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Destaques

Partners For Justice: Série coreana sobre crimes disponível na Netflix

Partners For Justice é uma série coreana para quem gosta de investigações criminais, mostrando o trabalho em conjunto entre polícia, promotoria e um instituto de análise criminalística, principalmente focado em necrópsias e toxicologia. Descobrir como alguém morreu, como e elaborar um laudo para que possa fazer a diferença na hora do caso ser julgado, assim é um dos trabalhos realizados pelo instituto que conta com um personagem um tanto peculiar, Dr. Baek. Muitas vezes, pela complexidade dos casos e/ou quando envolvem crimes supostamente em série, os casos levam mais de um episódio para serem resolvidos. É possível acompanhar a angustia da promotora Eun Sol, que sempre corre contra o tempo e conta com essa forte parceria com o instituto de análise criminalística. Enquanto alguns personagens continuaram na segunda temporada de Partners For Justice, outros não fazem participação, mas a dinâmica da série permanece a mesma. É preciso ter estômago para acompanhar algumas cenas da série env...

Criminoso mentiroso patológico, falso serial killer é tema de minissérie documental da Netflix

The Confession Killer (O Assassino Confesso) é o título de uma minissérie documental sobre o caso de um criminoso que foi visto com bons olhos pela polícia por ajudá-los a encerrar centenas de casos criminais que estavam em aberto, mas o que parecia ser bom demais para ser verdade, era pior do que imaginavam. Dirigida por Robert Kenner e Taki Oldham, a série de 2019 foi distribuída pela Netflix.

Ao longo de cinco episódios, a minissérie documental narra a história incomum de um homem que supostamente teria matado centenas de pessoas. Assassinos em série costumam atrair a atenção da mídia, já que seus crimes chocam a população e geram audiência; mas, diferente de quando adoram culpar jornalistas pelo foco que dão para serial killers, o mais chocante do caso foi saber que a polícia do Texas estava envolvida na criação do maior assassino da história dos Estados Unidos.

Como é possível dizer que o caso foi um circo midiático se quem passava as informações era a polícia norte-americana? Essa minissérie serve como um ótimo alerta sobre a importância da ética, como alguns órgãos se protegem, como a justiça pode ser falha e como as necessidades de atenção e reconhecimento podem ser desastrosas para investigações da polícia. 

Embora o caso tenha acontecido há mais de 20 anos, por volta de 1983, e era bem menor a quantidade de recursos tecnológicos disponíveis para auxiliar as investigações criminais, é impossível não se colocar no lugar da família das vítimas e não se revoltar com as condutas que deveriam ser investigadas, mas foram ignoradas. 

Um caso como o do Henry Lee Lucas nos dias atuais dificilmente passaria despercebido pela velocidade com a qual as informações viajam pela internet, facilidade de conferir se os dados batiam, ajuda da população com possíveis testemunhas, cobrança por injustiça e impunidade.

As gravações da época e as entrevistas – tanto da década de 80, quanto dos anos recentes – ajudam na identificação de como desde o início a investigação foi duvidosa. Alguns entrevistados alegaram que não houve falta de responsabilidade da polícia e que se foram enganados pelo criminoso, foi porque queriam acreditar, mas as descobertas e declarações do próprio Henry Lee Lucas contradizem.

Se Henry Lee Lucas tivesse realmente matado tantas pessoas quanto alegou e se envolvido nas centenas de crimes, sua história seria chocante não só para os Estados Unidos, mas para o resto do mundo. Porém, graças aos profissionais que duvidaram, descobriram não só que ele era mentiroso patológico, como que ele tinha uma série de privilégios na prisão e conseguia inventar histórias sobre os crimes porque tinha acesso às fichas dos crimes.

Criminoso? Sim. Serial killer? Não. Henry Lee Lucas foi condenado à pena de morte, mas sua pena mudou para prisão perpétua graças ao governador da época, George W. Bush. Seria mais escandaloso ainda se ele tivesse sido executado e só depois descobrissem as mentiras.

Longe de romantizar ou glamorizar o criminoso, além de ter esse lado curioso para quem gosta de histórias de crimes reais, a minissérie The Confession Killer (O Assassino Confesso) revela como algumas famílias ficaram revoltadas e tristes com a verdade, pois ao incriminar Henry Lee Lucas, grande parte dos reais assassinos não foi descoberta. Com o DNA, no entanto, foi possível revelar alguns casos, mesmo após vários anos. 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.


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