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Destaques

Navillera: Drama coreano sobre o amor pelo balé na terceira idade

Quanto tempo dura um sonho de infância? Após uma vida inteira sonhando com o balé, um homem na terceira idade decide finalmente tornar realidade, com a ajuda de um jovem bailarino apaixonado pela dança. O telespectador acompanha essa não tão improvável amizade e união por uma paixão em comum no drama coreano Navillera , dirigido por Dong-Hwa Han em 2021, adaptado pelo roteirista Lee Eun-Mi em uma webtoon. Por ter mais de 70 anos, além de ter que lidar com as próprias limitações do corpo, como a flexibilidade e dificuldades de equilíbrio, o Sr. Shim (In-hwan Park) se arrisca em algo mesmo com o preconceito por parte da família em relação ao balé e à idade em que ele decidiu começar a praticar.  Do outro lado, ao mesmo tempo em que treina balé para um concurso, Chae Rok (Song Kang) assume a missão de ensinar Shim o básico sobre a dança clássica. O que se inicia como uma estranha relação adquire novos contornos conforme eles vão se aproximando e criando um vínculo que vai além das aulas

Criminoso mentiroso patológico, falso serial killer é tema de minissérie documental da Netflix

The Confession Killer (O Assassino Confesso) é o título de uma minissérie documental sobre o caso de um criminoso que foi visto com bons olhos pela polícia por ajudá-los a encerrar centenas de casos criminais que estavam em aberto, mas o que parecia ser bom demais para ser verdade, era pior do que imaginavam. Dirigida por Robert Kenner e Taki Oldham, a série de 2019 foi distribuída pela Netflix.

Ao longo de cinco episódios, a minissérie documental narra a história incomum de um homem que supostamente teria matado centenas de pessoas. Assassinos em série costumam atrair a atenção da mídia, já que seus crimes chocam a população e geram audiência; mas, diferente de quando adoram culpar jornalistas pelo foco que dão para serial killers, o mais chocante do caso foi saber que a polícia do Texas estava envolvida na criação do maior assassino da história dos Estados Unidos.

Como é possível dizer que o caso foi um circo midiático se quem passava as informações era a polícia norte-americana? Essa minissérie serve como um ótimo alerta sobre a importância da ética, como alguns órgãos se protegem, como a justiça pode ser falha e como as necessidades de atenção e reconhecimento podem ser desastrosas para investigações da polícia. 

Embora o caso tenha acontecido há mais de 20 anos, por volta de 1983, e era bem menor a quantidade de recursos tecnológicos disponíveis para auxiliar as investigações criminais, é impossível não se colocar no lugar da família das vítimas e não se revoltar com as condutas que deveriam ser investigadas, mas foram ignoradas. 

Um caso como o do Henry Lee Lucas nos dias atuais dificilmente passaria despercebido pela velocidade com a qual as informações viajam pela internet, facilidade de conferir se os dados batiam, ajuda da população com possíveis testemunhas, cobrança por injustiça e impunidade.

As gravações da época e as entrevistas – tanto da década de 80, quanto dos anos recentes – ajudam na identificação de como desde o início a investigação foi duvidosa. Alguns entrevistados alegaram que não houve falta de responsabilidade da polícia e que se foram enganados pelo criminoso, foi porque queriam acreditar, mas as descobertas e declarações do próprio Henry Lee Lucas contradizem.

Se Henry Lee Lucas tivesse realmente matado tantas pessoas quanto alegou e se envolvido nas centenas de crimes, sua história seria chocante não só para os Estados Unidos, mas para o resto do mundo. Porém, graças aos profissionais que duvidaram, descobriram não só que ele era mentiroso patológico, como que ele tinha uma série de privilégios na prisão e conseguia inventar histórias sobre os crimes porque tinha acesso às fichas dos crimes.

Criminoso? Sim. Serial killer? Não. Henry Lee Lucas foi condenado à pena de morte, mas sua pena mudou para prisão perpétua graças ao governador da época, George W. Bush. Seria mais escandaloso ainda se ele tivesse sido executado e só depois descobrissem as mentiras.

Longe de romantizar ou glamorizar o criminoso, além de ter esse lado curioso para quem gosta de histórias de crimes reais, a minissérie The Confession Killer (O Assassino Confesso) revela como algumas famílias ficaram revoltadas e tristes com a verdade, pois ao incriminar Henry Lee Lucas, grande parte dos reais assassinos não foi descoberta. Com o DNA, no entanto, foi possível revelar alguns casos, mesmo após vários anos. 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.


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