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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Torso Killer: Série documental aborda caso de assassino em série que torturava e esquartejava mulheres nos Estados Unidos

Para quem gosta de minisséries documentais sobre casos de crime disponíveis na Netflix, Crime Scene: The Times Square Killer relembra um período de uma das áreas de Nova York marcado por assassinatos que chocaram a população norte-americana, em 1979, e também um pouco do cenário de contracultura repleto de trabalhadoras do sexo, efervescente indústria da pornografia e o seu lado sombrio do comércio das drogas e máfias que controlavam a região.

Com entrevistas de fotógrafos, autores de livros sobre o assunto, especialistas em crimes e até a filha de uma mulher que foi assassinada por Richard Cottingham, que foi apelidado de Torso Killer. Entre os entrevistados estão Vernon Gerbeth, ex-policial com mais de 40 anos de experiência que comandou uma unidade de força-tarefa responsável pela investigação de 400 assassinatos em um ano e o jornalista Rod Leith, investigador com mais de 30 anos de experiência, autor do livro sobre o caso The Prostitute Murders: The People Vs. Richard Cottingham, publicado originalmente em 1983.

Em vez de ficar só no terreno da especulação sobre qual seria o comportamento de Cottingham, um psicopata sádico, um ex-colega de trabalho foi um dos entrevistados e falou um pouco sobre como o ambiente repleto de ofertas sexuais da Times Square parecia exercer um fascínio sobre o assassino que torturava mulheres e diferente de serial killers que gostavam de esconder seus corpos, esse gostava de exibi-los como troféus – revelando sua assinatura.

Além disso, a série documental também traz uma possível vítima de Cottingham que sobreviveu, o que torna o material ainda mais intrigante. Para contextualizar um pouco desse período, a produção também conta com entrevistas de autores de obras sobre sexo e a Times Square que analisaram tanto a relação que alguns homens sentiam em relação às profissionais do sexo, como esse chamariz da Times Square – o lugar ideal para um psicopata obcecado por prostitutas, o qual foi descrito pelo ex-colega como alguém que sabia como encontrá-las e atraí-las.

A dificuldade de colaboração das vítimas com a polícia e com a justiça fizeram com que o assassino permanecesse impune durante um tempo. Inicialmente, acreditavam que os crimes só aconteciam em Nova Iorque, mas depois descobriram que Richard Cottingham dopava e levava suas vítimas para Nova Jérsei. 

Graças às investigações, depoimentos de sobreviventes, depoimentos de ex-colegas de trabalho, evidências e objetos das vítimas encontradas na casa de Richard que ele foi julgado e condenado. Embora durante 30 anos, ele tenha mantido o silêncio sobre seus crimes e se recusou a colaborar com a polícia, uma jornalista conseguiu entrevistá-lo e ele falou abertamente a razão de matar suas vítimas.

O caso de Richard Cottingham é um desses em que a linha entre o tabu, o fetiche sadomasoquista e o comportamento criminal estão interconectados. Ainda que em determinadas situações ele tenha tentado alegar que havia pagado as mulheres porque gostava de bondage – lembrando que nem todas suas vítimas eram profissionais do sexo –, ele não só praticou atos em que sentia prazer em causar dor a elas, como além de violentá-las e assassiná-las de diferentes maneiras, também chegou a esquartejar algumas.

Usando seu verniz de bom trabalhador e homem de família, Richard conseguiu ficar fora do radar por um bom tempo. Em entrevista, o serial killer alegou que outros 80 assassinatos não foram descobertos pela polícia dos Estados Unidos. O padrão do seu comportamento criminal tornou quase impossível não ligá-lo às vítimas, mesmo que ele tentasse inventar desculpas de que era inocente e de que a polícia estava tentando armar contra ele. 

The Torso Killer é só mais um desses assassinos em série que continuaria matando até que fosse capturado... que ninguém se deixe enganar!

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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