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Destaques

Às vezes...

Tudo o que nunca fomos. Tudo o que nunca seríamos. Tudo o que não éramos. Havia um espaço dentro de mim que não poderia ser preenchido por todas palavras que representávamos um para o outro. Ia, então, se soltando lentamente, de quem havia se soltado de forma brusca. Ia dando tempo ao tempo e espaço para as coisas voltarem ao eixo. Escrevia para lembrar, escrevia para esquecer. Esquecer o quê? Nunca tinham passado de dois personagens cujas histórias jamais se cruzariam. Sequer poderiam ser definidos como colegas ou amigos, tampouco eram amores. Eram quase alguma coisa e nesse mundo de indefinições, às vezes era melhor não saber. Perdeu a conta de quantos dias o outro havia ficado sem responder. Perdeu a conta de quanto tempo havia se passado. De quando limites foram cruzados e quando promessas foram quebradas. Escrevia para dizer que a dor também fazia parte do processo de se sentir vivo. Escrevia para nomear as emoções e encontrar clareza em um universo de indefinições. Escrevia para ...

Pediatras recomendam que pais leiam livros para bebês e crianças

A leitura de livros é recomendada desde os primeiros anos de vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os pais devem ler para as crianças, tanto para desenvolver a afetividade quanto para estímulo cerebral.


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Em entrevista ao Portal Clickbebê, a neuropediatra Liubiana Arantes Araújo comentou que nessa fase da vida é importante estimular as crianças através da leitura e mostrar como uma atividade prazerosa, ajudando com o desenvolvimento do cérebro e facilitando o aprendizado.

Assista ao vídeo:



"Receitar livros" é uma prática recomendada pela Academia Norte-Americana de Pediatras e pela Sociedade Brasileira de Pediatras. No Brasil, a prática conta com o apoio do Itaú Social que tem um projeto de incentivo à leitura para a criança e já distribuiu mais de 51 milhões de livros impressos, entre eles milhares de obras em braile e com fonte expandida para pessoas com deficiência visual.

De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria, durante os primeiros anos de vida há uma proliferação de sinapses muito grande e aproveitar essas janelas de oportunidades para a estimulação e desenvolvimento do cérebro pode contribuir para a melhor qualidade de saúde.

Segundo um artigo publicado em 2008 na Arch Dis Child, pelos autores E Duursma, M Augustyn e B Zuckerman, a leitura em voz alta para crianças ajuda no desenvolvimento da linguagem e habilidades que podem ajudar futuramente no desenvolvimento do sucesso na hora de ler e escrever.

Além de estimular a interação verbal, com um melhor aprendizado do vocabulário, os pesquisadores relataram que quanto mais cedo o desenvolvimento da linguagem, mais efeitos positivos nos primeiros anos escolares.

Outros benefícios da leitura para e com as crianças: desenvolvimento da autoestima, atenção conjunta, conhecimentos sobre narrativas e contato com a literatura (desenvolvimento da escuta e da oralidade, desenvolvimento da imaginação e capacidade criativa e construção de sentido).

O hábito da leitura na infância está relacionada às classes sociais. As associações de pediatras recomendam que os pais leiam para que seus filhos não tenham tantas dificuldades na alfabetização, ajudando a reduzir a disparidade acadêmica. Além da leitura, a conversa e o canto também são considerados importantes para o desenvolvimento infantil.

De acordo com a Academia Norte-Americana de Pediatria, é importante que os pais leiam com emoção, prestando atenção na voz e nas expressões faciais. Os médicos sugerem o planejamento de um tempo para leitura diariamente, fazendo perguntas e falando sobre sentimentos, mesmo quando a criança já pode ler. Segundo os profissionais, a construção de hábitos saudáveis podem ter benefícios duradouros.

No Brasil, uma pesquisa mostrou que além de fazer bem para as crianças, os pais que leem para crianças também tiveram maior estimulação cognitiva e maior quantidade e qualidade de interações de leitura do que os que não liam.

Apesar dos conhecimentos dos benefícios da leitura em estudos comportamentais para desenvolvimento da linguagem oral e da leitura, um estudo publicado no jornal da Academia Norte-Americana de Pediatria, em 2015, procurou investigar os efeitos no cérebro. A pesquisa feita com crianças de 3 a 5 anos de idade com utilização de neuroimagem confirmou a hipótese de que a estimulação por meio da leitura ativa circuitos neurais de compreensão de narrativas do lado esquerdo do cérebro, o qual facilita imagens mentais e extração de significado (processamento semântico).

Em um país em que a leitura é desvalorizada por muitos adultos, o desafio de estimulação desde a infância é maior, o que nos lembra da importância do investimento em educação, em bibliotecas e livrarias (levando em conta que existem cidades que os moradores não têm acesso aos livros), eventos de contação de histórias e atividades culturais, para que mais crianças tenham contato com os livros.

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*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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