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Destaques

Sobre Reler Livros

Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente.  E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb

7 Palestras sobre Criatividade no TED que você precisa assistir

A criatividade é importante para todos, independente da área de atuação profissional. Escritores, artistas, inventores e fotógrafos estão entre aqueles que se dedicam a produzir obras e estão sempre flertando com diferentes ideias. O processo de criação é pessoal. O que funciona para um, pode não funcionar para o outro, mas assistir diferentes pessoas criativas falando sobre suas próprias experiências pode ser revigorante.


Liberdade para criar. As boas ideias vêm quando nos abrimos para elas. Nem sempre as coisas acontecem como gostaríamos, mas elas acontecem. É preciso coragem para viver uma vida criativa. Ainda existe um forte preconceito com artistas, especialmente quando se trata do sucesso profissional e financeiro, o que leva muitas pessoas a se afastarem da arte, mesmo quando elas têm afinidade.

Confira também: 10 Palestras com escritores no TED que você precisa assistir

O mundo seria um porre se tudo fosse igual. Para alguns, a arte não é só uma forma de expressão, mas também um refúgio. Encarar o medo e ousar, ainda que não hajam garantias. Para quem busca alimentar a criatividade, abandonar a ideia de perfeição e reconhecer a beleza nas rachaduras, muitas vezes, é o que possibilita continuar tentando e produzindo.

Está se sentindo sem inspiração? Precisando de energia e novas ideias? Nada como tirar um tempo para assistir outras pessoas que estão ligadas às atividades criativas e conhecer um pouco mais de suas histórias, experiências e de como mesmo com os desafios, elas encontram tempo para alimentar suas paixões e encantar os outros.

Confira 7 Palestras sobre Criatividade no TED que você precisa assistir:


Amy Tan: Onde a criatividade se esconde?


A escritora norte-americana Amy Tan mergulha em seu processo criativo, compartilha algumas visões sobre de onde vêm suas ideias e como suas crenças influenciam sua jornada de produção literária. Nascida em Oakland, Califórnia (EUA), e graduou-se em linguística pela Universidade de San Jose (CA). Foi colaboradora de inúmeras revistas americanas e escreveu mais de cinco livros, entre eles A lha do restaurador de ossos, Os Cem Sentidos Secretos e O Clube da Felicidade e da Sorte, best-seller do jornal The New York Times que ganhou uma versão para o cinema em 1993, coproduzida por ela, e foi indicado ao Bafta, o prêmio máximo do cinema britânico. 

“Quando eu analiso a criatividade, eu também penso que ela é esta sensação ou esta incapacidade de reprimir a minha procura por associações em praticamente tudo na vida” – Amy Tan




Julie Burstein: 4 lições sobre criatividade


Produtora de rádio e autora best-seller, Julie Burstein passou a sua vida com pessoas altamente criativas, seja através de entrevistas, eventos ou programas de rádio sobre suas vidas e seus trabalhos. Nesta palestra, ela compartilha quatro lições sobre criatividade diante de desafios, dúvidas e perdas. Ela compartilha os insights da cineasta Mira Nair, do escritor Richard Ford, do escultor Richard Serra e do fotógrafo Joel Meyerowitz.

“Raku é uma maravilhosa metáfora para o processo da criatividade. Eu encontro tantas coisas que tensionam entre o que eu posso controlar e o que eu tenho que deixar ir, acontece todo o tempo, se eu estou criando um novo programa de rádio ou apenas em casa, negociando com os meus filhos adolescentes” – Julie Burstein


Brian Dettmer: Livros antigos renascidos como arte


O artista contemporâneo Brian Dettmer usa livros antigos para transformar em arte, como dicionários, enciclopédias ultrapassadas e obras ilustradas, alguns materiais que nos dias atuais seriam abandonados e foram substituídos pela internet pela facilidade de pesquisa e de atualização do conteúdo.

“Quando estou esculpindo o livro, eu penso nas imagens, mas também penso no texto, e eu penso neles de maneira bastante similar, porque o interessante é que quando lemos um texto, quando lemos um livro, criamos imagens em nossa cabeça, e de certo modo preenchemos esse espaço. Criamos imagens quando lemos um texto. E quando vemos uma imagem, nós usamos linguagem para entender o que estamos observando. Então há um tipo de yin-yang, um tipo de troca. Eu crio uma obra que o próprio espectador completa” – Brian Dettmer


Dustin Yellin: Uma jornada através da mente de um artista


Reconhecido por causa de suas pinturas esculturais, Dustin Yellin mostra e fala a respeito de algumas de suas obras de arte e compartilha como o seu estilo começou a ser desenvolvido ao longo do tempo, desde a sua infância, quando começou a explorar a resina. Conheça alguns dos trabalhos de Dustin Yellin: https://www.artsy.net/artist/dustin-yellin

“Acho que é assim que se muda o mundo. Você redefine o seu interior e a caixa em que você vive e acaba percebendo que estamos todos nessa juntos, que essa ilusão de diferença, a ideia de países, de fronteiras, de religião, não funciona. Somos todos realmente feitos das mesmas coisas, na mesma caixa. E se não começarmos a trocar essas coisas delicadamente, vamos todos morrer muito em breve” – Dustin Yellin


Elizabeth Gilbert: O nosso esquivo gênio criativo


Autora do livro de memórias best seller, Comer, Rezar, Amar, Elizabeth Gilbert compartilha como se responsabilizar por todo o processo criativo pode ser pesado para os artistas e escritores. Neste vídeo, ela fala sobre como antigamente havia a ideia de um gênio criativo e como isso pode aliviar um pouco da pressão sobre a criatividade e o sucesso.

“O artista na antiguidade ficava protegido de certas coisas, como, por exemplo, de um excesso de narcisismo, se seu trabalho fosse brilhante, você não podia levar todos os créditos por isso, todo mundo sabia que você tinha um gênio invisível que te ajudava. E se seu trabalho fosse um fracasso, também não era só culpa sua, certo? Todo mundo sabia que seu gênio era meio folgado... Era assim que as pessoas pensavam sobre a criatividade no mundo ocidental, por bastante tempo” – Elizabeth Gilbert


Shimpei Takahashi: Jogue este jogo para ter ideias originais


O desenvolvedor de brinquedos Shimpei Takahashi acredita que muitas vezes para deixar a criatividade fluir, precisamos deixar de lado um pouco os dados e os números de vendas e aparecer com novas ideias. Ele dá como sugestão o Shitori, um jogo no qual você forma palavras com a última letra da palavra anterior.

“Tudo bem ter ideias ridículas. A ideia é deixá-las fluindo. Quanto mais ideias você produz, certamente você pensará em umas boas também” – Shimpei Takahashi


Young-ha Kim: Seja um artista agora!


O premiado escritor coreano Young-ha Kim fala sobre como muitas pessoas acabam reprimindo seus instintos artísticos e como isso pode levá-las a se tornarem pessoas amarguradas e opressivas com quem produz arte. Na palestra, o autor cita algumas experiências com seus alunos e dele mesmo, mostrando como um apoio ideal de professores e familiares pode fazer a diferença, bem como a importância de retomar o contato perdido, mostrando que é possível conciliar a vida de artista com outras atividades.

“A razão por que eu os faço escrever como loucos é que quando você escreve devagar e vários pensamentos passam pela sua cabeça, o diabo artístico se infiltra. Esse diabo vai te contar centenas de motivos por que você não sabe escrever: "As pessoas vão rir de você. Isso não é uma boa redação!" Que tipo de sentença é essa? Olha a sua caligrafia!" Ele vai dizer muitas coisas. Você deve correr rápido para que o diabo não alcance” – Young-ha Kim


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Veja também: 38 Livros Sobre Criatividade e Escrita 

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e do livro de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1), disponível no Wattpad.

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