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Destaques

Love In The Big City: Drama gay coreano estreia pelo mundo

Depois de tentativas de boicote por sul-coreanos conservadores, o drama Love In The Big City (Amor na Cidade Grande) finalmente estreou para pessoas de diferentes partes do mundo por meio da plataforma Viki . Com protagonismo gay, a série conta a história de um escritor e suas aventuras amorosas na Coreia do Sul, país que é ainda um tanto atrasado em relação aos outros países, a ponto de tentarem impedir que a série fosse transmitida. O roteiro da série foi baseado em um livro homônimo , escrito por Sang Young Park . Best-seller na Coreia do Sul, o livro também foi publicado para o inglês, publicado em 2021. Se o simples fato de mostrar uma cena de beijo gay já incomoda conservadores, dá para perceber que a série aperta as feridas, na esperança de que a sociedade sul-coreana supere preconceitos e respeite a diversidade. Beijo no último episodio? Personagem questionando seus próprios sentimentos antes de agir? Esqueça os kdramas tradicionais. Love In The Big City traz uma visão fresca

Vídeo: 10 Curiosidades sobre Ed e Lorraine Warren, investigadores paranormais

Levando em conta o interesse dos leitores do blog e dos espectadores do meu canal do Youtube sobre os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, gravei um vídeo contando 10 curiosidades sobre o demonologista e a clarividente.

Para quem tem curiosidades, a maioria das informações está disponível no livro Ed e Lorraine Warren: Demonologistas (The Demonologist: The Extraordinary Career of Ed and Lorraine Warren), do autor Gerald Brittle, publicado originalmente em 1980 nos Estados Unidos e traduzido somente em 2016 para o português, publicado pela editora DarkSide Books.


Assista ao vídeo com 10 Curiosidades sobre Ed e Lorraine Warren, investigadores paranormais:




Dos 19 vídeos publicados no canal do Youtube, por exemplo, o vídeo folheando o livro Ed e Lorraine Warren: Demonologistas é o mais visualizado, assistido mais de 6 mil vezes. A ideia de gravar o vídeo foi para matar a curiosidade de leitores que moram em cidades em que os livros da editora DarkSide Books não chegam com tanta frequência, sem falar que existem muitos municípios brasileiros que não contam com livrarias. Muitos leitores acabam comprando livros em sites de livrarias e lojas online, mas antes de comprar, eles têm vontade de conferir o projeto gráfico.

Aqui no blog o casal de investigadores também é bem popular. Com mais de 60 mil visualizações, um dos posts mais lidos desde que foi publicado é uma lista com 6 Filmes de Terror inspirados nos Casos Paranormais investigados por Ed e Lorraine Warren. Outro destaque é a lista com 11 Livros sobre fenômenos paranormais investigados por Ed e Lorraine Warren. Dos vários livros publicados por Ed e Lorraine Warren em parceria com escritores, somente dois foram publicados no Brasil, sendo o Ed e Lorraine Warren: Demonologistas e o Invocadores do Mal (Ghost Tracks), da autora Cheryl A. Wicks, publicado pelo Grupo Editorial Pensamento.

Os Warren ficaram conhecidos por causa de casos paranormais que atraíram a atenção da mídia, como o caso do Poltergeist de Enfield, embora eles não tenham se envolvido diretamente, mesmo tentando, a família não quis se ver envolvida com eles, já que eles tinham uma visão de demonologia sobre o assunto (para eles, os fenômenos que aconteciam na casa não eram simples poltergeists, mas espíritos demoníacos e uma das formas de se resolver o problema seria através de exorcismos). Eles também subiram na onda do caso do Horror em Amityville, que também é alvo de controvérsias e acusado de hoax. O próprio escritor Jay Anson deu entrevista dizendo que se era mentira ou não, ele não sabia, mas que a família realmente parecia acreditar que tinha acontecido e mesmo anos depois, o filho da família gravou um documentário contando o seu lado da história e que ele acredita que tudo foi real.

Quase todos os casos de fenômenos paranormais são acusados de charlatanismo, eventualmente. Isso incentiva muitas pessoas a não comentarem sobre o assunto, bem como muitos têm receio de serem atacados pela opinião popular ou serem vistos como loucos. Entre os investigadores paranormais não existe um consenso, divididos entre céticos e religiosos: apesar da similaridade entre muitos casos ao longo da história, os mistérios permanecem alimentando curiosidades, imaginações e se tornando inspiração para livros e filmes de terror. A verdade é que muitos casos permanecem sem explicações e muitos não são fraudes, são fenômenos estranhos que começam e param do nada: nem todo mundo tem conhecimento sobre como é um fenômeno poltergeist, por exemplo, especialmente famílias mais humildes e quase ninguém realmente consegue ganhar dinheiro com isso, como muitos acreditam, tanto que muitos investigadores trabalham de forma voluntária.

Vale lembrar que o desconhecido provoca medo nas pessoas e muita gente acaba ficando histérica. As famílias que lidam com poltergeists não são só vítimas destes acontecimentos estranhos, mas também de pessoas que invadem suas propriedades, tiram fotos e fazem vídeos sem permissão, se tornam alvos de vandalismo, do sensacionalismo da mídia, de charlatões e de fanáticos que ficam obcecados pela ideia e querem se aproximar deles, bem como daqueles que promovem violência e ódio e alguns incentivam incendiar os imóveis. A própria casa do caso real que serviu de inspiração para o filme Invocação do Mal, por exemplo, teve o terreno invadido várias vezes por curiosos. A última dona que comprou a casa da família gravou um vídeo na internet divulgando quais partes sobre o caso foram aumentadas tanto no filme quanto pela filha dos ex-proprietários, como a história da bruxa Bathsheba Sherman, acusada de sacrificar crianças. O vídeo da atual proprietária da fazenda traz algumas pesquisas feitas por ela e mostra algumas contradições presentes nas histórias, como histórias de suicídio que realmente aconteceram, mas não da maneira que foram mostradas no filme. A atual dona tem um olhar cético sobre a paranormalidade e acredita que casos assim acabam atrapalhando as pessoas por causa da mídia e invasão de privacidade. Sem falar o desconforto que ela sente, pela falta de segurança (não de criaturas sobrenaturais, mas de pessoas que ultrapassam limites).

Quanto ao casal de investigadores, a opinião sobre eles se divide entre os que acreditam e sabem que Ed e Lorraine Warren ajudaram várias pessoas e aqueles que os consideram uma fraude, sempre tentando ganhar dinheiro ou publicidade com os casos. Independente de acreditar ou não, quando se tratam de fenômenos paranormais, há milhares de anos o assunto continua sendo relatado e documentado por alguns. Os investigadores psíquicos, geralmente, não gostavam muito dos Warren, pois para quase todos os casos eles acreditavam que se tratavam de fenômenos espirituais ou demoníacos, enquanto, a sociedade de pesquisadores tomava mais cuidado com as investigações antes de tirar alguma conclusão.

O caso do filme Invocação do Mal (The Conjuring), por exemplo, faz o leitor questionar a veracidade dos investigadores. A própria família envolvida no caso acredita no que tudo realmente aconteceu e a filha, Andrea Perron acabou escrevendo um livro sobre o assunto, House of Darkness: House of Light. A polêmica é que os direitos do filme foram vendidos pela família Warren e os produtores alegaram que o roteiro foi baseado em fatos históricos, no entanto alguns escritores de terror que foram convidados pelos Warren alegaram em entrevistas que eles tinham liberdade para aumentar e o próprio Gerald Brittle depois contou que acreditava que os Warren mentiram em algumas partes. Algumas partes foram aumentadas e o autor que detinha os direitos sobre o livro The Demonologist entrou na justiça, pois o livro não foi citado como inspiração para o filme e os direitos de adaptação cinematográfica deveriam ser pedidos para ele, segundo o contrato que ele tinha assinado com Ed Warren. Para comprovar que o filme foi baseado em fatos históricos e alegar o fair use (uso justo), os advogados de Gerald Brittle alegaram que a produtora de filmes deveria provar que realmente existia uma bruxa que se matou na fazenda dos Perron, possessão, trabalho satânico ou sacrifícios infantis, informações que não podem ser comprovadas na região. Porém, os advogados da produtora alegaram que não só o autor sempre usou o termo 'baseado em fatos reais' no livro, como os roteiros citam um caso que não está descrito em Demonologistas. Os advogados do autor tentaram alegar que a parte da Annabelle e do Poltergeist de Enfield foram contadas nos filmes, mas vale lembrar que os Warren ficaram somente quatro dia no caso poltergeist da Inglaterra, enquanto a maior parte da investigação foi feita por Guy Lyon Playfair e Maurice Grosse.



Independente de quais são as linhas ultrapassadas pela ficção, algumas das essências contadas nas histórias dos Warren continuam deixando os leitores com os pelos arrepiados e aumentando a vontade de conhecer por perto o seu museu com os objetos amaldiçoados ou mergulhar na visão que eles tinham sobre esses fenômenos paranormais, por exemplo.

Confira também: Livro sobre assombração de Connecticut, caso dos Warren, será publicado no Brasil 

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e do livro de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1), disponível no Wattpad.

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