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Destaques

Sobre Reler Livros

Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente.  E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb

Teorias do Jornalismo: Newsmaking

A Teoria do Newsmaking se opõe a Teoria do Espelho, ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade. De acordo com os principais teóricos desta teoria, como Halloran, Berger, Luckman, Cohen, Young, Tuchman, este novo paradigma surgido nos anos 70 rejeita a Teoria do Espelho por três razoes principais: “É impossível estabelecer uma distinção radical entre a realidade e os media noticiosos que devem mostrar por que as notícias ajudam a construir a própria realidade; Defende a idéia que a própria linguagem não pode funcionar como comunicadora direta do significado inerente aos acontecimentos, por que a linguagem neutral é impossível; É da opinião de que os media noticiosos constroem de forma inevitável a sua representação dos acontecimentos”.

Newsmakers

Jornalista e publicitária, a Doutora em Ciências Políticas Maria Tereza Garcia conta em seu artigo “Violência e Medo, elementos extintos no newsmaking do jornalismo público”, que o Newsmaking leva em consideração o jornalista por meio de seu repertório, vivência e experiência no momento em que vai definir qual será o tema e a construção da notícia, preocupando-se também com os interesses do veículo em que trabalha, mas desconsiderando o público.

De acordo com a Teoria do Newsmaking, as notícias não são distorções da realidade e não cabe ao jornalista com suas atitudes políticas o papel de determinante no processo de produção das notícias. A socióloga Gaye Tuchman ressalta alguns pontos que devem ser levado em consideração, como considerar a notícia como uma estória, é admitir que esta tem uma realidade construída e uma própria realidade interna, não que esta seja fictícia. Ainda de acordo com Tuchman, por mais que o jornalista tente participar ativamente na construção da realidade, este profissional ausente da autonomia estará sempre submisso a um planejamento produtivo. O jornalista Felipe Pena dá como exemplo uma situação em que um repórter televisivo tem uma boa história sobre o Governo para contar e de alta relevância para a população, mas acaba esbarrando em fatores como a falta de tempo para editar a matéria. Seguindo a lógica de produção, a prioridade acaba sendo a de abordar a figura mais representativa, o que não indica necessariamente que o conteúdo esteja sendo manipulado a favor do Governo. Esta situação me faz refletir no sentido de quê se o tempo é um dos fatores limitantes, por que não aguardar uma próxima edição para abordar o que aconteceu com diferentes enfoques, procurando mostrar fontes que não sejam somente as oficiais. Se o assunto é de relevância para a população, nada mais justo que a informação seja tratada com seriedade e aprofundamento necessários.

Por que alguns fatos têm mais chances de tornarem notícias do que outros? Na Teoria do Newsmaking, o que define o que poderá ser noticiado ou não, dentre diversos assuntos, já que existe uma limitação, são os critérios de noticiabilidade. Enquanto algumas informações são de importância para a sociedade e deveriam ser assuntos pautados em diversos veículos de comunicação, mas não se tornam notícias, existem aqueles casos em que envolvido a um acontecimento está um personagem famoso e acaba tornando-se destaque nacional ou até mesmo, internacional. Um exemplo bastante atual foi o casamento real britânico entre o príncipe William e Kate Middleton. Alguns jornais televisivos, publicações impressas, jornais online e radiojornais abordaram com bastante frequência informações sobre o acontecimento, além da transformação em notícias de assuntos pouco relevantes relacionados ao casamento.

Com tantas informações mais importantes para se transmitirem, por que optar por uma sensacionalista? O envolvimento de pessoas famosas implica uma maior possibilidade de se transformar o acontecimento em notícia e como a mídia de massa supostamente divulga o que é de interesse público, esta consegue influenciar a população.

É importante diferenciar o quê o público quer como informação e o quê a mídia deve informar para o público. Muitas vezes, preocupados com a audiência, os veículos jornalísticos acabam perdendo o propósito de suas funções.

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Comentários

  1. O importante é focamos bem informado e sempre esta em busca de Conhecimento. I Study English People Sorry . Isto People é Conhecimento. Ninguém te Rouba é seu é so Compartilhar com Aqueles que querem Adquirir Conhecimento.

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