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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Resenha: Inteligência Social – Daniel Goleman

 O livro Inteligência Social: A ciência revolucionária das relações humanas é uma dessas leituras que deveriam ser adotadas em colégios e universidades, independente da área de formação, visto que é pelo fraco de entendimento do funcionamento do cérebro nas relações sociais que muitos desentendimentos são criados e muitos acabam sabotando diferentes relacionamentos interpessoais. No Brasil, a obra de Daniel Goleman foi traduzida por Renato Marques, publicada pela editora Objetiva, em 2019.

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Se a psicologia e a sociologia são importantes para entender a sociedade e os relacionamentos, as pesquisas da Neurociência vem mostrado a nível biológico e químico sobre a necessidade do ser humano de se comunicar e de que maneiras afetamos e somos afetados quando estamos em sintonia com o outro ou até mesmo em situações aversivas. 

Como os ritmos dos corações podem entrar em sincronia, como alguns casais e amigos entram em sintonia com os pensamentos, como o toque pode aliviar a percepção da dor, como em situações de perigo e relaxamento, muitas vezes, basta olhar para a mudança na expressão facial e corporal do outro para se dar conta, entre inúmeros exemplos que são dados ao longo do livro.

Vivemos em um tempo que fala muito sobre empatia e o termo tem até banalizado, afinal, muitos não procuram aprofundar para entender o significado. Daniel Goleman explica que a falta de atenção e consequente falta de conexão emocional pode resultar em falta de empatia, citando como exemplos casos em que pessoas passando por determinada situação na rua são invisíveis na correria do dia a dia. 

“Quando alguém testemunha um ato de bondade, isso geralmente desperta nela o impulso de realizar uma boa ação também. Talvez esses benefícios sociais sejam uma das razões pelas quais os relatos míticos ao redor do mundo estejam repletos de personagens que salvam outros por meio de atos corajosos. Os psicólogos especulam que ouvir uma história que relate ações bondosas – quando contada com vivacidade – tem o mesmo impacto emocional de ver o ato em si em primeira mão” – Daniel Goleman, Inteligência Social

Para quem acompanhou o caso do fotógrafo que sofreu uma queda em Paris e ficou horas caído antes de morrer, sem ter recebido qualquer acolhimento, consegue perceber como, em muitos casos, a palavra empatia vem sendo dita para boca para fora, já que sem direcionamento de atenção, situações assim são mais comuns do que imaginamos, não só por questões psicológicas, mas também sociais e políticas.

Segundo Daniel Goleman, antigamente havia uma certa desvalorização das questões sociais relacionadas à inteligência, como se fossem circuitos cerebrais separados, mas atualmente fica cada vez mais evidente a conexão com as emoções e a necessidade de avaliação da inteligência na comunicação interpessoal, bem como seus elementos: sincronia, preocupação, empatia primordial, precisão empática, sintonia, cognição social, apresentação pessoal e influência. 

“A empatia implica algum grau de compartilhamento emocional – um pré-requisito para compreender verdadeiramente o mundo interior da outra pessoa. Os neurônios-espelho, de acordo com um neurocientista, são “aquilo que nos dá a riqueza da empatia, o mecanismo fundamental que faz com que ver alguém machucado realmente nos machuque”” – Daniel Goleman, Inteligência Social

Um assunto que tem ganhado cada vez mais evidência é a Tríade Sombria. Daniel Goleman faz breves comentários sobre a diferença entre o Narcisista, o Maquiavélico e o Psicopata e para entender um pouco do contraste comunicacional, ele aborda a comunicação que vê o outro mais como um objeto e aquela em que há uma troca – movimentos que não são exclusivos de quem faz parte dessa tríade, mas que ajuda a entender um pouco como o outro pode se tornar só um agente para conseguir algo, sem o mínimo de atenção, ou quando duas pessoas estão em sintonia e, muitas vezes, conseguem se entender até mesmo sem a comunicação verbal.

Enquanto pessoas na Tríade Sombria podem usar a cognição social para manipulação, Daniel Goleman ressalta que pessoas no espectro autista que podem ter dificuldades de interação social utilizam esses conhecimentos para aprenderem como se relacionar com os outros: essa diferença de intencionalidade importa muito para distinguir quando uma pessoa tem baixa empatia ou não tem empatia e quando por questões neurobiológicas, alguém pode não se comportar da maneira esperada, mas mesmo com as limitações, se esforça para tentar entender o outro.

“Quando vemos uma pessoa em situação de dificuldade, circuitos semelhantes reverberam em nosso cérebro, uma espécie de ressonância empática inata que se torna o prelúdio da compaixão” Daniel Goleman, Inteligência Social

Se os genes têm papel importante na determinação de como alguém será, o autor reforça que muitos estímulos podem fazer toda diferença na vida da pessoa e mesmo quando não ocorre uma alteração biológica, no caso de pessoas que têm ansiedade, por exemplo, a criação e o desenvolvimento podem alterar como a pessoa reage nessas situações. 

Refletindo sobre como os relacionamentos influenciam a saúde de forma geral, seja quando se tratam de relacionamentos românticos e familiares e até mesmo em ambientes de trabalho, a obra de Daniel Goleman chama a atenção para a necessidade de melhor cuidado com as relações sociais, já que além dos eventuais danos emocionais, também podem resultar em alterações biológicas capazes de afetar a imunidade e o envelhecimento, por exemplo.

“Quando as pessoas são tratadas como números, peças intercambiáveis sem interesse ou valores em si, a empatia é sacrificada em nome da eficiência e da relação custo-benefício” – Daniel Goleman, Inteligência Social

Inteligência Social é quase um convite para que profissionais de diferentes áreas repensem de que maneira seus comportamentos podem se refletir no outro, mas especialmente para qualquer pessoa refletir sobre relacionamentos interpessoais, desde a infância até o fim da vida, já que a conexão emocional pode fazer toda diferença até nos minutos finais de nossas existências.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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