As estrelas continuavam brilhando no céu, mas não conseguia alcançá-las. Havia encontrado uma estrela tão brilhante, mas quando tentou aproximar a visão, percebeu que ela já estava ao lado de outra estrela. Entre a surpresa e o choque, logo tentou se esquecer do que havia visto: era a única coisa que restava a fazer. A empolgação inicial de encontrar estrelas dera espaço a uma certa preguiça misturada à letargia. Sabia que elas estavam em algum lugar, bastava o tempo certo para que elas aparecessem, mas já não se sentia tão confiante em sua busca e pensara que ter ficado preso o suficiente em outros formatos estava atrapalhando seus êxitos. Queria uma estrela que servisse como uma musa, algo praticamente impossível de encontrar, mas que sabia que estava ali em algum lugar esperando por ele. Talvez as expectativas fossem altas e irreais, mas depois de se queimar e gelar pela realidade era tudo o que precisava. Estrelas, novas, brilhantes, estrelas que ainda não haviam tocado seu coração...
Vídeo: Folheando o livro Frankenstein, da Mary Shelley
O livro Frankenstein, da autora Mary Shelley, era um dos clássicos da literatura mais aguardados pelos leitores da editora DarkSide Books. Para matar um pouco da curiosidade dos interessados em saber como ficou essa nova edição da obra literária, especialmente para quem ainda não teve tempo de folhear o livro na livraria ou por qualquer outro motivo não teve a oportunidade de entrar em contato com a edição, gravei um vídeo mostrando como ficou o projeto gráfico. Quem conhece a caveira, sabe que ela sempre capricha nas edições – assim como capricha nos pacotes enviados para os blogueiros literários e youtubers parceiros da editora!
Assista ao vídeo:
A edição de Frankenstein (Ou o Prometeu Moderno), com tradução de Márcia Xavier de Brito, pela DarkSide Books fez tanto sucesso que entrou para a lista de livros mais vendidos em fevereiro de 2017 na Amazon Brasil, assim como o livro Edgar Allan Poe, o primeiro volume da coleção Medo Clássico.
Sobre a autora
Mary Shelley nasceu em Londres, em 1797. Filha da pioneira do feminismo Mary Wollstonecraft e do filósofo William Godwin, teve a infância marcada pela tragédia da morte da mãe, ocorrida apenas onze dias após seu nascimento, devido a complicações no parto. Em 1814, conheceu Percy Bysshe Shelley. Após o suicídio da primeira esposa deste, casou-se com Shelley em 1816 – ato que a levou a ser repudiada pelo pai. Entre 1818 e 1822, o casal viveu na Itália e teve quatro filhos, sendo que apenas um, Percy Florence, sobreviveu. Após a morte do marido em um naufrágio, Mary decidiu voltar para a Inglaterra com o filho e viver como escritora profissional.
Além de Frankenstein, romance gótico fundamental na história do horror moderno e um dos livros fundadores da ficção científica, Mary Shelley escreveu contos, ensaios e romances entre os mais diversos gêneros, como Valperga (1823), The Last Man (1826), Perkin Warbeck (1830) e Lodore (1835). Organizou também a antologia poética de P. B. Shelley em 1839. No dia 10 de fevereiro de 1851, Mary Shelley morreu em Londres. Entre seus diversos legados e sua importância ímpar, ela deixa conosco acima de tudo a marca de um cientista enlouquecido pelo poder e a sina de sua horrenda e infeliz criatura.
Sobre a tradutora
Márcia Xavier Brito é tradutora "por acaso" desde 1998. Formada em Direito, mas leitora ávida, trocou o mundo das leis pelo das letras e está feliz com a escolha. Já traduziu os mais diversos gêneros e assuntos desde Fórmula I a filosofia. Sempre teve grande interesse na Inglaterra do século XIX e nos temas relacionados às narrativas folclóricas, fantásticas e aos contos de fadas. Além de tradutora, atua também como editora. Fã dos gêneros terror e policial, atua também como editora. Fã dos gêneros terror e policial, ficou muito orgulhosa de ser convidada pela DarkSide Books para traduzir Frankenstein.
Sobre os ilustradores
Andreas Esalius nasceu em Bruxelas, em 1514. Foi médico, anatomista e autor de um dos mais influentes livros de anatomia humana: De Humani Corporis Fabrica. É considerado o pai do estudo da anatomia humana moderna. Um dos seus legados foi a prática da dissecação nas salas de aula, ferramenta fundamental para o estudo da anatomia, que permitiu criar os mais completos escritos sobre o assunto até então – apesar de, na época, a prática ir contra a ética medicinal e a lei. Após ser acusado de dissecar um corpo vivo, fez uma peregrinação à Terra Santa, mas, em seu retorno à Europa, sofreu um naufrágio na ilha grega de Zaquintos e lá morreu, em 1564.
William Owper nasceu na Inglaterra, em 1666. Cirurgião e anatomista, publicou Myotomia Reformata em 1694, que lhe rendeu uma afiliação na Royal Society. Em 1698, publicou The Anatomy of the Humane Bodies, com o qual ganhou notoriedade, embora tenha sido acusado de plagiar o trabalho do anatomista holandês Govard Bidloo (1649-1713). Faleceu em 1709. Pedro Ranz nasceu em 1983, em Florianópolis. Publicou diversas HQs, entre elas, Incidente em Tunguska (2016) e Cavalos mortos permanecem no acostamento (2014). Vem participando de exposições e suas histórias e ilustrações apareceram em diversas publicações no Brasil e no exterior. Saiba mais em pedrofranz.com.br
Em breve vai rolar resenha do livro Frankenstein aqui no blog!
E você, o que achou da edição de Frankenstein? Ficou interessado?
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