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Destaques

A terceira semana sem fumar cigarro

Como era difícil criar hábitos positivos. Havia acabado de passar da terceira semana sem fumar cigarro e ainda sentia certo desconforto. Seja para bem ou para mal, descobrira que mesmo após anos, algumas pessoas continuavam lutando contra a vontade de fumar, ou seja, era muito mais difícil do que parecia. Na tentativa de substituir comportamentos negativos por mais saudáveis, se via diante da necessidade de se desapegar um pouco da nostalgia e voltar a se focar mais no momento presente. Havia tomado mais do que o suficiente sua dose de nostalgia e agora estava preparado para continuar seguindo em frente. Era chocante o quanto o cigarro havia segurado comportamentos e ao abandoná-lo, comportamentos que antes estavam sob controle, agora pareciam soltos. Precisava de um detox das redes sociais, como quem sabia que fumar fazia mal. Precisava voltar a focar em si mesmo, deixando o passado de uma vez por todas para trás. Era no momento presente que ia celebrando as pequenas conquistas. Para ...

Teorias do Jornalismo: Teoria Construcionista

Na Teoria Construcionista a notícia é vista como construção social, ou seja, esta ajuda a construir a própria realidade. Esta teoria, adaptada ao jornalismo nos anos 70, opõe-se à Teoria do Espelho, por motivos citados por Traquina como, a impossibilidade de estabelecer uma distinção radical entre realidade e os meios noticiosos que devem refletir essa realidade; a inexistência de uma linguagem neutral; a influência de fatores organizacionais, orçamentais e à imprevisibilidade dos acontecimentos.

A notícia considerada uma construção não é ficcional, mas muitos profissionais da área ainda acham que considerá-la uma estória ou narrativa tira o valor de realidade. O que teóricos do construcionismo, como Gaye Tuchman, Schudson, Bird, Dardenne e Stauart Hall tentam explicar é que a notícia deixa de ser um simples relato, e passa a ser considerada como uma construção, pois podem apresentar diferentes enfoques ou versões de um mesmo fato. “A conceitualização das notícias como estórias dá relevo à importância de compreender a dimensão cultural das notícias”, argumenta Nelson Traquina.

Segundo pesquisadores do jornalismo, como Schlesinger, é importante analisar o jornalismo pela abordagem etnometodológica, e não somente pelo produto jornalístico, como outras concepções fazem. Advinda de uma corrente da sociologia americana, a etnometodologia surgiu no final da década de 1960. A observação acadêmica da rotina nas redações jornalísticas possibilitou a compreensão das ideologias e das práticas profissionais dos jornalistas, corrigindo a visão mecânica do processo de produção. Para Nelson Traquina, esses estudos contribuíram com o entendimento do jornalismo: importância da dimensão trans-organizacional (Networking informal e Conexão cultural); o reconhecimento das rotinas como elementos cruciais, que englobam e são constitutivas de ideologia; corrigem as teorias instrumentalistas.

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