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Ressignificar dia após dia

A linha era tênue entre a verdade e a autoficção, mas a literatura era um espaço para criar e não tinha compromisso com a realidade. Como tinta invisível, personagens às vezes se misturam e podem confundir. Um personagem pode ser vários e a graça não está em descobrir quem é quem, mas de aproveitar a leitura. Escrever em blog poderia não ser a mesma coisa do que escrever um livro de ficção ou de memórias, mas a verdade era que acabava servindo para as duas coisas. Às vezes o passado estava no passado. Às vezes o presente apontava para o futuro. Mas nunca dá para saber sobre quem se está escrevendo e há beleza nisso. A beleza de que personagens não eram pessoas, de que não precisava contar a verdade sempre, que às vezes quatro personagens poderiam se tornar um. Saber quem é quem parecia o menos importante, mas apreciar a beleza das entrelinhas. Ia escrevendo como uma forma de esvaziar a mente e o coração, sentindo o corpo mais leve. Escrevia e continuaria escrevendo sempre que sentisse ...

Documentário: Marcel Proust – Uma Vida de Escritor

Sabe quando você termina de assistir a um filme baseado em um livro e fica morrendo de vontade de ler as obras do autor? Após assistir ao documentário francês “Marcel Proust: Uma Vida de Escritor” me senti desta maneira. Se eu já tinha curiosidade para ler os livros do Proust, agora quero incluir como prioridade.

Para quem não sabe, o escritor francês Marcel Proust conquistou o seu reconhecimento internacional e se tornou um clássico com a obra Em Busca do Tempo Perdido, publicada entre 1913 e 1927, em sete volumes: No Caminho de Swann; À sombra das raparigas em flor; O caminho de Guermantes; Sodoma e Gomorra; A prisioneira; A fugitiva; O tempo reencontrado.

Entre os pontos levantados no documentário sobre a vida do escritor Marcel Proust que eu mais gostei estão:

– Proust era homossexual;

– Ele escolheu ser escritor, contrariando a vontade do pai que desejava que ele se tornasse advogado;

– Os primeiros livros publicados por Marcel Proust foram um fracasso;

– O primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, No Caminho de Swann foi rejeitado por vários editoras na época e o editor totalmente comercial que decidiu publicá-lo, nem mesmo tinha lido o livro, além de Proust ter bancado a publicação do livro. O livro se tornou sucesso de vendas.

Aos escritores iniciantes, a vida de Proust, sem dúvidas, foi uma lição. Mesmo suas primeiras obras sendo criticadas, ele continuou escrevendo e se superou a ponto de se tornar um clássico da literatura.

De acordo com o documentário, Em Busca do Tempo Perdido é bem longa. Se naquela época pós-guerra, Proust se preocupava com as pessoas não terem interessem em lerem seus livros por causa de sua extensão, imagino como ele reagiria nos dias atuais onde muitas pessoas têm preguiça de lerem livros médios, com linguagem direta e simples.

Confira o documentário Marcel Proust: Uma Vida de Escritor


Gostei muito do documentário sobre Poust. Aliás, documentários sobre autores são sempre interessantes e ao mergulhar em suas vidas pessoais, contexto em que viveram e tudo mais, acabamos aprendendo um pouco sobre suas influências na escrita.

Se você é como eu e gosta de assistir documentários e vídeos sobre escritores, não deixe de conferir também outros posts publicados aqui no blog do Ben Oliveira:

Documentário sobre Edgar Allan Poe – Contos de Terror

Documentário Paulo Coelho: O Alquimista das Palavras

Documentário relata vida e descobertas de Sigmund Freud

Vídeos: Jovens Autores Brasileiros entrevistados no Conexão Futura

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