismo especializado atende a demanda por informações direcionadas.

A necessidade de se buscar uma identidade em um mundo que está tentando fugir dos padrões contribui para o desenvolvimento do jornalismo especializado, agradando as companhias e o indivíduos.

Mais do que saber atuar em diferentes veículos de comunicação, de acordo com o ensaio, o jornalista precisa privilegiar uma formação especializada.

Ciro Marcondes Filho é um dos autores citados por Ana Carolina de Araújo Abiahy. Segundo o sociólogo e jornalista, os profissionais se perderam no excesso de informações e os mesmos passam por um processo de despersonalização. Ao mesmo tempo em que o jornalista perdeu seu caráter opinativo, a empresa reforça seu papel social. O autor critica os manuais de redação e fórmulas, pelos quais o texto perde estilo e habilidade narrativa do jornalista.

Abiahy faz uma análise sobre diferentes revistas segmentadas, como as de economia, saúde, celebridades, esportes, esoterismo, informática, ciência, cultura, música, cinema, fotografia, turismo, educação, rural, entre outros temas que ainda não são explorados. A autora comenta o crescimento do jornalismo especializado e suas categorias, como a interação com o público e linguagem própria.

O ensaio na íntegra está disponível na BOCC - Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação: http://www.bocc.ubi.pt/pag/abiahy-ana-jornalismo-especializado.pdf.

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