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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Relacionamentos Contemporâneos

Para entender os relacionamentos contemporâneos é preciso entender um pouco sobre a adolescência e a sociedade brasileira. À procura de mais informações sobre o assunto, encontrei o seguinte artigo na internet: "O “ficar” na adolescência e paradigmas de relacionamento amoroso da contemporaneidade", escrito pelo psicólogo e Doutor em Psicologia Social, José Sterza Justo, divulgado na Revista do Departamento de Psicologia - UFF, v. 17 - nº 1, p. 61-77, Jan./Jun. 2005.

No artigo o psicólogo levanta alguns pontos sobre a adolescência, como as crises afetivas, emocionais, de identidade e valores, entre outras percorridas durante essa fase. Ainda segundo o autor, estas crises podem ser consideradas positivas pois contribuem com a melhoria e dinamização do sujeito.

Após descrever as mudanças da adolescência e sua importância na formação do sujeito, José Sterza Justo propõe reflexões sobre os relacionamentos afetivos e amorosos na adolescência, o que me fez pensar se esta fase realmente está relacionada à idade ou se algumas pessoas seriam eternos adolescentes.

Segundo o psicólogo, a cultura brasileira valoriza a adolescência e as novidades e mudanças, alguns atrativos deste período da vida, diferente de outros países onde são cultivados a memória social e os idosos. Entre as características da cultura do Brasil citadas pelo autor estão o progresso, dinamismo, sensualidade, afetividade, prazer e migração. "Uma simples ronda por uma cidade revelará a presença maciça dos jovens nos espaços públicos. A cidade é dos jovens, diferentemente do acontece em muitos outros países", comenta o autor.

As consequências desta valorização são a instabilidade e a cultura do descarte. Da mesma forma que os objetos são criados pensados em seu descarte e abandono e a conservação é uma espécie de castigo, estas atitudes são incorporadas nos relacionamentos.  "Tal disposição psicológica para o descarte estrutura-se no plano emocional afetivo orientador das relações do sujeito com as coisas do seu mundo, incluindo aí, principalmente, as outras pessoas como os principais objetos de suas relações e visadas do seu desejo", explica .

Características bastante presentes na sociedade atual, a efemeridade, o imediatismo, a cultura do descartável e o consumismo são percebidos nos relacionamentos amorosos contemporâneos. A família, relacionamentos tradicionais e vínculos amorosos são transformados e tornam-se fluídos, breves, instantâneos, instáveis perdendo as noções de solidez,  amor e casamento eternos. Para Bauman, a sexualidade ganha força. Se antes a sexualidade fazia parte de um projeto de vida e relacionamento, hoje as pessoas buscam o próprio prazer sexual, são cada vez mais hedonistas. Buscando tantos prazeres instantâneos, as pessoas acabam se tornando "colecionadores de sensações", como define o sociólogo.

De acordo com o psicólogo, os vínculos duradouros, a aproximação entre as pessoas e o projeto futuro perdem lugar para as relações abreviadas: "voltadas para a satisfação de necessidades e desejos imediatos, sem compromissos que ultrapassem o momento da relação". Além de começarem e acabarem cada vez mais rápidas, as relações se renovam e multiplicam constantemente. Segundo o psicólogo, a palavra "ficar" ganha mais destaque e está relacionada aos relacionamentos passageiros, superficiais e sem envolvimentos profundos, que duram enquanto o encontro durar. Mais do que um passatempo ou simples diversão, o "ficar" também pode ser visto como exploratório e um contato que poderia levar ao namoro, apesar de na maioria dos casos se comportar como: "um “estar junto” que se esgota em si mesmo sem produzir outros desdobramentos", explica José Sterza Justo.

"É bom “ficar” mas a falta de uma perspectiva de futuro produz uma sensação de desamparo e insegurança; é bom namorar e casar, mas a vida fica muito limitada e pesada pelos compromissos assumidos, encargos domésticos e dificuldades na convivência diária – o preço a pagar pela segurança e pela confiança", argumenta o psicólogo José Sterza Justo.

As transformações da sociedade trouxeram a ideia de liberdade, mas também a de dispersão, entre outros pontos, refletidos nos relacionamentos contemporâneos.

Leia o artigo na íntegra: http://www.scielo.br/pdf/rdpsi/v17n1/v17n1a05.pdf.

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Comentários

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