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Destaques

Inspector Koo: Drama coreano sobre ex-policial seguindo rastros de assassina em série

Inspector Koo (2021) é um drama coreano de ação sobre uma ex-policial que tenta seguir os rastros de uma serial killer atriz que consegue cometer seus crimes, organizar e limpar as cenas a ponto de as mortes serem consideradas atos de suicídio. A série de 12 episódios está disponível na Netflix . Quando crimes supostamente aleatórios continuam acontecendo, a intuição e as memórias da Koo Kyung-yi (Lee Young-ae) se voltam para antigos casos nos quais ela via uma conexão, ainda que não conseguisse provar e a ponto das pessoas acharem que ela estava obcecada e paranoica.  Atriz e muito inteligente em relação aos criminosos comuns, Song Yi-kyung (Kim Hye-jun) começou seus atos criminais desde o período em que estudava teatro no colégio. Suas habilidades de atuação ainda que questionáveis, chegando a dar um tom cômico e teatral à personagem, ainda que se trate de uma psicopata. Apesar de não fazer mais parte da polícia, Koo não consegue desistir de sua missão de capturar a assassina em

Dia do Escritor – Desafios e Vitórias do Profissional Brasileiro

Ontem, 25 de Julho, foi o Dia do Escritor e eu não poderia deixar de lembrar desses profissionais responsáveis pela alegria de milhões de pessoas do mundo todo, criando poesias e poemas, peças teatrais, crônicas, contos, romances, novelas, roteiros, entre diferentes textos e gêneros literários. Mais do que contar uma história, o escritor é responsável por provocar diversas sensações no leitor, apresentar novas realidades e fazê-lo refletir sobre sua própria vida.

Por que é importante comemorar esta data? Todo escritor, como seu protagonista, também é um herói. Depois de terminar de ler o livro A Jornada do Escritor, escrito por Christopher Vogler, percebi os artifícios utilizados para se escrever uma boa história. A mesma jornada realizada por um herói, literalmente, detalhada no livro e baseada nas ideias de Joseph Campbell, autor do livro O Herói de Mil Faces, é feita, metaforicamente, por quem está escrevendo. Da mesma forma que um personagem é convidado para uma aventura e precisa sair do seu Mundo Comum, o escritor aventura-se no mundo das ideias, saindo da sua zona de conforto, enfrentando seus medos e inseguranças, expondo suas visões e concepções sobre a vida e a morte. O fato de todas as pessoas compartilharem problemas universais, faz com que os leitores se identifiquem com as histórias, assistindo a si mesmos através dos olhos dos personagens e sentirem nas próprias peles seus desafios.

A mesma aventura vivida na hora de produzir um texto, exigindo tempo, concentração, solidão, sensibilidade e dinheiro, se repete quando o autor está tentando publicar seu livro. O escritor arrisca no universo das editoras, sendo o seu principal objetivo, após conseguir terminar de escrever e revisar sua história, ver o seu livro ganhar vida, sair da gaveta ou da memória do computador. Ter seu livro selecionado e publicado no Brasil é ainda mais difícil do que em outros países, como Estados Unidos, França e Inglaterra. Enquanto aqui não existem muitos autores e leitores, no exterior as pessoas são incentivadas a lerem desde cedo, tento um público muito maior de leitores e consumidores de livros. Os escritores internacionais são mais prestigiados, além de conquistarem leitores do seu próprio país, também atravessam fronteiras e têm suas histórias adaptadas para o cinema, seriados e teatro. De olho no lucro, as editoras brasileiras acabam valorizando mais os autores internacionais de Best-Sellers do que os escritores nacionais.

Li ontem o texto “Dia do escritor e desabafo”, do Tumblr Encapando, no qual a autora desabafa sobre as dificuldades do escritor brasileiro e do mercado editorial nacional. A autora comenta que após conhecer escritores profissionais, a visão do mercado editorial muda bastante, criticando a falta de pagamento do capista, os ilustradores com artes roubadas e as editoras que não pagam direitos autorais para seus escritores. “Aí o revisor é pago, o capista é pago, o ilustrador é pago, a livraria é paga, o editor é pago, e o escritor fica chupando o dedo igual um imbecil, tendo que AGRADECER por ter sido publicado. Tipo, conseguir a publicação é o pagamento. Como se computador fosse de graça, papel fosse de graça, tempo de pesquisa, luz, café, a ração do gato, o aluguel, fosse tudo de graça. Às vezes parece que escritor não é gente, não paga conta e não precisa comer.”, critica a autora”, critica. O texto parabeniza os escritores pela sua luta, esforço, estudo e dedicação.

Então, no Dia do Escritor, mais do que reconhecer os trabalhos feitos pelos autores internacionais, que possuem uma série de profissionais ajudando e lucrando muito mais do que os escritores nacionais, é preciso que as pessoas valorizem quem escreve no Brasil. Outro desafio encontrado no país são os livros internacionais terem uma tiragem maior e preços mais acessíveis do que as obras nacionais. Em outras regiões a competição é muito maior, mas há espaço no mercado editorial para autores iniciantes, em nosso país são enfrentados outros desafios, além da falta de leitores e de incentivo das editoras, mesmo quando o autor consegue publicar por conta própria ou disponibilizar seus livros em formato digital (eBook) na Internet, ainda há resistência da população.

Fica aqui a minha congratulação, mesmo que atrasada, para todos os escritores brasileiros que continuam lutando e seguindo sua jornada. Como bem lembra a autora com seus desabafos, às vezes, o escritor acaba tendo mais retorno emocional do seu público, arrancando sorrisos e lágrimas dos seus leitores, do que ganhando dinheiro. É, no mínimo, desestimulante para autores iniciantes, imaginarem que podem ficar com os bolsos vazios caso sigam esta carreira, precisando de outros empregos para poder sustentar suas paixões. Não desmerecendo os autores consagrados pela mídia e pelo mercado editorial, que conquistaram (ou não) seus lugares, mas os escritores nacionais são verdadeiros heróis.

Parabéns a todos os escritores!

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