Um ano após o lançamento da minissérie documental da
Netflix sobre o escandaloso
caso Jeffrey Epstein, com produção e estruturação com base no livro do autor bestseller
James Patterson, o ex-advogado de
Donald Trump,
Alan Dershowitz entrou com um processo milionário contra o serviço de streaming e alguns dos produtores pela maneira que ele foi retratado.
A notícia sobre o processo de Alan Dershowitz foi divulgada por vários jornais internacionais nesta semana. Para quem não assistiu
Jeffrey Epstein: Filthy Rich, para o a advogado, uma das vítimas do esquema de pirâmide sexual do Jeffrey Epstein, Virginia Giuffre mentiu ao dizer que, aos 17 anos, foi levada a fazer sexo com ele Dershowitz. No documentário de várias partes, ela alegou que foi induzida a fazer com sexo Epstein e outros homens poderosos.
Para aumentar ainda mais a polêmica, ele mesmo já foi advogado de Jeffrey Epstein. Alan Dershowitz alegou no processo que a série o difamou e cometeu quebra de contrato ao não apresentar suas evidências que refutam as declarações de Virginia Giuffre.
Segundo informações divulgadas por vários jornais, um representante da Netflix respondeu que a ação de Dershowitz não tem mérito, e que eles defenderão vigorosamente seus parceiros e a série documental.
O processo de Alan Dershowitz – o qual tive acesso pelo
Hollywood Reporter – traz trocas de e-mails entre o advogado e a diretora da série documental Lisa Bryant, por meio do e-mail da empresa de comunicação Radical Media, nos quais são comentadas questões relacionadas à produção do programa televisivo.
Os advogados de Dershowitz alegam no processo que diferente do caso do Príncipe Andrew, que tinha até mesmo uma foto tirada com Virginia Giuffre (e Ghislaine Maxwell, embora não seja dito isso no documento), não havia uma foto dele com ela.
Com quatro ações, cada uma pedindo US$ 20 milhões, Dershowitz acusou a Netflix e seus produtores de criarem uma narrativa unilateral e de ter sido induzido a participar de forma fraudulenta.
Vale lembrar que além desses processos novos, Alan Dershowitz já estava na justiça contra Virginia Giuffre. Se Dershowitz vencer os dois processos, a credibilidade dos documentários da Netflix vai ficar arranhada. Uma vez que uma informação de impacto é divulgada em uma produção documental, especialmente de um gigante de streaming, ela acaba virando pauta de jornais do mundo todo.
O processo veio em má hora para as vítimas do caso Jeffrey Epstein, pois reforça a narrativa distorcida de que algumas supostas vítimas de crimes sexuais mentem por compensação financeira.
Além disso, o julgamento de Ghislaine Maxwell vai trazer mais fantasmas de volta e conforme mais rumores de envolvidos com Jeffrey Epstein circulam, é capaz que mais processos apareçam.
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Apesar da morte de Epstein na prisão, em agosto de 2019, no final de novembro de 2021, acontecerá nos Estados Unidos o julgamento de Ghislaine Maxwell, ex-parceira dele e acusada de fazer parte do esquema de pagamento de jovens, entre elas, menores de 18 anos, para encontros com Jeffrey Epstein e outros homens poderosos de diferentes lugares do mundo.
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A morte de Jeffrey Epstein levantou teorias da conspiração de pessoas de vários países. Além do processo de Dershowitz e do julgamento de Ghislaine Maxwell, nesta semana, a imprensa norte-americana divulgou novidades sobre o caso dos dois guardas da prisão de Manhattan, na qual Epstein foi encontrado morto, enquanto aguardava o julgamento.
Segundo informações da
Reuters, dois guardas mentiram que fizeram a ronda de Jeffrey Epstein, o qual já estava em alerta para supervisão sobre possibilidade de suicídio um mês antes do ocorrido. Eles fizeram um acordo para revelar a verdade: falsificaram provas da ronda, quando na verdade tiraram soneca e ficaram navegando na internet.
O advogado de um dos guardas deu uma declaração importante, já que a morte de Jeffrey Epstein na prisão de Manhattan levantou várias críticas, como poucos funcionários e condições precárias. Segundo Montell Figgins, “Este caso deve soar o alarme de que o sistema de justiça criminal está em ruínas; Há problemas galopantes no sistema prisional de nosso país que precisam ser consertados."
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