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Serial Killer de Curitiba que caçava vítimas gays em aplicativo de encontro foi preso
Em maio de 2021, a comunidade LGBTQ brasileira ficou em alerta depois da divulgação nos jornais e redes sociais de que a polícia estava procurando o suspeito de assassinar gays no Sul do Brasil, entre Paraná e Santa Catarina.
O suposto serial killer caçava suas vítimas em aplicativos de encontro e para o alívio dos familiares das vítimas, dos sobreviventes e possíveis futuros alvos, neste sábado, dia 29 de maio de 2021, véspera do mês do Orgulho LGBTQ, a Polícia Civil do Paraná anunciou a prisão de José Tiago Correia Soroka, de 33 anos.
Há alguns anos, quando li o livro Social Killers, que focava em assassinos que usavam a internet e diferentes ferramentas para encontrar suas vítimas, fiquei apreensivo sobre a possibilidade desses crimes se popularizarem no Brasil, especialmente porque o brasileiro tem hábito de usar mais as redes sociais do que os norte-americanos.
O caso recente que ficou conhecido como 'Serial Killer de Curitiba' reacendeu a importância dos alertas sobre os cuidados nos aplicativos de encontro, especialmente porque em muitos deles o usuário pode criar um perfil completamente falso.
Em notícias compartilhadas por diferentes jornais, um dos delegados envolvidos no caso disse que Soroka poderia ser considerado 'assassino em série' e 'psicopata', pela mudança de comportamento carismático diante da sociedade e frieza e violência com suas vítimas.
Autora de livros sobre casos criminais e assassinos em série, como Casos de Família: Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni, Arquivos Serial Killers: Made in Brazil e Arquivos Serial Killers: Louco ou Cruel?, após mostrar de forma breve a linha do tempo entre os assassinatos, Ilana Casoy lembrou nas redes sociais qual é a definição de serial killer:
“Pode ser definido como assassino em série aquele que comete dois ou mais assassinatos, envolvendo ritual com mesmas necessidades psicológicas, mesmo que com modus operandi diverso, caracterizando no conjunto uma "assinatura" particular. Os crimes devem ter ocorrido em eventos separados e em datas diferentes, com algum intervalo de tempo relevante entre eles. As vítimas devem ter um padrão de conexão entre elas; a motivação do crime deve ser simbólica e não pessoal”.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Paraná, José Tiago Correia Soroka está sendo investigados pelas mortes de David Júnior Alves Levisio (27 de abril), Marco Vinício Bozzana da Fonseca (4 de maio), em Curitiba (PR) e Robson Olivino Paim (16 de abri), em Abelardo da Luz (SC).
No dia 11 de maio, ele tentou matar mais uma vítima, também em Curitiba, que segundo informações da polícia, “conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos”.
Agora que ele foi preso, a polícia deve esclarecer melhor as motivações por trás dos crimes cometidos por Soroka. Sabe-se que há um padrão entre as vítimas: gays, moravam sozinhas, morreram asfixiados e foram roubados.
“De acordo com as investigações, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas”, de acordo com a Polícia Civil do Paraná.
O caso chegou a ser divulgado em jornais internacionais. Há algumas semanas, a polícia pedia a colaboração da população para encontrar o suspeito e divulgou imagens de Soroka na internet. Também há alguns dias, foi divulgada a informação de que Soroka procurava por um advogado.
Há algumas semanas, o diretor da Aliança Nacional LGBTI+, em entrevista ao UOL, Toni Reis afirmou que sua organização tem alertado sobre o cuidado ao encontrar pessoas estranhas, algo que se tornou mais frequente na pandemia, recomendando que em vez de levar desconhecidos para casa, que levem para lugares onde tem câmeras, como hotéis ou motéis.
Após a prisão, Soroka confessou três homicídios e disse que a intenção era roubar. Pelo padrão das vítimas, a polícia tenta descobrir se houve um componente de ódio. As investigações devem continuar para descobrir outras vítimas do criminoso. Em 2015, ele já havia sido preso por roubo de um carro em Curitiba (PR).
Resta saber quantas pessoas foram vítimas no total, seja dos assassinatos, violências e/ou roubo.
Em entrevista coletiva, o delegado Tiago Nóbrega afirmou que o assassino confessou os crimes e além de não demonstrar arrependimento, deu a entender que as ações foram planejadas e que seu foco eram vítimas gays pela facilidade com a qual marcavam encontros e levavam para casa.
Os objetos roubados eram vendidos e trocado por coisas supérfluas e cocaína. Ainda segundo o delegado, existiram outros crimes no histórico que não foram comentados.
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