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Destaques

5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance

Quando se lê ou ouve o termo dorama, muitas pessoas associam aos dramas românticos e leves, fazendo com que muitas pessoas evitem conhecer uma série de produções de gêneros diferentes, para quem também gosta de histórias mais sombrias e com uma dose de suspense e ação. Pensando em uma postagem assim que vi nas redes sociais, nas quais os dorameiros estavam indicando opções diferentes, decidi selecionar minhas cinco sugestões de dramas coreanos (kdramas) que fogem dos clichês românticos, dos quais algumas pessoas não gostam. Apesar de grande parte dos conteúdos lembrarem novelas de drama e romance, surgem cada vez mais possibilidades de gêneros e temas para assistir. Quando o termo dorama se popularizou no Brasil, parte da comunidade brasileira coreana não ficou muito feliz por associarem a um gênero. Confira 5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance: 1) Round 6 (Squid Game): da lista, este é um dos dramas coreanos que conseguiram furar a bolha da dramaland e conquistaram telespectadore

Resenha: Theus: Do Fogo à Busca de Si Mesmo – Fabrício Viana

Minha leitura desta semana foi o livro Theus: Do Fogo à Busca de Si Mesmo, escrito pelo autor Fabrício Viana, de 196 páginas, publicado pela Editora Orgástica, em 2015. O escritor enviou um exemplar-cortesia para que eu pudesse ler e resenhar para os leitores do blog! A obra de ficção é de temática gay e conta a história de Prometheus, um jovem que lida com a aceitação da sua própria homossexualidade, em uma jornada de descobertas, ilusões e paixões.


O protagonista do livro se chama Prometheus ou Theus, mas também é chamado de Junior pelos amigos. O jovem do interior descobre os prazeres com outro rapaz e por conta de seu passado, sua vida se transforma completamente. Da fazenda para uma tentativa de curar sua homossexualidade, Theus acaba parando em São Paulo, onde ele conhece Gabriel e tenta se adaptar à sua nova realidade.

“Talvez o caminho para a grande evolução da consciência esteja na capacidade individual de quebrar alguns conceitos aprendidos desde a infância. E o Junior estava aos poucos aprendendo isso com a vida”.

A história é narrada em terceira pessoa por um narrador que acompanha o protagonista, de forma de que se fosse narrada em primeira pessoa também seria uma boa opção, possibilitando um mergulho nos pensamentos do personagem. Por outro lado, o leitor acaba tendo acesso a essas informações por meio das memórias de Theus, além dos diálogos, sonhos e sessões de terapia.

Fabrício Viana desenvolveu uma narrativa com toque realista, abordando alguns dos problemas enfrentados por quem recentemente saiu do armário, como a homofobia internalizada, a virgindade, o preconceito da própria família, a errônea tentativa de pessoas religiosas de curar a homossexualidade (as falsas curas impostas, como se fosse uma doença) – ainda que seja uma prática que pode causar problemas emocionais e certamente não dá resultado, bem como a ingenuidade em relação aos relacionamentos, à noite gay e demais desafios.

O livro está dividido em 25 capítulos, sendo que a narrativa intercala momentos do presente com o passado, para que o leitor possa entender um pouco da história de Theus, desde os seus dias no campo até as noites nas baladas gays e na companhia de seus amigos, no apartamento que divide com seu melhor amigo Gabriel.

“O que me preocupa, de fato, enquanto terapeuta, é que muita gente permanece atormentada dentro dessas ideias imaginando que existe cura. Que existe salvação. Quando a homossexualidade é só uma parte da sexualidade humana. Não tem nada de errado com ela”.

A formação do autor em Psicologia e suas próprias experiências (algumas delas foram inspiradoras do livro O Armário: Vida e Pensamento do Desejo Proibido), possibilitaram retratar algumas questões, como os efeitos da repressão sexual no subconsciente e os pesadelos, a incompletude do amor e os relacionamentos abertos. Desde o início eu sabia que podia esperar algo perverso do Fabrício e, confesso que as reviravoltas finais do livro me surpreenderam, no bom sentido.

Theus: Do Fogo à Busca de Si Mesmo mescla acontecimentos marcantes na vida de muitos gays, como os rituais de transição e aceitação até questões mais contemporâneas, como a amizade e o amor. Fabrício Viana escreveu com uma linguagem simples, de forma que a leitura se torne acessível. Como toda obra de ficção, Theus pode contribuir para a reflexão de determinados assuntos e abrir a mente para outros, como a homofobia.

Sobre o autor – Fabrício Viana é escritor, bacharel em psicologia e pós-graduado em comunicação e marketing. Criou diversos projetos sociais na internet, como a Campanha Digital contra o Preconceito (2002), o portal Armário X (2003) e a TVTudo (2004). Viana também produziu o documentário premiado pela prefeitura de São Paulo, chamado Nosso Orgulho e deu entrevistas em jornais, revistas, portais e programas de TV, como Ana Maria Braga, Fantástico, Mulheres Dez e Manhã Gazeta.

Na literatura, Viana escreveu em 2006 seu primeiro de livro de não ficção, O Armário, que hoje tornou-se referência no assunto. Em 2014, escreveu a coletânea de contos homoeróticos Ursos Perversos e no mesmo ano organizou a coletânea de poesias, contos e crônicas, Orgias Literárias da Tribo, obra não erótica vencedora de dois prêmios literários.

Theus: Do Fogo à Busca de Si Mesmo pode ser encontrado no site da Editora Orgástica

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