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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Transtornos da Aprendizagem: 5 Motivos para ler o livro sobre abordagem neurobiológica e multidisciplinar

Conhecer mais sobre o universo do aprendizado, as dificuldades, os transtornos e o papel da neurobiologia no processo foi o que me motivou a ler o livro Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar, dos organizadores Newra Tellechea Rotta, Lygia Ohlweiler e Rudimar dos Santos Riesgo. A obra foi publicada no Brasil, pela editora Artmed. Eu li a 2ª edição, de 2016.


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Dividido em três partes Aprendizagem Normal, Transtornos da Aprendizagem e Aprendizagem e Situações Específicas, o livro é uma fonte rica de informação para quem deseja aprender mais sobre de que forma a aprendizagem está relacionada ao cérebro e a importância do conhecimento sobre alguns transtornos/condições e suas particularidades no processo escolar.

Estamos em 2019 e cada vez mais tem se discutido a questão da inclusão, mas em muitos casos ela acontece só no papel e ainda não é concretizada, seja pela falta de capacitação ou pela complexidade de conhecer de que forma cada transtorno influencia a vida de um indivíduo, especialmente porque cada condição pode afetar de formas diferentes ou por como as comorbidades (mais de uma condição) também podem ser determinantes na questão do aprendizado.

Além de ter um problema de capacitação de várias áreas no Brasil, o aprendizado das crianças, adolescentes e adultos pode ser afetada por esse desencontro entre os profissionais. Idealmente, o que deveria acontecer de forma multidisciplinar, nem sempre acontece, seja por discordâncias de diagnósticos ou por falta de conhecimento aprofundado sobre os transtornos, ou até mesmo por falta de acesso aos profissionais. Embora seja um direito garantido por lei, nem sempre esse apoio multidisciplinar se faz presente.

Então, como a educação está cada vez mais pautada na inclusão e como todos estão sujeitos às dificuldades, independente se são de origem neurobiológica ou ambientais, é importante que vários profissionais se atualizem. Não adianta nada se um neuropediatra passa uma recomendação, apoiada por outros profissionais, como psicólogos e fonoaudiólogos, se a escola não está preparada para receber o aluno e o professor não sabe como diferenciar que comportamentos são inadequados e quais dele estão relacionados aos transtornos, exigindo que o aluno obtenha suporte e/ou que orientações sejam seguidas para um aprendizado mais efetivo.

Tenho crença de que cada vez mais as neurociências vão orientar o processo educativo. Aqueles que não buscarem mais conhecimentos não poderão ajudar as crianças. Muitos profissionais falam de inclusão, mas ignoram as questões do Sistema Nervoso Central (SNC) que são fundamentais para o desenvolvimento de um indivíduo. A falta de conhecimento teórico e técnico podem atrapalhar a inclusão na prática, mesmo quando há o desejo e a boa disposição para realizá-la.

Confira abaixo 5 Motivos para ler o livro Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar:



1) Aprendizados diferentes


Existe um cérebro normal? Embora não existam dois cérebros iguais, as pesquisas e os estudos mostram como os transtornos e condições influenciam o funcionamento cerebral de formas diferentes e como o aprendizado pode ser prejudicado quando a pessoa não tem orientações e apoio.

Muitas pessoas não sabem a diferença entre dificuldades de aprendizagem e transtornos específicos de aprendizagem e quanto menos conhecimento sobre o funcionamento neurológico das pessoas, mais sujeitas ao julgamento e às comparações injustas essas pessoas são suscetíveis.



“Sabe-se que, independentemente dos fatores envolvidos, a aprendizagem se passa no SNC; no entanto, nem sempre ele é o responsável real pelo fracasso escolar. Já foi visto que o percentual de crianças com dificuldade para a aprendizagem pode chegar a 50%, e que as causas primárias, entre elas dislexias, discalculias, dispraxias, disgnosias, transtorno déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), têm importante papel na gênese dessas dificuldades. No entanto, não são as únicas, não podendo ser esquecidas as causas não primárias da dificuldade para aprender, o que inclui os problemas físicos, socioeconômicos e pedagógicos” – Newra Tellechea Rotta, Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar

2) Neurobiológico


Muitas pessoas pressupõem que a questão do aprendizado tem relação somente com a motivação, que se alguém não está aprendendo de um jeito é por má vontade. Porém, o ambiente desempenha um papel no aprendizado, em muitos casos, existem diferenças biológicas que determinam tanto a questão da inteligência e das habilidades, como elementos que fazem parte do processo, como a atenção, memória, raciocínio, imaginação, coordenação motora, entre outros fatores que estão associados ao Sistema Nervoso Central.

Condições como o Transtorno do Espectro Autista, TDAH, Dislexia, Discalculia, Epilepsia, Paralisia Cerebral e Deficiência Intelectual envolvem questões do cérebro que nem sempre as pessoas conhecem. Toda pessoa pode aprender e ser estimulada, mas para que isso aconteça é preciso que se saiba como. O aprendizado não se resume à sala de aula, mas às atividades diárias também.

Na área de saúde mental e neurológica, o Brasil é um salve-se quem puder. Milhares de pessoas sem diagnósticos, se culpando e se prejudicando por diagnósticos que deveriam ter tido desde a infância. Por isso cada vez mais as pessoas falam da importância do diagnóstico precoce.

Não é porque 'estão dando diagnósticos para quem não tem', é porque tem várias gerações anteriores sem diagnósticos que foram prejudicadas e os profissionais estão evitando que o mesmo aconteça com a geração atual.

A plasticidade cerebral trabalhada desde a infância pode ajudar a pessoa a ter um futuro com mais qualidade de vida.

3) Fatores ambientais também importam no aprendizado


Pessoas com problemas de atenção (TDAH) e no espectro autista (TEA) podem precisar de ambientes com menos estímulos. Não só a estrutura física, mas também as questões culturais e sociais podem fazer toda diferença. Professores pacientes e compreensivos, por exemplo, podem ter melhor percepção das dificuldades de alunos e ajudar a orientar diagnósticos. Muitas vezes, é o professor que nota a diferença de comportamento de crianças e dá um toque para os pais.

Sabe-se que embora o apoio profissional multidisciplinar possa fazer diferença na vida de crianças com transtornos/dificuldades de aprendizagem, a questão da família também tem um peso. Por isso, em muitos casos, além dos profissionais precisarem de capacitação e de informações sobre as particularidades dos alunos, o núcleo familiar também precisa entender como estimular o aprendizado e comportamentos saudáveis.

“Atualmente, entende-se que o cérebro não só é capaz de produzir novos neurônios, mas também de responder à estimulação do meio ambiente, com um aprendizado que tem a ver com modificações ligadas à experiência, ou seja, modificações que são a expressão da plasticidade. Essa relação experiência e estimulação constitui o principal pilar sobre o qual a reabilitação se insere, e, dessa forma, procura proporcionar excelentes exemplos de plasticidade cerebral, desde que as janelas de oportunidades sejam bem aproveitadas. Sem dúvida, os momentos críticos para o desenvolvimento de uma função são fundamentais para a estimulação sensitivo-sensorial e de aprendizagem; no entanto, hoje se sabe que mesmo o SNC adulto é capaz de responder, em algum grau, à estimulação” – Newra Tellechea Rotta, Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar

Não adianta ter um ótimo plano de ensino individual, se os familiares desconhecem de que forma podem ajudar no processo e como as questões emocionais são fundamentais para o aprendizado.

4) Multidisciplinar


Por envolver questões biológicas, a pessoa com transtornos e condições que influenciam a aprendizagem podem precisar de acompanhamento multidisciplinar. Questões como o sono, a comunicação, a atenção, a memória e as emoções podem ser estimuladas e/ou orientadas por vários profissionais, cada um na sua área de saber.

Entre os profissionais envolvidos nesta relação entre saúde e educação estão: educadores, pedagogos, psicopedagogos, neurologistas, neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais.

5) Capacitação profissional


Muitos professores têm boa vontade, mas não tem o conhecimento de que forma podem ajudar seus alunos. Entender como algumas questões comportamentais vão além do que as pessoas conseguem ver, como nem sempre o aluno que está distraído como forma de respeitar o professor; como a inteligência nem sempre mede o aprendizado, afinal, os transtornos da aprendizagem são comuns em pessoas com inteligência normal e bom ajuste emocional.

“As FE [Funções Executivas] se estruturam no decorrer da vida, obedecendo a uma sequência que vai da menor para a maior complexidade, da dependência inicial para a autonomia, e proporcional a cada idade do indivíduo. Ou seja, não nascemos com essa capacidade, nem esta se estrutura automaticamente. Será necessário que essa capacidade se organize durante o processo de desenvolvimento pela interação que a criança terá com o seu entorno. Cada etapa depende da anterior; consequentemente, é importante ter a clareza de que o desenvolvimento não pula etapas, não dá saltos mágicos” – Saul Cypel, Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar

Sem o entendimento sobre como nem toda dificuldade de aprendizagem, por exemplo, necessariamente significa um transtorno ou de que forma os transtornos afetam o desempenho, os professores podem ter dificuldade de como fazer o aluno se interessar pelo conteúdo e de que forma contribuir para o seu aprendizado.

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*Ben Oliveira é escritor, blogueiro, jornalista por formação e Asperger. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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