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Destaques

Heartstopper: Filme LGBTQIA da Netflix entra em fase de produção

Em pleno mês do Orgulho LGBTQIA , Alice Oseman e a Netflix anunciaram que já começaram as produções do filme de Heartstopper , obra que deve encerrar o universo de Nick e Charlie e seus amigos. Segundo stories publicado pela Alice Oseman, já estão no segundo dia de produção. Há algo simbólico em uma obra como Heartstopper começar a ser produzida no mês do Orgulho LGBTQIA tanto pelo elenco, como pelos personagens representarem cada uma das letras. A notícia deixou os fãs animados. Alguns ainda estão tristes com a notícia de que não será uma quarta temporada, mas um filme. No entanto, de forma geral, o público de fãs de Heartstopper está animado para esta nova jornada. Com personagens secundários tão interessantes, como os principais, há um clima de curiosidade de como o filme vai conseguir abordar tudo. E, claro, um dos focos principais será como Nick e Charlie irão lidar com novos desafios e se vão continuarem juntos. “Nós estamos de volta! A produção começou oficialmente do filme fina...

Só mais um livro – Leitura, Procrastinação e Escrita

Dizem que para escrever um livro, antes é preciso ler mil livros. Embora eu adore mergulhar em histórias, admito que, às vezes, os meus melhores aliados se transformam nos meus piores inimigos.

Uma das maneiras favoritas de procrastinar dos escritores é lendo. Preciso repetir a frase para que ela se fixe na minha cabeça: leia menos, escreva mais. Ouvi minha vida toda que para escrever melhor é preciso ler muito, mas o problema está quando deixo de praticar a escrita para ler um livro após o outro.

Começa assim: “Vou terminar este livro e tirar um tempo para escrever”. Seguro o livro, me sento e inicio a leitura. Preparo um café e bebo líquido preto enquanto estou lendo. Dou uma volta pela casa com o livro aberto, como se fosse o meu bicho de estimação. Leio, leio e leio.

As horas vão passando e ainda estou lendo. Tomo água, preparo um chá e quando vou ver já está quase na hora de dormir. Estou cansado, mas sinto uma necessidade estranha de ler mais. Minhas energias vão se esvaindo e as letras já estão irreconhecíveis. Nenhuma frase mãos faz sentido.

Fico preso à leitura e só consigo me libertar quando chega até o último ponto final. “Agora sim vou poder escrever”, digo feliz e ansioso. Sento em frente ao computador e começo a brincar com o teclado. As palavras fluem. Olho para o lado e lá está ele, outro livro pronto para ser devorado. Ele me seduz e insiste: “só um pouquinho”. Quando me dou conta, estou preso em outra história.

Sou como um parasita de livros. Alimento-me de narrativas para sobreviver. Pulo de página a página, de livro a livro. Não consigo parar.

Tento limpar a mente, mas os personagens estão lá em algum lugar implorando para que eu saiba como suas histórias terminam. Termino de ler mais um livro, escrevo algumas páginas e o clico recomeça.

Quando os livros estão quase acabando, me rendo e vou até alguma livraria. É mais forte do que eu, eu sei. Se estou sem dinheiro, considero ir à biblioteca ou releio algum livro.

Incapaz de escapar do meu círculo, decidi que faria como os escritores experientes. Acordarei bem cedo, começarei a escrever pela manhã e me dedicarei à arte da leitura durante a tarde ou noite. É difícil, mas estou tentando. Enquanto isso, eu termino este texto e vou concluir mais uma leitura.

*Ben Oliveira

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