Nostalgia Sombria
Fora do pedestal, encarava o outro como um ser humano qualquer, sem todas fantasias e idealizações, sem o desejo alimentado pela nostalgia. Nada mais justo a fazer, especialmente quando deixara claro que não queria fazer parte da sua vida. Os meses voaram, mas as palavras continuavam ecoando dentro dele. Não havia sentido. De uma coisa ele tinha certeza, sua vida seria diferente se não tivesse Transtorno Bipolar, mas era incapaz de mudar a realidade. Não importava o que fizesse. Não importava o quanto tentasse. Tudo o que restava era aceitação. Aceitar que independente do que o outro importava para ele, não tinha a mesma importância. Aceitar o não e continuar seguindo em frente, consciente de que encontraria um sim pelo caminho. Era quando encarava o vício de frente, que a nostalgia voltava para lhe confortar de alguma forma. Pensar em como as coisas tinham sido boas e se esquecendo da parte ruim, assim alimentava a nostalgia, criando uma espécie de edição de memórias da vida e o outro...