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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Ghislaine Maxwell: Depois de Jeffrey Epstein, vários documentários contarão história antes do julgamento

Depois que o caso do produtor de cinema Harvey Weinstein ganhou destaque na mídia e chocou milhões de pessoas pelo mundo sobre os abusos nos bastidores de Hollywood, outro caso ganhou bastante destaque por ter em comum uma coisa: dinheiro e poder para silenciar suas vítimas

O caso de Jeffrey Epstein já foi contado por inúmeros jornais do mundo, livros e documentários e agora com a proximidade do julgamento de sua ex-parceira, a socialite britânica Ghislaine Maxwell, aumentou o interesse tanto do público, quanto dos produtores pela criação de conteúdo sobre o envolvimento dela.

Na Netflix, a série documental Jeffrey Epstein: Filthy Rich (Jeffrey Epstein: Poder e Perversão) foi produzida e baseada no livro de James Patterson, Filthy Rich: The Jeffrey Epstein Story, e por meio do maior alcance da linguagem audiovisual, levou a história do milionário norte-americano para o mundo todo.

Trazendo entrevistas com suas vítimas, mulheres que na adolescência foram envolvidas em um esquema de pirâmide sexual, no qual Jeffrey Epstein convidava essas garotas e fazia outras garotas chamarem mais para irem até a casa dele em troca de dinheiro. Por serem menores de 18 anos e muitas não terem ideia do que aconteceria até chegar à casa dele, quando o caso veio à tona, houve quem tentou defendê-lo e comparando à prostituição e/ou negando os acontecimentos, porém a quantidade de relatos parecidos e até mesmo evidências encontradas pela polícia indicam o contrário.

Tudo isso para dizer que, no documentário, julgamento e investigações policiais, sabe-se que Jeffrey Epstein não agia sozinho. Sobreviventes dos abusos cometidos por ele, como Annie Farmer contaram que Ghislaine Maxwell sabia de tudo. 

Em áudio levado a uma corte, ela declarou: “Conheci Ghislaine Maxwell quando tinha 16 anos. Ela é uma predadora sexual que me preparou e abusou de mim e de inúmeras outras crianças e mulheres jovens. Ela nunca demonstrou qualquer remorso por seus crimes hediondos ou pelos efeitos devastadores e duradouros que suas ações causaram”. 

Outra vítima que atraiu bastante atenção da mídia não só por falar sobre Ghislaine Maxwell, como por citar outras pessoas poderosas e ricas, entre elas, o Príncipe Andrew da Família Real Britânica, Virginia Roberts Giuffre não desistiu do julgamento mesmo com toda pressão. O próprio Príncipe Andrew já foi convidado a visitar os Estados Unidos para esclarecer, inclusive pela advogada feminista Gloria Allred, que representa várias vítimas.

Pelo envolvimento de Jeffrey Epstein com muitas pessoas famosas e poderosas, a morte do predador sexual em agosto de 2019 levantou inúmeras teorias na internet, especialmente porque um relatório técnico não acredita que ele tenha cometido suicídio. O acontecimento serviu como chamariz para críticas ao sistema prisional precário nos Estados Unidos, possível falta de segurança caso ele tenha sido assassinado por outro criminoso, funcionário ou alguém de fora e até mesmo sobre a falta de atenção à saúde mental, já que pela pressão do julgamento pelos crimes, o suicídio pareceria uma saída para Epstein se safar de passar o resto da vida na prisão.

Outra hipótese levantada e até mesmo investigada foi a de que sua morte seria uma forma de abaixar a poeira sobre suas conexões com o caso, já que ele não era o único que se encontrava com as jovens, mas também as apresentava para outras pessoas poderosas e as mandava de avião para outros países. Fica difícil mensurar a quantidade de envolvidos nos esquemas de Jeffrey Epstein.

Alguns conspiradores acreditam que Jeffrey Epstein não morreu, que seu suposto suicídio/assassinato foi forjado. Insano.

Nos últimos tempos, além de se declarar não culpada, Ghislaine Maxwell têm aparecido nos jornais com reclamações sobre a prisão. Por conta do dinheiro que ela tem e da gravidade do seu suposto envolvimento nos crimes, além de ter uma grande chance dela fugir do país antes do julgamento se fosse mandada para casa, suas queixas estão relacionadas ao modo que tem sido tratada. No entanto, com a morte de Jeffrey Epstein e o receio de que algo parecido algo com Ghislaine Maxwell, os policiais têm feito rondas noturnas não para “incomodá-la”, como ela alega, mas para garantir que ela está bem e não corre o risco de suicídio ou até de alguma invasão.

A família de Ghislaine Maxwell chegou a lançar um site em sua defesa. “Minha irmão não é uma monstra. Ghislaine é uma madrasta. Uma esposa. Uma amiga para muitos. Uma irmã para mim. Ninguém merece ser torturado quando eles são presumidos inocentes”, afirmou Ian Maxwell, em abril de 2021.

Presa em julho de 2020, parte da história de Ghislaine Maxwell é contada na série documental da Netflix, porém, com a crescente procura das pessoas por mais informações sobre a história de vida dela, o caso e o futuro julgamento, algumas produções documentais estão em desenvolvimento. 

Documentários sobre o caso Ghislaine Maxwell:

Chasing Ghislaine será produzida pelo escritor James Patterson. Segundo informações do The Hollywood Reporter, a série documental deve trazer mais de 30 entrevistas. Além da produção televisiva para o Discovery+, também deve sair um podcast.

Além disso, no Reino Unido deve sair o documentário Who Is Ghislaine Maxwell?, que vai contar não só a história da socialite, como também do pai dela, Robert Maxwell, ex-proprietário de vários veículos de comunicação.

Uma série baseada no podcast de crimes reais está sendo adaptada para a televisão. O podcast britânico Hunting Ghislaine foi lançado em novembro de 2020 e foi escrito e apresentado pelo jornalista investigativo John Sweeney. Em breve, deve ser lançado o livro sobre o caso.

Um dos anúncios mais recentes sobre a vida controversa de Ghislaine Maxwell foi anunciado neste mês de maio de 2021: Ghislaine Maxwell: Epstein’s Shadow. A série documental será produzida pela Blue Ant Studios, em colaboração com Sky UK e Peacock.

O julgamento de Ghislaine Maxwell está previsto para o dia 29 de novembro de 2021. Dependendo de como desenrolar, é bem possível que até lá e depois, sejam produzidas mais obras explorando o caso. Ghislaine Maxwell já tentou fiança três vezes e foi negada.

Até o momento, o caso dos procuradores deve se focar em quatro mulheres que foram abusadas, das quais, duas alegam terem sido recrutadas aos 14 anos. Número bem baixo de testemunhas, se for levar em conta a quantidade de pessoas que acusaram Jeffrey Epstein e foram vistas nas imagens guardadas por ele. 

Outro caso aguardando julgamento nos Estados Unidos, que também envolve fama e tentativa de silenciar vítimas de esquemas sexuais é o do R. Kelly, que foi contado em algumas séries documentais.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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