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Destaques

Fred e Rose West: Minissérie documental de crimes cometidos por casal britânico

Na minissérie documental de três episódios, Fred and Rose West: A British Horror Story , tudo começa com a investigação do desaparecimento da filha do casal. Narrada de forma linear, a série documental mostra que a filha foi só uma entre tantas vítimas, levando os holofotes para a região e se tornando um dos casos mais chocantes do Reino Unido. Série disponível na Netflix. “Se você não se comportar, vai acabar igual sua irmã enterrada” era uma das piadas ou forma de abuso que os filhos escutavam dos pais e eram alvo de preocupação na escola. Foi somente após a polícia se dar conta do desaparecimento da filha do casal West, que as investigações começaram. Sem colaborar com a polícia inicialmente, o caso se desenrola de forma lenta. O que poderia ser um crime chocante de assassinato da própria filha ganha novas dimensões conforme novas descobertas são feitas, como a de que Fred West teria enterrado outros corpos no quintal de sua casa. A princípio, Fred West tenta se manter no controle d...

Diversidade Cultural LGBT: Crônica, Curtas-Metragens e Debates

O que dizer sobre a noite desta quarta-feira? Neste dia 7 de maio, no Museu da Imagem e do Som, localizado na Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS), foi a primeira vez em que ouvi um texto meu sendo lido por outra pessoa. O ator Leandro Faria leu a minha crônica “Fragmentos de Mim” e foi emocionante. Fica o meu agradecimento aos membros da Rede Apolo, em especial ao David Andrade e Júlio Valcanaia pela oportunidade de ver o meu trabalho sendo lido no terceiro dia da Semana Apolo da Diversidade Cultural LGBT.


A leitura da minha crônica deu início a programação da terceira noite da Semana da Diversidade Cultural, promovida pela Rede Apolo. Em seguida, aconteceu a exibição de dois curtas-metragens que propõem uma reflexão interessante sobre a questão dos gêneros e da identidade sexual, voltado para a educação. “Isso é de Menina ou de Menino?” e “Rosa-azul no Reino do Arco-íris” foram produzidos em Mato Grosso do Sul, pela professora Doutora Tina Xavier, do Departamento de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Na exibição dos curtas-metragens foi possível perceber algumas das mensagens e preconceitos transmitidos para as crianças pelos adultos, seja em casa ou em muitos colégios, como “chorar é coisa de menina” e “rosa é cor de menina”.

Mesa  propôs a reflexão sobre o preconceito contra gays, lésbicas,
travestis e transexuais. Foto: Ben Oliveira.

Durante a noite Flávia Jallad, a representante lésbica na Mesa dos Sujeitos LGBT falou sobre a violência sofrida pelas mulheres e lésbicas. Além das mulheres heterossexuais que são vítimas da violência doméstica e sexual, a jovem falou sobre o estupro corretivo sofrido pelas lésbicas, em que os homens violam as homossexuais por causa de ódio e preconceito.

Em seguida, o sociólogo André Luiz Martins representando os gays na mesa abordou a homossexualidade no Brasil, sem ser tão otimista, dizendo que a questão do preconceito contra homossexuais está além da educação, que é preciso uma transformação maior no país.

Representante da Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul, Hellen Kadory falou que se identificou com algumas mensagens transmitidas nos curtas-metragens. Ela também compartilhou um pouco sobre suas experiências ao longo da vida e disse que não é fácil a vida do transgênero, que enfrenta preconceito desde que se descobre até a vida adulta, muitas vezes ficando fora do mercado de trabalho convencional, se envolvendo com violência, drogas e prostituição. Outro ponto levantado foi o problema com os documentos e o nome social, que causa sofrimento quando o indivíduo não é chamado pelo nome que se identifica, mas pelo qual está registrado no papel, causando situações constrangedoras.

O último da Mesa de Sujeitos LGBT a se pronunciar foi o homem trans, Brandon Kaanad que compartilhou uma alegria com os presentes. Ele se formou em Filosofia e foi aprovado em um concurso para professores e espera poder ajudar a mudar o cenário de preconceito. Breno contou que muitas coisas se tornam dolorosas para os trans, como na hora de mostrar os documentos e ser identificado por um nome que não os representam.

É uma pena ver que o local não estava lotado. É triste ver que Campo Grande (MS) recebe poucos eventos voltados para o público de gays, lésbicas, travestis e transexuais e quando é realizado, muitos não aproveitam a oportunidade. Mais do que uma maneira de expor o trabalho dos artistas LGBT de Mato Grosso do Sul, a Semana da Diversidade Cultural LGBT também possibilita o debate e as reflexões sobre o preconceito.

O Diretor Presidente da Rede Apolo, David Andrade e o Advogado e Presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB/MS, Júlio Valcanaia comentaram no evento a importância da participação, pois a educação pode ser contribuída por cada cidadão.

Ao final do evento, aconteceram o sorteio de dois exemplares do livro Homossilábicas 3 – a coletânea de contos com temática gay, da Editora Escândalo, na qual eu participo com o conto Transformações do Amor e exemplares do livro O Mundo dos Bonecos de Papel, do autor Andrei Moreira.

Última noite

Nesta quinta-feira, 08 de maio, às 19h, acontece o último dia da Semana Apolo da Diversidade Cultural LGBT. A programação da noite inclui o desfile de moda e sarau da diversidade, no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (MARCO). Do desfile participarão produções exclusivas de criadores e estilistas LGBT, apresentadas por modelos gays, lésbicas, travestis e transexuais.

A Apresentação da noite será feita pela caricata Andréia Mocréia, participações especiais do Stúdio Vespa, Edson Almeia (Alameda Store), Departamento de Moda da Uniderp e DJ Deko. O encerramento musical fica por conta da Marina Dalla.

Para acompanhar as fotos, informações e ficar por dentro das ações realizadas pela Rede Apolo, fique de olho no site oficial: http://www.redeapolo.org.br/.

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