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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Gloria Allred: Documentário da Netflix traça história de vida e causas defendidas por advogada feminista

Mesmo morando no Brasil, ainda que você não conheça a fundo, se acompanha notícias envolvendo julgamentos de famosos dos Estados Unidos, é bem provável que já tenha ouvido falar nela: Gloria Allred. O documentário Seeing Allred foi dirigido por Roberta Grossman e Sophie Sartain, lançado em 2018 pela Netflix e traz um retrato biográfico da advogada norte-americana e um pouco do seu histórico na luta pela proteção dos direitos das mulheres

Quem vê discussões atuais sobre machismo, racismo, homofobia, entre outras questões, sabe que ainda causa polêmica e resistência entre conservadores, agora imagina falar abertamente na mídia sobre o assunto e defender causas assim na justiça há décadas? Por meio de arquivos históricos, o documentário revela a coragem da advogada Gloria Allred e seu papel na causa feminista dos Estados Unidos em diferentes períodos.

Como a imagem da advogada feminista está vinculada aos assuntos que defendeu, a filha dela também advogada, Lisa Bloom contou que muitas pessoas naquela época viam sua mãe como alguém extremista. Para quem nasceu nos dias atuais, no Brasil, não faz ideia de como a segregação racial e casamento inter-racial eram uma realidade norte-americana, tampouco se dá conta de outras questões, como o direito das mulheres ao voto e as sucessivas lutas por uma sociedade mais igualitária, inclusiva e justa. 

Questionada se existe alguma motivação pessoal pelo seu trabalho, além de comentar sobre o seu interesse e estudos após a graduação, Gloria Allred revelou que sofreu abuso sexual e teve que fazer um aborto clandestino – o que quase levou à sua morte. Logo, muitas clientes se sentem compreendidas por ela, sendo um dos motivos pelo qual a procuram: não só por motivações financeiras, como muitos alegam.

Embora ao longo dos anos ela tenha se envolvido em inúmeras polêmicas e ganhado milhões de dólares, o documentário se foca no lado humano e quanto mais camadas são reveladas, mais fica fácil entender porque muitos norte-americanos a odeiam: muitos se incomodam com o apoio de Gloria Allred ao casamento gay (conversão da união estável homoafetiva em casamento), na exposição e defesa de vítimas de abusadores conhecidos pelo público. Ao se declarar a favor de algumas causas sociais, instantaneamente ela passa a ser vista como inimiga por causa da polarização.

“Gays, lésbicas e transgêneros merecem direitos iguais. E as mulheres merecem o direito constitucional de escolher aborto seguro, acessível, legal e disponível” – Gloria Allred

Embora não tenha sido premiado, o documentário Seeing Allred foi e é um sopro de esperança para os tempos sombrios. Uma advogada com coragem de encarar Donald Trump certamente merece respeito. Sua luta contra o comportamento sexual predatório, contra a violência contra mulher e direitos igualitários tornam sua carreira memorável. 

Ex-advogada de uma das mulheres que alegaram ter sido vítimas de Donald Trump, Gloria Allred representou vítimas do ator norte-americano Bill Cosby, do bilionário Jeffrey Epstein,  do cantor R. Kelly, do produtor de cinema Harvey Weinstein, do ator Charlie Sheen, do jogador profissional de golf Tiger Woods e até mesmo representou a família de Nicole Brown no caso contra O. J. Simpson.

Além desses casos que chamaram a atenção da mídia, sendo um dos mais recentes o da suposta vítima do ator Armie Hammer, Gloria Allred declarou que 90% dos casos que representa não viram manchetes nos jornais. Para ficar por dentro das novidades da advogada, acesse o site: https://www.gloriaallred.com/ 

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*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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