Processar as emoções era muito mais importante do que fingir que algo não aconteceu. Era reconhecer os próprios erros e acertos e se permitir sentir as coisas boas e ruins. Era tentador fingir que nada aconteceu. Mas também era imaturo, também era um sinal de que havia se desconectado do real e emoções não processadas voltariam de um jeito mais cedo ou mais tarde. Foi reconhecendo os dias bons, mas acima de tudo, sentindo os ruins. Foi deixando tudo para trás, consciente de que não havia mais nada para revisitar, não havia pontas soltas. Então, de tanto sentir tristeza, dúvida e medo, havia sentido intensamente as emoções de forma que elas já não cabiam mais dentro de si. Ia se despedindo das emoções negativas, das emoções positivas, e abrindo as portas para novas emoções chegarem. Tudo o que sabia era que ficar em negação não era a resposta que buscava. Os dias pareciam que nunca iam chegar ao fim, mas finalmente se sentia livre do fantasma do outro.
Infográfico: Desafios dos escritores independentes brasileiros
Então, você quer ser escritor independente. Muitos escritores têm o sonho de serem publicados por editoras tradicionais (que apostam na obra do autor e não cobram pela publicação), mas poucos realmente conseguem. Há quem aposte na publicação independente como uma forma de dar vida para suas histórias, originais que ficariam esquecidos nas gavetas ou nas pastas. Para outros, é uma forma de conquistar leitores e chamar a atenção de editoras. Assim como as publicações por editoras e prestadoras de serviços editoriais, a autopublicação tem seus próprios desafios.
Seja apostando na impressão dos livros, publicação por demanda ou plataformas de livros digitais, o autor indie precisa levar em conta alguns pontos que podem ajudar a alavancar as vendas. Apesar da liberdade criativa e das taxas de royalties serem diferenciais de quem aposta na publicação independente, seja pelo baixo orçamento e/ou pelo espírito do faça você mesmo, nem sempre o autor desperta o interesse dos leitores.
Alguns escritores independentes norte-americanos apontam que grande parte dos autores indie não consegue vender mais de 100 exemplares a vida toda – um número bem baixo levando em conta a quantidade de leitores de livros em inglês distribuídos pelo mundo. Além da concorrência com livros tradicionais, milhares de obras são autopublicadas por ano nos Estados Unidos, ou seja, se algum dia o desafio foi o de publicar, atualmente, é o de fazer o seu livro ser notado. Por aqui, o desafio além do índice de leitura e da pirataria, é de fazer o leitor sentir que vale a pena comprar sua obra.
No Brasil ou em outros países, o preconceito com autores autopublicados tem diminuído. Assim como acontece na publicação tradicional, não são todos livros que fazem sucesso, embora existam autores independentes que conseguem se destacar. Escritores indie bem-sucedidos apostam em serviços de qualidade para que possam continuar vendendo bem, sem abrir mão da liberdade, enquanto outros optam por contratos híbridos. Não importa qual o caminho a ser percorrido, todos autores precisam ter noção de alguns elementos que fazem muita diferença.
Confira o infográfico com alguns dos desafios de escritores independentes:
Veja também outros infográficos sobre o universo dos livros: