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Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

Resenha: Manual de Radiojornalismo: Produção, ética e Internet

O livro Manual de Radiojornalismo: Produção, ética e Internet foi escrito em 2001 por Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima (juntos os autores também elaboraram o Manual de Telejornalismo: Os Segredos da Notícia na TV).

Imparcialidade do jornalista

A introdução do livro fala sobre um assunto bastante polêmico no jornalismo: a imparcialidade. Os autores acreditam que a imparcialidade não passa de uma utopia e comentam: "O jornalista tem seu próprio mundo e valores. Toma sempre partido, de uma forma ou de outra, nas notícias que divulga ou comenta. Não há como separar informação de opinião".

Deixando a crença de imparcialidade de lado. A melhor forma talvez de informar a sociedade é através da isenção. É mostrar todos os lados dos envolvidos, "é a busca constante do que se entender ser a verdade".

Ética

Sugestões para uma Conduta Ética é o título do primeiro capítulo do livro. Nele os autores explicam: "A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade". Os jornalistas precisam de um código de valores. (Leia o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros)

Nas sugestões para uma conduta ética são discutidos assuntos como: o interesse público, o sensacionalismo, o jabá (jargão jornalístico para presentes), a credibilidade, a omissão, a isenção e a distinção entre opinião e informação.

Rádio via Internet

A Internet possibilitou a globalização do rádio, "com o simples clicar do mouse, é possível ouvir uma rádio de Nova York, Manela, Zagreb ou da Rocinha". A forma de se fazer publicidade na rádio vai se transformar: "as agência de publicidade vão produzir anúncios locais, nacionais ou internacionais com a mesma cobertura e alcance".

Os autores ainda falam da desmonopolização do rádio, contribuindo com a democratização deste meio de comunicação. A concessão pública perderá importância, pois "na Internet não é preciso pedir licença a ninguém: está aberto a todos".

Outros assuntos interessantes abordados no livro são: entrevista, reportagem, produção, pauta, texto, edição, jornalismo esportivo, pronúncia, redação, o rádio e a política, credibilidade.

Autores

* Heródoto Barbeiro é jornalista da CBN e da TV Cultura, gerente de jornalismo do Sistema Globo de Rádio - São Paulo, articulista em jornais, revistas e Internet. Autor de livros na área de treinamento para empresas, jornalismo, história e religião.

* Paulo Rodolfo de Lima é editor da Rádio CBN - São Paulo.

Comentários

  1. Livro bastante importante para que está fazendo jornalismo e não somente para estes. As pessoas deveriam saber um pouco mais sobre o assunto antes de se julgarem jornalistas. Os assuntos abordados no livro são muito bons. Adorei o post bem explicativo.

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  2. Muito bom teu blog, perfeito.! Pretendo fazer jornalismo aqui na UFPA, apesar dessa profissão estar um tanto quanto desvalorizada, graças ao Gilmar M.

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