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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Filme: O Abutre mostra cinegrafista e a podridão por trás das imagens sensacionalistas

O Abutre (Nightcrawler), filme de drama e suspense que estreou no Brasil no final de 2014, conta a história de Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) e como ele se transformou em um cinegrafista de imagens inéditas e sensacionalistas, como registros de vítimas de tiroteio e acidentes de carro. O filme foi escrito e dirigido por Dan Gilroy, marcando sua estreia como diretor.

Louis é o protagonista do filme O Abutre. Ele apresenta características de um sociopata, como a incapacidade de se relacionar com outras pessoas, contar inúmeras mentiras com naturalidade e sua insensibilidade diante dos outros. Como o próprio título do filme indica, ele se comporta como a ave que se alimenta de cadáveres.


Antes de se tornar cinegrafista, Louis Bloom mente e rouba para ganhar a vida. Ao presenciar um acidente e perceber que repórteres cinematográficos lucravam com aquelas gravações, ele decide aprender mais sobre a área e começa a comprar seus equipamentos. Ele começa com uma câmera simples, gravando as imagens de um homem que levou tiros no pescoço.

Desde suas primeiras imagens, o protagonista parece não se importar com os limites. O Abutre, assim como outros filmes com personagens jornalistas, como O Preço de Uma Verdade e A Montanha dos Sete Abutres, apresentam situações antiéticas dentro da área do Jornalismo e os efeitos da mídia, possibilitando a reflexão.

À medida que o filme vai se desenrolando, o telespectador observa como Louis fica cada vez mais obcecada pelo dinheiro. Sua ambição parece não ter limites. Ele consegue vender suas imagens para um canal de televisão e por mais que alguns conteúdos sejam fortes demais e ultrapassem os limites (até mesmo de outros profissionais veteranos), as reportagens exibidas começam a fazer sucesso e aumentar a audiência.


Além do desrespeito, ele engana um rapaz, convencendo-o a se tornar estagiário. A mania de grandeza de Louis faz com que ele crie uma empresa fictícia e consiga registrar cenas que outros profissionais não se atreveriam. Invasão a domicílio, alterar cenas de crime, mover corpos, cúmplice de homicídio, dirigir acima da velocidade, monitorar os canais de comunicação da polícia para ter imagens quentes... A lista de violações cometidas por Louis é extensa e a editora para quem ela vende suas gravações, cada vez por um preço maior, parece não se importar com os meios, somente com os fins – desde que ela garanta uma boa audiência para o seu programa jornalístico e mantenha seu emprego, tanto faz sua origem.

Não vou dizer qual é o clímax nem as reviravoltas do filme, pois não quero estragar as surpresas. Só posso dizer que Louis surpreende a cada minuto. Jake Gyllenhaal interpretou muito bem o personagem, e nos faz ficar com o coração acelerado, pensando qual será a próxima loucura que ele vai aprontar.


Quanto à fotografia do filme, o telespectador se sente, literalmente, dentro do carro de Louis, acompanhando suas aventuras. O Abutre traz uma dose de realismo, tanto no comportamento dos personagens, como dos efeitos especiais, e nos deixa questionando uma série de coisas. Quantos outros abutres existem pelo mundo? Quais são os limites dos programas jornalísticos? Vale tudo pela audiência? Os profissionais estão insensíveis com a vida humana, a ponto de se preocuparem mais com o ângulo e enquadramento, como a cena vai aparecer na televisão e se vai fazer sucesso, ao invés de ajudarem as vítimas?

Outro ponto interessante nestas reflexões sobre o filme é a de que o jornalismo é uma das áreas de atuação que mais atraem psicopatas, seja pela questão do narcisismo (culto exacerbado da própria imagem), do falso glamour e desta insensibilidade (Lous filma um cinegrafista que ele conhece e se acidentou, sem dar à mínima, com a desculpa de que está sendo profissional, além do final chocante).

Nightcrawler ganhou mais de 30 prêmios e teve mais de 50 nominações. Entre os prêmios estão os de Melhor Ator, para Jake Gyllenhaal, Melhor Roteiro e Melhor Primeiro Filme, para Dan Gilroy.

Assista ao trailer do filme O Abutre:



E você, já assistiu ao filme? O que achou? 

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