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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Leituras de Maio

Faltando dois dias para o mês acabar, decidi adiantar minha lista de leituras de maio. Foram 14 livros lidos, incluindo duas releituras essenciais: O Sucesso de Escrever e O Apanhador no Campo de Centeio.

Os livros que comecei a ler e não terminei não foram acrescentados à lista, quem sabe na do próximo mês. Dificilmente abandono alguma leitura. Precisa ser muito chata para eu fazer isso. Às vezes, inicio uma leitura, mas não estou no clima ou não sinto que estou com a bagagem necessária para concluí-la com o potencial que merece, então, vou lendo outros livros e retorno nela depois.

Aconteceu com A Laranja Mecânica, do Anthony Burgess. Até agora só li o texto de introdução, no qual aborda as dificuldades dos tradutores encontrarem palavras em português que transmitissem um significado parecido. Não é nenhuma novidade que muitas palavras não podem ser traduzidas e que perdem o mesmo brilho – o recomendável é sempre ler o texto original.

Outra leitura que estou enroscado é Literatura e Sociedade, do Antonio Candido. Esperava um texto mais leve. O livro foi publicado em 1965 e relaciona diversas teorias literárias com teorias sociológicas, filosóficas e psicanalíticas, necessitando uma base melhor para a leitura se tornar proveitosa.

Estou quase concluindo a leitura de A Construção da Personagem, do Constantin Stanislavski. Apesar de ser um livro voltado para atores, há algumas questões que podem ajudar bastante o escritor de ficção ou não ficção. Aliás, qualquer leitura ajuda a melhorar nossa bagagem. A obra aborda o poder das palavras, expressões, tempo, movimento. Um ótimo curso para quem tem interesse em aprender mais sobre teatro.

Dos livros lidos, A Espécie Fabuladora e O Sucesso de Escrever, recomendo para quem deseja aprender mais sobre escrita. O primeiro é um ensaio lindo sobre o papel da escrita em nossas vidas, enquanto o segundo é uma obra mais técnica, para quem deseja aprender a estruturar seu romance, construir personagens, desenvolver diálogos, conflitos e outros elementos fundamentais a uma boa narrativa.

Para quem ainda não leu livros com temática lésbica, Karina Dias é uma deliciosa surpresa. Devorei Diário de Uma Garota Atrevida. Muitas doses de nostalgia, conflitos adolescentes e paixonites. Já As Rosas e a Revolução, narrado pela própria protagonista, envolve o leitor de uma forma que você não consegue soltar o livro até descobrir o que aconteceu. Para quem gosta de vibrar e sofrer pelo personagem, a escritora conseguiu narrar muito bem a história que se passa no período da ditadura militar no Brasil.

Ainda no lado colorido, Orgias Literárias da Tribo traz textos de vários autores gays, lésbicas e trans de São Paulo. A obra é deliciosa de ler. Se pudesse defini-la em poucas palavras seria Diversidade. Diversidade sexual, diversidade textual, diversidade cultural. Tem doses para todos os gostos do arco-íris.

Nascida à Meia-Noite foi uma delícia de ler. Estou considerando comprar os outros livros da saga Shadow Falls. Recomendo para quem gosta de livros de fantasia voltados para adolescentes.

Para os jovens leitores que se encantaram pelo livro As Vantagens de Ser Invisível, O Apanhador no Campo de Centeio mostra que apesar de ter sido publicado em 1951, ainda tem mais peso. É fascinante a maneira que J. D. Salinger escreve. Ainda nesta linha de acidez, Clube da Luta envolve o leitor trazendo críticas à sociedade, com um protagonista que é ao mesmo tempo o seu antagonista e sua filosofia de destruição.

Tive dose dupla de Agatha Christie este mês, com gostinho de quero mais. Li Enquanto Houver Luz, uma coletânea de contos escritos pela autora e A Noite das Bruxas, com o querido detetive fictício Hercule Poirot. Depois de compartilhar que estava lendo no Facebook, recebi uma série de recomendações de leituras da Agatha Christie. Nem preciso dizer que já estou curioso para aumentar minha coleção de livros da autora, não é?

Voláteis também foi uma surpresa de literatura nacional. O autor quebra a estrutura, em uma narrativa que parece a cinematográfica. O problema, para muitos leitores que não curtiram muito, é o de que quebrar a estrutura em poucos parágrafos a todo instante atrapalha na imersão da leitura. Contrastando com o livro de personagens voláteis, li Introdução ao Budismo. Recomendo para quem deseja aprender um pouco sobre quais são as causas de sofrimento na vida e como fazer para alcançar alguns momentos de paz, afinal, fácil é ler inúmeras coisas que não se pode fazer para machucar os outros ou se machucar, o mais difícil é colocar em prática.

Na área de Marketing, Vença com a Mídia traz conselhos básicos para que os empresários possam aprender a utilizar a imprensa como uma aliada. Um livro bem enxuto e prático. Voltado para quem tem poucos conhecimentos sobre marketing. Lições de uma Rainha do Batom surpreende. Poppy King surpreende o leitor abordando desde como ela abriu sua própria empresa de batom, quais foram os desafios iniciais, dá dicas de marketing e relacionamento, sem esconder os problemas com os sócios, o lado escuro da mídia e a necessidade de se reinventar diante das crises.

Confira a lista de leituras de Maio:

A Espécie Fabuladora – Nancy Huston

O Sucesso de Escrever – Albert Paul Dahoui

Diário de Uma Garota Atrevida – Karina Dias

As Rosas e a Revolução – Karina Dias

Orgias Literárias da Tribo – Editora Orgástica

Nascida à Meia-Noite – C. C. Hunter

O Apanhador no Campo de Centeio – J. D. Salinger

Voláteis – Paulo Scott

Introdução ao Budismo – Geshe Kelsang Gyatso

Enquanto Houver Luz – Agatha Christie

Clube da Luta – Chuck Palahniuck

A Noite das Bruxas – Agatha Christie

Vença com a Mídia – Tulio Milman e Heitor Kramer

Lições de uma Rainha do Batom – Poppy King

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