Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...
Fui indicado pela Michele Ribeiro, do blog Gotinhas de Esperança, para responder a tag One Lovely Blog. Diferente de muitas tags que rolam pela blogosfera, gostei desta, já que ela possibilidade ao blogueiro compartilhar um pouco sobre o meu blog. São 11 perguntas que respondi. Quem ficar com vontade de responder a tag, fique à vontade!
Confira abaixo a Tag One Lovely Blog:
1. Por que decidiu criar o blog e quando começou?
Decidi criar o blog, em 2009. Ele começou como um exercício criado por mim mesmo, para praticar a escrita de artigos, recomendar textos sobre a área de Comunicação e Jornalismo. Hoje, o blog do Ben Oliveira tem um tom mais literário, no qual eu publico resenhas de livros, dou uma força na divulgação de lançamentos, entrevisto escritores e compartilho dicas de escrita. Com menor frequência também recomendo filmes, documentários e séries, além de não deixar parado por tanto tempo as tags de Jornalismo e Tecnologia.
2. Quais benefícios o blog te traz?
Os benefícios do blog? Bom, além de ajudar a incentivar a leitura, principalmente de livros que não são divulgados pela mídia tradicional, também posso divulgar os meus próprios projetos literários e aprender com as entrevistas que realizo com outros escritores. Treinar a escrita, resenhar livros (me ajuda a lembrar trechos importantes e a essência das obras que eu li, já que a quantidade é grande e é melhor não confiar só na memória) e ajudar as pessoas, compartilhando informações e incentivando a busca do conhecimento. Financeiramente, o blog não me traz muitos benefícios. Evito publicar textos sobre assuntos que não gosto, só porque eles estão fazendo sucesso. O benefício é também poder conhecer pessoas com gostos parecidos, como a Michele que me indicou a tag e aprecia as recomendações de leituras do blog e dicas para escritores iniciantes.
3. Qual o post mais acessado?
O post mais acessado do blog é sobre o filme A Centopeia Humana, no qual eu faço uma breve análise sobre o roteiro da produção cinematográfica, comentando como algumas das cenas são fortes e perturbadoras, bem como a sensação ruim que provoca no telespectador. O tipo de filme que causa desconforto e mesmo no seu final, não nos sentimos melhores.
4. Você usa as redes sociais?
Sim, sim! Uso o Facebook (perfil pessoal e fan page do Blog do Ben Oliveira), Twitter, Google Plus (este tem me surpreendido bastante, por causa do nível de interação entre os usuários! Feedback bem bacana), Instagram (Costumo divulgar alguns trechos de livros, livros que comprei ou foram enviados para mim e leituras do momento) e Skoob.
5. Como o blog tem evoluído?
O blog tem recebido bastante visitas em alguns posts, enquanto em outros é preciso bastante divulgação nas mídias sociais. Por abordar a literatura, corro o risco de não ter tantas visitas quanto um blog sobre moda e cosméticos, por exemplo. Porém, quando o leitor é alguém que se interessa por livros e cultura em geral, é tão gostosa a interação. Também adoro quando recebo e-mails de leitores com dúvidas sobre determinado assunto, como sobre o livro que está escrevendo, ou quando recebo convites para participar de livros, ajudar na divulgação de eventos literários ou autores interessados em enviar suas obras para que eu possa resenhar no blog.
6. Você já viveu algum fato importante por causa do blog?
Eu diria que se não fosse pela prática da escrita no blog, eu não teria me descoberto escritor, ao menos não na mesma época. O blog já me permitiu ser reconhecido por alguns colegas da área de Comunicação, bem como conseguir parcerias com editoras para resenhar livros e até mesmo, publicar um conto em uma delas (novidade que ainda não posso divulgar, até que seja divulgado oficialmente o projeto!). Fiquei muito emocionado quando uma crônica minha, “Fragmentos de Mim”, foi lida durante um evento sobre a diversidade sexual. Os organizadores do evento leram minhas crônicas no blog e selecionaram esta para ser lida por um ator. Foi uma experiência muito bacana. Confesso, chorei de emoção. Foi como ficar nu em público e deixar os outros verem assuntos que tocam a minha alma, mas nem sempre são notados por quem está ao meu redor.
7. De onde nasce a inspiração para escrever e continuar com o blog?
A inspiração do blog nasce no meu dia-a-dia. Às vezes, como muitos blogueiros, sinto vontade de desistir, parar de escrever nele, já que ocupa horas diárias, seja para escrever o texto ou para divulgá-lo pelas redes sociais. O que me anima a continuar escrevendo no blog é a possibilidade de não enferrujar minha escrita informativa, além de receber livros de colegas escritores para resenhar e ajudar que a literatura contemporânea nacional possa ser apreciada por mais pessoas. A vantagem de poder divulgar os meus próprios livros no blog também me incentivam a continuar investindo em aumentar o seu alcance. Até agora não publiquei nenhum livro só meu e tenho alguns manuscritos que logo devo enviar para editoras. Se algum dos meus romances for publicado, será uma ótima maneira de ajudar a divulgá-lo. O próprio Remetente N15, a qual a Michele Ribeiro reservou o exemplar dela e ajudou a divulgar, creio que se ela não tivesse conhecido o meu blog e eu o dela, não teríamos esse nível de afinidade, a ponto de ser ajudado por alguém que só fala comigo pela internet. O blog abriu algumas portas para mim e me possibilita não depender tanto dos meios tradicionais, que muitas vezes para conseguir algum apoio, é preciso investir na publicidade.
8. O que você tem aprendido a nível profissional e pessoal esse ano?
Tenho aprendido bastante. Leio todos os dias e escrevo também – há dias em que a escrita flui mais e em outros em que rabisco a folha de papel. Estou lutando diariamente para conquistar o meu sonho que é o de me tornar escritor profissional! Além de aumentar a minha bagagem literária e cultural, comecei recentemente um curso de produção editorial, o qual está me ajudando a entender melhor a relação entre autor e mercado editorial e entender as diferenças entre as pequenas, médias e grandes editoras. Quanto à arte da ficção, também aprendo sempre, já que além de mergulhar na leitura, também compro livros técnicos e teóricos sobre o assunto, bem como realizo sempre exercícios de escrita criativa.
9. Qual é a sua frase favorita? “Fool me once shame on you; Fool me twice shame on me”.
10. Qual conselho você daria para alguém que está começando agora no mundo dos blogs?
Meu conselho seria: Não desista! É claro, há blogs e blogs surgindo. Tenha um propósito, algo legal a ser transmitido. Ter um blog é mais do que uma oportunidade de construir o sucesso pessoal e ficar “famoso”, como muitos têm tentado... Blogs são ferramentas poderosas para ajudar na difusão de informações e conhecimentos. Além do meu próprio blog, o qual eu já expliquei sobre ele, vou usar como exemplo o Gotinha de Esperança, da Michele. No blog dela é desmistificada a questão da depressão e da doença mental. Ter blog também é ser ético, saber que o que você escreve vai influenciar a vida de outras pessoas e que as palavras têm poder: você pode usá-las para ajudar, como pode destruir. Existem blogs onde o foco é disseminar preconceitos, criticar pessoas, entre outras coisas frívolas. Por outro lado, existem aqueles onde os leitores são incentivados a saírem de suas zonas de conforto e pensarem sobre questões que são ignoradas nos seus cotidianos.
11. O que os blogs que você vai indicar têm em comum?
Vou fazer diferente. Em vez de indicar blogs, vou deixar em aberto para quem quiser responder! Se você gostou da tag e ficou interessado em respondê-la, fique à vontade.
Michele, agradeço por todo o seu apoio! Fico muito feliz de ter sido indicado para responder esta tag. Alegro-me mais ainda em saber que o blog está te ajudando de alguma forma. Precisamos de mais blogueiros assim, e menos postagens narcisísticas / vazias – rolam muitos posts com assuntos que não ajudam ninguém, nem o próprio autor do blog.
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ResponderExcluirMichele, agradeço por todo o seu apoio! Fico muito feliz de ter sido indicado para responder esta tag. Alegro-me mais ainda em saber que o blog está te ajudando de alguma forma. Precisamos de mais blogueiros assim, e menos postagens narcisísticas / vazias – rolam muitos posts com assuntos que não ajudam ninguém, nem o próprio autor do blog.
ExcluirBeijos!