O excesso de controle poderia fazer tão mal quanto à falta de controle. Era ao compartilhar as experiências que conseguia voltar a respirar em paz. Não precisava passar por tudo sozinho. Experiências do passado não necessariamente iam se repetir. Porém, estar consciente dos riscos era se aproximar mais da estabilidade. A ansiedade poderia ser tão ruim quanto uma crise. Era necessário saber como abrir mão do controle e acreditar um pouco nas coisas do jeito que elas eram. Ao inspirar, ia se conectando com a paz interior. Ao expirar, se soltava do peso que o pressionava contra o chão. Ao sentir o momento presente, se soltava do passado e se permitia estar no aqui e agora. Era somente ao encontrar flexibilidade nos limites, que permitia a respiração leve. Tornar tudo pesado e engessado não era a resposta. O excesso escondia uma falta: nem sempre era possível estar com tudo sob controle. Aceitando as coisas como elas eram, consciente de que, às vezes, o melhor já estava sendo feito e ...
Histórias de bruxas nos fazem pensar na relação que construímos com a natureza, nos rituais, nas fases da lua e na magia. A bruxaria não é homogênea, como alguns podem imaginar, e a religião e suas práticas serviram e ainda servem de inspiração para inúmeras narrativas.
“Eu chamei pela Deusa e a encontrei em mim mesma”– Marion Zimmer Bradley, As Brumas de Avalon
Sejam em livros de não ficção, ficção ou de fantasia, bruxas nos lembram da importância dos desejos e de como nossas energias podem influenciar e são influenciadas pelas coisas, pessoas e ambientes. Há algo nessas histórias que nos possibilita viajar para dentro de nós mesmos, desenvolvendo mais consciência sobre nossas intenções e propósitos.
“… é que não existe história totalmente verdadeira. A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade de nossos pensamentos”– Marion Zimmer Bradley, As Brumas de Avalon
Quando penso em As Brumas de Avalon, não há como negar o peso que as mulheres têm no romance. A figura do Arthur e dos homens acabam sendo ofuscadas pela imagem de Morgana das Fadas, pela história das sacerdotisas que viviam na ilha ou pelas tradições do paganismo. A narrativa nos lembra o quanto algumas religiões são mais antigas do que o cristianismo e como diante da dominação, muitas práticas foram demonizadas e de como as mulheres foram perdendo seus poderes, literalmente, para se tornarem submissas aos homens.
“Os encantamentos não funcionam como os homens e as mulheres querem, mas segundo suas próprias leis, que são tão estranhas quanto o tempo no país das fadas”– Marion Zimmer Bradley, As Brumas de Avalon
Seja diante das bruxas do presente ou do passado, acredito que as histórias podem ser complementadas por outra forma de arte: a música. Para quem gosta de ler e escutar música ao mesmo tempo – ou até mesmo para quem gosta escrever suas próprias histórias –, separei algumas indicações para vocês.
Nada como aquela sensação de quando nossa imaginação ganha vida, nos perdemos em um bom livro e as músicas nos levam para longe. Fica aqui o convite para entrar nas florestas mágicas e dançar sob a luz da lua.
Confira 10 Músicas para quem gosta de histórias de bruxas: