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Algoritmos

Algoritmos. Algoritmos às vezes nos mostravam o que não queremos ver. Quando menos nos damos conta estamos diante da recomendação de um conteúdo ou recomendação para seguir de alguém que já não faz parte da nossa vida há anos. Os anos passam, mas é como se os algoritmos não se atualizassem: é quase como se ele nos prendesse ao passado. Algoritmos não eram necessariamente bons ou ruins, mas causavam impacto nos nossos comportamentos. De repente, basta um simples conteúdo para dar um gatilho sobre o que você viveu com alguém do passado. Chega a ser engraçado como os algoritmos falham. Muitas pessoas comentam: eu sei que essas pessoas estão no Instagram (ou qualquer outra rede social), eu só não quero adicionar elas. Os algoritmos seguem sem a nossa vontade. Eles não sabem as histórias que aconteceram fora dos bastidores das telas, não sabem muito sobre o contato humano. Ainda que cause um incômodo e que o algoritmo recomende alguém totalmente diferente do que você esperava: às vezes é me...

Resenha: Comer, Rezar, Amar – Elizabeth Gilbert

Terminei de ler Comer, Rezar, Amar, escrito por Elizabeth Gilbert e publicado no Brasil pela editora Objetiva, em 2008. O filme foi bem fiel ao livro, conseguindo resumir de forma interessante os principais episódios vividos pela escritora nos três países, no qual a atriz Julia Roberts consegue entrar muito bem na pele da protagonista.

Livro Comer, Rezar, AmarTudo começa com uma insatisfação de Liz. A mulher tem uma casa, marido, um bom emprego, no entanto parece estar faltando algo em sua vida. Depois de passar por uma crise de pânico e muita choradeira, a escritora Elizabeth decide se divorciar. O processo é longo e doloroso, já que o marido não facilita.

Depois de tanto sofrimento, Liz planeja sua viagem em busca pelo prazer, pela oração e pelo amor, o que acontece nos seguintes países respectivamente, Itália, Índia e Indonésia. Antes de iniciar sua jornada, a mulher se envolve com um rapaz mais novo do que ela e deixa se consumir por todo o seu sentimento. O relacionamento também não dá certo e é só mais uma decepção à sua vida.

O livro começa a ficar interessante quando as viagens acontecem, mas são as memórias da jornalista que dão sentido para tudo aquilo e nos permitem entender melhor a protagonista-narradora.

Na Itália, Elizabeth Gilbert se delicia com a culinária local, sem sentir peso na consciência, como acontecia quando morava nos Estados Unidos. A escritora come muita pizza e outros pratos italianos e até mesmo engorda. Ela direciona todas as suas energias para o prazer. No país, ela também tenta aprender italiano, uma vontade que sempre teve, porém nunca encontrou utilidade prática antes em sua vida. Foi em Roma, onde Liz conheceu pessoas especiais, engordou os onze quilos mais felizes de sua vida e vivenciou um pouco do espírito italiano de aproveitar a vida pelo simples prazer.

Depois recuperar um pouco do seu equilíbrio emocional e se punir por ter se divorciado, o que muitas vezes não é bem-visto pela sociedade quando uma mulher faz isto, Liz viaja para a Índia. Foram durante esses quatro meses dentro de um ashram – uma comunidade orientada por um líder religioso, que Elizabeth aprendeu a explorar o seu espírito e encontrar a paz interior. O início é muito difícil para Liz, mas com a ajuda de uma guru indiana e de um texano, a escritora consegue se libertar dos seus sofrimentos do passado, fazendo paz consigo mesma. O período é marcado por muita meditação, desconforto e autoconhecimento.

Por último, Liz vai para Bali, na Indonésia. A escritora se encontra com um xamã e o ensina inglês em troca de aprender mais sobre meditações do país. Além de Ketut, Liz conhece uma curandeira e acaba se envolvendo com um brasileiro, que também tinha saído de um divórcio. Em Bali, a mulher finalmente encontra um amor mais maduro e equilibrado, diferente dos antigos relacionamentos que ela teve.

O livro é gostoso de ler, pois está dividido em várias crônicas escritas pela autora. Por ser baseada em fatos reais, a história traz uma série de reflexões ao leitor sobre a vida, relacionamentos e equilíbrio. Com tantas citações e pensamentos, abaixo eu separei três trechos do livro que gostei bastante:

"Eu não fui resgatada por um príncipe; eu administrei o meu próprio resgate" 

"Você precisa escolher seus pensamentos do mesmo jeito que escolhe roupas" 

"As suas emoções são escravas de seus pensamentos, e você é escravo de suas emoções"

Comer, Rezar, Amar é um livro para quem se encontra em crise e deseja se libertar. Os ensinamentos e a narrativa levam o leitor para a sua própria viagem dentro das páginas do livro, ajudando-o a buscar o equilíbrio, o prazer e o amor próprio, para depois tentar se envolver com outras pessoas.

Leia também: Comprometida: Uma História de Amor – Elizabeth Gilbert 

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