Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente. E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb
A Diferença Invisível: O livro abriu meus olhos para o espectro autista
Esta semana me perguntaram se eu já li A Diferença Invisível. Foi um dos livros que me fez perceber que estava no espectro autista (Síndrome de Asperger).
Se eu não tivesse lido, provavelmente jamais iria descobrir. Existem inúmeros profissionais desatualizados no Brasil e em diferentes países, existem muitas pessoas passando informações erradas e falsas sobre autismo e por aí vai.
Eu já tinha lido o livro antes.
Este texto foi escrito em abril de 2018. Nesta época, eu comprei meu próprio exemplar do livro e estava relendo o livro.
Como o texto é antigo, a linguagem pode estar inadequada = Eu não vou editar. Acostume-se. As pessoas se constroem e desconstroem ao longo da vida.
*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1)e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
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