Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...
DarkSide Books divulga a capa do livro Fábrica de Vespas, de Iain Banks
A editora DarkSide Books divulgou a capa do livro Fábrica de Vespas, do autor Iain Banks, inédito no Brasil. A obra de ficção considerada extremamente violenta e visceral será publicada em agosto de 2016, com tradução de Leandro Durazzo. O romance explora a formação de um psicopata e foi considerado um dos 100 romances mais importantes do século XXI.
“A piedade não é natural ao homem. Crianças são sempre cruéis. Selvagens são sempre cruéis. A piedade é adquirida e aperfeiçoada pelo cultivo da razão.” – Dr. Samuel Johnson
Saiba mais sobre o livro Fábrica de Vespas, do autor Iain Banks:
“Dois anos depois de matar Blyth, matei meu irmãozinho Paul, por motivos muito mais sérios e diferentes daqueles que eu tivera para acabar com o primeiro. Daí, um ano depois, foi a vez da minha priminha Esmeralda, por puro capricho. Esse é o placar até agora. Três. Não mato ninguém há anos, e não pretendo matar de novo. Foi só uma fase pela qual passei.”
Frank – um garoto de 16 anos bastante incomum – vive com seu pai em um vilarejo afastado, em uma ilha escocesa. A vida deles, para dizer o mínimo, não é nada convencional. A mãe de Frank os abandonou anos atrás; Eric, seu irmão mais velho, está confinado em um hospital psiquiátrico; e seu pai é um excêntrico sem tamanho.
Para aliviar suas angústias e frustrações, Frank começa a praticar estranhos atos de violência, criando bizarros rituais diários onde encontra algum alívio e consolo. Suas únicas tentativas de contato com o mundo exterior são Jamie, seu amigo anão, com quem bebe no pub local, e os animais que persegue ao redor da ilha.
Abandonado à própria sorte para observar a natureza e inventar sua própria teologia – a maneira do Robinson Crusoé de Daniel Defoe –, Frank desconhece a escola e o serviço social, já que seu pai acredita na educação “natural”, recomendada pelo filósofo do século XVIII Jean-Jacques Rousseau e apresentada em seu romance Emílio, ou Da Educação (1762), que sugere que as crianças devem crescer entre as belezas da natureza, permitindo que elas se deleitem com a flora e a fauna. A natureza humana seria boa a princípio, mas corrompida pela civilização.
Quando descobre que Eric fugiu do hospital, Frank tem que preparar o terreno para o inevitável retorno de seu irmão – um acontecimento que implode os mistérios do passado e vai mudar a vida de Frank por completo.
Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Frank, a estreia literária do autor escocês Iain Banks polarizou a crítica e os leitores quando foi publicada pela primeira vez, em 1984. Sua obra foi tão aclamada quanto criticada, devido à sua macabra descrição da violência. Livro que evoca tanto O Senhor das Moscas (1954) como o Precisamos Falar sobre Kevin (2003), Fábrica de Vespas consegue produzir um olhar ao mesmo tempo bizarro, imaginativo, perturbador e repleto de humor negro do que se passa dentro da mente em formação de um psicopata.
Você tem coragem de entrar em uma mente como essa?
Sobre o autor
Iain Banks (1954-2013) nasceu e viveu na Escócia. Tornou-se amplamente conhecido pela controvérsia causada pelo seu primeiro romance, Fábrica de Vespas, publicado originalmente em 1984. Desde então, foi aclamado tanto pela crítica como pelos seus leitores por dezenas de obras de ficção e ficção científica. Foi considerado um dos Melhores Novos Escritores Britânicos em 1993. O jornal inglês The Times aclamou Iain Banks como “o romancista britânico mais imaginativo de sua geração” e o Guardian considerou-o “o padrão pelo qual o restante da ficção científica é julgado”.
“Uma história excepcional de horror gótico, macabra, bizarra e impossível de largar. [...] leitura formidável.” — FINANCIAL TIMES
“Iain Banks criou um dos mais brilhantes romances de estreia que li em um bom tempo. Seu estudo de uma personalidade obsessiva é extraordinário, escrito com impressionante clareza e atenção aos detalhes. só podemos admirar este romance verdadeiramente notável.” — DAILY TELEGRAPH
“Uma imaginação poderosa chegou para ficar.”— MAIL ON SUNDAY
Sobre o tradutor
Leandro Durazzo, antropólogo e tradutor, hoje vive próximo à praia no litoral potiguar. Lecionou antropologia na UFRN, viveu na capital portuguesa e peregrinou por algumas regiões do Oriente, sozinho e entre monges. Publicou os livros Tripitaka (poesia, Ed. Medita, 2014), Histórias do Córrego Grande (prosa, Ed. Katarina Kartonera, 2015), além de uma porção de textos poéticos ou narrativos, em revistas literárias e espaços virtuais. Trabalha com povos indígenas e religiões orientais, nem sempre ao mesmo tempo. Traduz para a DarkSide sob o sol do equador.
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O projeto gráfico do livro ficou muito lindo. A DarkSide Books sempre capricha na hora de criar uma identidade visual para suas obras literárias.
Se você tem curiosidade sobre livros sobre psicopatas, assassinos e serial-killers, conheça o livro Social Killers, também publicado pela editora DarkSide Books, que conta a história de diversos assassinos que usaram a internet para caçar suas vítimas!
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