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Destaques

Escrevendo Novos Capítulos

Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...

Resenha: Censurado: Sexo, Taras e Fetiches – Lado B Edições

Censurado: Sexo, Taras e Fetiches é um livro de 6 contos eróticos gays, escritos por 6 autores: Alexandre Calladinni, Christian Petrizi, Davy Rodrigues, Léo Rossetti, Occello Oliver e Reynaldo Araújo, e publicado pela Lado B Edições, no Rio de Janeiro, em 2013. A leitura não é recomendada para menores de 18 anos!

A coletânea de contos eróticos tem 124 páginas e o que todas têm em comum são os personagens gays em busca do prazer. Não estou acostumado a ler e resenhar livros eróticos, portanto vou fazer uma análise breve, afinal, gostar ou não de um livro, principalmente com histórias repletas de erotismo, é muito relativo e subjetivo.

Cada autor apresenta seu estilo e situação, na qual fantasias e desejos se misturam com a realidade. Alexandre Calladinni, por exemplo, no conto “Nas Alturas”, narra as aventuras sexuais de um comissário de voo, enquanto Christian Petrizi (autor do livro A Incrível Cidade que Apodreceu) conta a história de um necrófilo, no conto “Josélia dos Caixões”.

No conto “A oração não respondida”, Davy Rodrigues conta o envolvimento romântico entre dois religiosos. Já em “Os Garotos do 60B”, Reynaldo Araújo fala sobre a fantasia de um rapaz e seu colega de apartamento.

“No Arpoador é mais forte”, do Léo Rossetti, como o próprio título indica, se passa no Rio de Janeiro, sobre um personagem que se envolve com um estranho, num jogo humilhante e libidinoso. “Os olhos verdes da inocência perdida”, do Occello Oliver (autor do livro As 7 Cores que Amei) narra a relação de um chefe e seu funcionário.

Confesso, não sou a melhor pessoa para indicar uma coletânea de contos eróticos, não porque leia com os olhos repletos de tabus e preconceitos, porém porque algumas histórias me provocam o efeito contrário, e isso é extremamente pessoal, ao invés de me deixarem excitado, me arrancam risadas – dá para imaginar a situação?

Para finalizar, Censurado: Sexo, Taras e Fetiches é um desses livros para quem tem curiosidade sobre os prazeres humanos. O interessante nesta diversidade toda é que algo pode provocar excitação em algumas pessoas, e em outras pode causar repulsa – por exemplo, escrever um conto erótico com um personagem que sente prazer em transar perto de cadáveres e até mesmo os vendo como objeto de prazer, foi uma escolha ousada, porém que pode causar estranhamento em muitos leitores, independente dele ser gay ou não.

Aos que se interessaram pela coletânea, segue um trecho do texto escrito pelos editores na introdução: “Neste livro, os autores resolvem ousar e contar o que pensam e o que ronda sua mente nesses momentos de tesão, prazer e loucura, deixando ao leitor a liberdade de comprar sua ideia ou não e fazer com ela o que quiser, até mesmo não utilizá-la. Todavia, preferimos pensar que as ideias vão ser pelo menos vivenciadas ao mergulhar no que é censurado em cada um de nós”.

Sobre os autores:

Alexandre Calladinni – Carioca, nascido em 19/08/77. Publicitário, fotógrafo e ex comissário de voo. Autor dos livros: “Jeito Calladinni de voar – Diário de um Comissário de Voo” (Metanoia Editora, 2010) e “Por favor, me ajude!” (Metanoia Editora, 2011).

Christian Petrizi – Mineiro de Patrocínio do Muriaé, nascido em 28/12/1974. Farmacêutico e Bioquímico. Autor dos livros: “A Incrível Cidade que Apodreceu” (Cultura em Letras Edições, 2014), “Crimes Bárbaros” (Editora Baraúna, 2011) e “Assassinato Online” (Editora Multifoco, 2012).

Davy Rodrigues – Carioca, nascido em 05/07/79. Teólogo, cabelereiro, autor dos livros: “Proibido Amor” (Metanoia Editora, 2010) e “Era Ela...” (Metanoia Editora, 2012). Presta consultoria para empresas de cosméticos.

Léo Rossetti – Fluminense, nascido em 26/08/1983. Professor, graduado em História pela Universidade Federal Fluminense, ator e poeta. Autor dos livros: “Crônicas cariocas e ensino de História” (coautoria), “Cores de um poeta inverso” (Metanoia Editora, 2012).

Occello OliverCarioca, nascido em 11/11/1972. Jornalista, Relações Públicas e produtor cultural Autor do livro Fora do Armário (Metanoia Editora, 2012) e As 7 Cores que Amei.

Reynaldo Araújo – Mineiro, nascido em 17/02/1992. Estudante, desenhista e tatuador. Autor do livro: “Scarlet” (Metanoia Editora, 2012).

Censurado está disponível no site da Cultura em Letras Edições! O livro também está presente no Skoob.

*Deixo aqui o meu agradecimento ao editor Occello Oliver pelo exemplar enviado para leitura e resenha aqui para o blog! 

Comentários

  1. "Confesso, não sou a melhor pessoa para indicar uma coletânea de contos eróticos, não porque leia com os olhos repletos de tabus e preconceitos, porém porque algumas histórias me provocam o efeito contrário, e isso é extremamente pessoal, ao invés de me deixarem excitado, me arrancam risadas – dá para imaginar a situação?" kkkkkkkkkkk

    É, rapaz... Eu acho que não tenho muito pra te dizer além do que cê já sabe do que eu penso... Te admiro por saber separar seu ponto de vista pessoal do seu profissionalismo e respeito pelos autores. Também não curto esse estilo (embora já tenha me arriscado num conto assim). Mas sempre haverá quem goste, né? Abraçosssssssssssssss

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    Respostas
    1. Oi, Paulo! Hahaha Pois é, acho que o importante é ser autêntico. Confesso, não é um gênero que me move. É preciso criar um distanciamento ao ler contos eróticos, e minha mente é ligada o tempo todo.
      É bom ressaltar, há sempre quem goste! O interessante é que nos contos têm uma história de fundo e rola até uma história dentro de outra. Já a ponto de comentar os elementos eróticos, o Google puniria o meu blog se eu não marcasse a opção de que o site é só 'para maiores de 18 anos' e tenho muitos leitores jovens, por isso a resenha ficou bem básica!
      Abraços!

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