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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Dia do Escritor: Parabéns aos Corajosos Contadores de Histórias

Hoje, 25 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Escritor. É claro que eu não deixaria a data passar batida! Afinal, além de me dedicar ao ofício da escrita, tenho amigos, colegas e ídolos que também estão nesta jornada – nem sempre fácil e agradável no começo, por causa das dificuldades para entrar no mercado editorial e lucrar, mas que pode ser recompensadora quando essa barreira é ultrapassada e torna-se possível sobreviver fazendo aquilo que mais gosta: contar histórias e encantar os leitores com a magia das palavras.

“Para ser escritor é preciso coragem”

Não me lembro de quem disse essa frase. Aliás, diversos autores devem ter dito. Sem a coragem de escrever sobre aquilo o que mais te assusta, mais ama, mais te perturba, mais grita dentro de você, mais te persegue, mais sonha, entre tantas coisas que nos fazem colocar nossas essências dentro de nossas histórias, mergulhadas em nossos subconscientes, tão íntimas e ao mesmo tempo tão universais a ponto de conseguir tocar um leitor que nunca te viu na vida e mora a milhares de quilômetros de distância.


Não sei dizer até que ponto nós escolhemos ser escritores ou somos escolhidos pelo ofício. Começa com um personagem que quer ter sua história contada. Ele pode ter um pouco de nós, de nossos amigos e familiares ou parecer um completo estranho, com desejos e personalidades totalmente diferentes das que estamos habituados. Então, um dia, você decide ouvir o que ele tem a dizer, seus sonhos, suas ambições, seus conflitos e além do seu protagonista, os personagens secundários começam a ganhar vida. Seu personagem ganha uma alma, uma história, uma aparência, uma jornada. Ele já não está só no papel e não é indiferente – ame-o ou odeio-o.

Faz mais de um ano que fui convidado para seguir a jornada do escritor. Sempre gostei de escrever histórias, ler livros e estudava jornalismo – profissão que também se utiliza da escrita, mas se foca nos fatos e atualidade. Durante uma aula, o professor passava um documentário que eu já havia assistido e comecei a escrever o esboço do conto Prazeres Perigosos. Para minha alegria, quase um ano depois, aquele texto sobre um protagonista ninfomaníaco em uma orgia de vampiros se tornou minha primeira publicação, junto com o conto Segredos Expostos, na qual um policial corrupto e homossexual enrustido enfrenta a ira de suas vítimas. Tenho um carinho especial pelas duas histórias, seus personagens problemáticos e ciclos destrutivos.

Sem essa oportunidade de ter dois contos meus selecionados no concurso literário promovido pela Editora Escândalo, eu talvez não tenha decidido me aventurar nesta jornada e se tivesse, levaria mais tempo para definir meus objetivos. Não recomendo a loucura de deixar seu trabalho para escrever, sem ter a certeza de quando você terá um retorno financeiro, porém foi exatamente o que eu fiz. Eu estava num estágio, onde eu não estava aprendendo mais e precisava escrever descrições para produtos. Sem dúvidas, aprendi bastante sobre marketing digital, SEO e outras técnicas úteis para comunicação na internet, todavia, a cada dia que passava, eu sentia como se estivesse mais longe do que eu gostava e de quem eu realmente era.

Alguns meses se passaram, além da minha primeira participação na coletânea de contos Loveless, tive três contos selecionados – Para Sempre Uma Estrela, Pesadelo no Hotel e O Último dos Príncipes – para as antologias Mentes Inquietas, Sonhos Lúcidos e Amores (Im)possíveis, respectivamente, da Andross Editora, cada um com um tema diferente, mas todos com a minha essência e estilo. Para minha surpresa, decidi participar novamente de um concurso literário da Escândalo e tive o meu conto Transformações do Amor selecionado e publicado, desta vez na tradicional coletânea de contos, Homossilábicas Volume 3. Depois de 6 contos publicados e participações em diversos concursos literários: meu conto Monga ficou em 3º lugar no Concurso de Narrativas Morro Reuter (RS), decidi mergulhar de vez neste sonho e lutar para, um dia, me tornar escritor profissional e ganhar a vida fazendo o que eu mais amo – escrever!

Minha última participação em coletânea foi no livro Seres Mitológicos, com o conto Lágrimas de Medusa, da Editora Buriti – aliás, a obra já está disponível para pré-venda, caso alguém se interesse pelo tema Mitologia, com personagens inspirados que vivem no século XXI. Antes disso, tive uma novidade boa ano passado: dos 214 romances inscritos, meu romance ficou entre os 37 pré-selecionados. Para qualquer pessoa que não entenda o seu sonho, pode parecer pouca coisa, porém, para mim, foi uma sensação maravilhosa saber que apesar de não ter sido o ganhador, consegui chegar ao menos perto. Lembro-me do Paulo Sérgio Moraes, um amigo escritor que eu admiro muito dizer:

“Só de você ter terminado de escrever o livro já é uma vitória!”

Uma dose de coragem, outra de loucura; sigo em frente na minha jornada. Não preciso contar minhas dificuldades aqui como escritor iniciante, pois creio que quem tem o mínimo conhecimento sobre como é a área profissional para quem está entrando, sabe que o caminho, nem sempre, está repleto de flores e borboletas. Todo dia é um aprendizado diferente, uma luta contra si mesmo para ter disciplina, sem deixar de lado o amor pela escrita e pelos livros. Somos como esponjas fofoqueiras e observadoras, sempre prontos para escutar uma conversa que pode ser adicionada à história, inspirar um conto, uma crônica, um romance, ou quem sabe um poema (aos colegas poetas!). Aprendemos com os livros dos outros e com os nossos, mergulhamos na alma do ser humano e pagamos o preço do conhecimento – às vezes, só às vezes, a ignorância é uma benção.

A jornada do escritor nem sempre é prazerosa. Há personagens, histórias, palavras que nos rasgam por dentro e revelam nossos pensamentos mais sinceros, sombrios, românticos e fantasiosos. Entre sonhos, insights, delírios e obsessões, aprendemos a lidar com a necessidade de ficar sozinho para escrever, sem deixar que esta solidão necessária nos afaste de todos ao nosso redor. Infelizmente ou felizmente, nem todo mundo consegue entender as necessidades e peculiaridades do escritor – como é preciso cultivar o silêncio para que o subconsciente e a alma se façam presentes; recusar alguns convites para sair, não pela falta de vontade, mas porque precisa escrever e talvez esteja sem dinheiro (investido em cursos de escrita, livros sobre literatura e leituras não só como entretenimento, mas para estudar o estilo de um autor, analisar as técnicas e elementos da narrativa); o mau humor de quando lidamos com o bloqueio criativo ou não temos tempo para escrever tanto quanto gostaríamos ou quando estamos presentes fisicamente, porém nossas mentes estão viajando em nossas narrativas.

Com as perdas recentes de escritores, vemos como o público-leitor sabe apreciar essas pessoas que se dedicaram a emocioná-los, entendê-los e fazê-los refletir. Não faria nada mal também se lembrar daqueles que estão vivos e, muitas vezes, estão por perto e são invisíveis, embora suas histórias tenham deixado marcas e tocado corações. Um simples “parabéns” pode mudar o dia desses autores, principalmente o daqueles que estão começando agora e se sentem perdidos, com medo de que seus sonhos nunca possam se realizar. Não esqueçamos que, independente do destino, o primeiro passo é fundamental e aqueles que acreditam em si mesmos, já venceram o principal desafio. Quanto ao sucesso? Deixo aqui a frase do dramaturgo e autor Constantin Stanislavski:

“O sucesso é transitório, fugaz. A paixão verdadeira está na pungente aquisição de conhecimentos sobre todos os matizes e sutilezas dos segredos criadores”.

Solitários, loucos ou criativos; hoje é nosso dia! Que neste Dia do Escritor, possamos nos sentir bem com nossos ofícios, não importa se nem sempre somos valorizados ou compreendidos, pois temos o principal: o amor por fazer aquilo que mais amamos!

Fica aqui a minha gratidão a todos os escritores nacionais (e internacionais também) por terem escolhido essa profissão encantadora. Que sua jornada, entre altos e baixos, seja repleta de amor pelas letras.

Feliz Dia do Escritor! 

Comentários

  1. Eu simplesmente adoro o que você escreve, você faz isso muito bem. Eu ainda não sou profissional e não tenho nada publicado além dos textos dos meus blogs, tenho muita poesia guardada e um livro que talvez seja publicado esse ano!!! Parabéns!!!!!
    http://gotinhasesperanca.blogspot.com.br
    http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br

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  2. Primeiro, obrigado pela citação. Compartilho desses sentimentos contigo e é uma imersão incrível. Fico feliz por poder criar. Temos um longo caminho pela frente, mas o importante é que temos a sorte de saber o que queremos e o que gostamos. Muita gente ainda não descobriu...

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