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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Livro sobre famoso caso sobrenatural de Londres será publicado no Brasil

Poltergeist. Talvez a palavra alemã não lhe seja completamente familiar em relação ao significado, mas também não seja tão estranha assim. Seja por causa do famoso filme de terror sobrenatural homônimo, lançado em 1982, que ganhou um remake em 2015, ou por fazer parte não só do universo do cinema e literatura de horror, como de notícias que uma vez ou outra ganham destaque na mídia sobre fenômenos sobrenaturais.


Terror e realidade: Entre o ceticismo e o paranormal


Muitos filmes de terror sobrenatural se inspiram em casos como o do Poltergeist de Enfield, que além de inspirar Poltergeist, inspirou Invocação do Mal 2. Existe uma linha tênue entre ficção e relatos que foram documentados quando se trata de produções inspiradas em fenômenos sobrenaturais. Acredite, como alguém cético e, ao mesmo tempo, com sensitividade desenvolvida, apaixonado por filmes de terror e escritor de histórias de horror e fantasia, dá para perceber o quanto essa linha é quase invisível, principalmente quando memórias são misturadas às narrativas literárias e cinematográficas. Quer um exemplo? Compare quantas coisas existem em comum na versão ficcional do terror O Exorcista e na obra baseada em fatos reais.



*Relembre a minha entrevista com o jornalista Thomas B. Allen, autor do livro Exorcismo. Apesar de ter investigado o caso real sobre o garotinho possuído que inspirou o livro e filme de terror O Exorcista, do escritor William Peter Blatty, e de ter compartilhado o diário do padre que testemunhou a possessão e exorcismo de Robert Mannheim, o repórter também se mostra cético. Esta entrevista foi realizada a convite da editora DarkSide Books, que publicou o texto na íntegra em sua revista lançada durante a edição de 2016 Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Livros como O Exorcista (William Peter Blatty) e Exorcismo (Thomas B. Allen), Horror em Amityville (Jay Anson), Ed e Lorraine Warren: Demonologistas (Gerald Brittle) – entre tantos outros livros publicados pelo casal de investigadores paranormais – e a mais recente tradução pela DarkSide, 1977: Enfield, serviram e ainda servem de inspiração para escritores e roteiristas da temática de terror sobrenatural. Independente de fazer parte daqueles que acreditam nesses fenômenos como ocorrências sobrenaturais (espiritualistas) ou parapsicológicas (com viés mais científico), ao longo de nossas vidas, dificilmente passamos imunes a presenciar eventos paranormais – vindo de alguém que é por natureza cético e sabe que existem, sim, muitas fraudes, mas que também aceita que existem muitas coisas que estamos longes de alcançar o entendimento… Há coisas que mesmo quando não queremos acreditar, nos tocam de alguma maneira e, muitas vezes, com o passar do tempo, simplesmente seguimos em frente; enquanto outras pessoas, como Guy Lyon, Maurice Grosse, Ed e Lorraine Warren dedicaram suas vidas ao estudo, pesquisa e documentação à procura de respostas e soluções e de ajudar pessoas.

Saiba mais sobre o livro 1977: Enfield, de Guy Lyon:



Para quem tem curiosidade em aprender mais, matar curiosidade, se entreter e/ou para aqueles que buscam inspiração para escrever sobre a temática, a DarkSide Books, editora brasileira especializada na publicação de livros de terror e fantasia vai publicar o livro 1977: Enfield, tradução da obra This House is Haunted: The True Story of the Enfield Poltergeist, escrito pelo jornalista e pesquisador de mediunidade Guy Lyon Playfair, publicada originalmente em 1980. O lançamento do livro está previsto para abril de 2017.

Guy Lyon faz parte do conselho da Sociedade de Pesquisa Psíquica (Society for Psychical Research). Segundo especialistas em parapsicologia, a palavra que significa "espírito barulhento”, geralmente é utilizada para descrever fenômenos que na maioria dos casos parecem triviais e vez ou outra podem parecer mais ‘inteligentes’, entre os mais comuns estão: batidas, arranhões, sussurros, corrente fria, cheiros podres e inexplicáveis focos de incêndio.

O livro 1977: Enfield foi escrito pelo parapsicológo, jornalista, escritor e tradutor britânico, que além de ter investigado o caso Poltergeist, também publicou uma obra sobre o médium Chico Xavier. O caso do Poltergest de Enfield se tornou bastante popular e foi investigado por dezenas de investigadores, entre eles, Ed e Lorraine Warren, mas o principal investigador talvez tenha sido Maurice Grosse que filmou e gravou.

O caso Enfield, como todos os casos sobrenaturais sempre levam discussões sobre charlatanismo e histeria coletiva. As garotinhas chegaram a admitir em uma entrevista que em algumas vezes elas fingiram, mas que realmente aconteceu. Também foram levantadas hipóteses de que ela estaria fazendo aquilo para chamar a atenção devido aos problemas familiares.

Em artigo publicado no Daily Mail, Jane afirmou que acredita que foi real e que o poltergeist estava realmente com ela. A confissão de que misturaram brincadeiras acabou atrapalhando um pouco a investigação e fazendo muitos céticos considerarem uma fraude, porém uma das policiais que investigou o caso relatou ter visto uma cadeira flutuar e até mesmo checado se tinha algum cabo, assim como muitos dos envolvidos no caso, desde investigadores, familiares e vizinhos ressaltaram terem visto objetos flutuando, entre tantas outras coisas estranhas que ficaram sem explicações na época.

Confira a sinopse do livro 1977: Enfield:


Enfield, subúrbio de Londres. Na fria noite de 31 de agosto de 1977, a vida de uma família simples e comum mudaria para sempre. Pequenas batidas e sons inexplicáveis, móveis caindo sem nenhum motivo aparente, esse parecia um verdadeiro caso de poltergeist. Desde os primeiros dias, os pesquisadores de atividades psíquicas Maurice Grosse e Guy Lyon Playfair — que viveu muitos anos no Brasil, pesquisou a vida do médium Chico Xavier e tem experiência e conhecimento profundos sobre a popularização do espiritismo e o sincretismo cultural do nosso país — acompanharam o caso e conseguiram documentar mais de seiscentas páginas de transcrição de fitas cassetes e registros em vídeo dos surpreendentes e assustadores eventos, aqui relatados exatamente como aconteceram.

Há anos, o caso Enfield é considerado um marco entre os episódios sobrenaturais mais bem documentados, chamando até hoje a atenção da mídia britânica e internacional, de diversos outros pesquisadores e, inclusive, de Ed e Lorraine Warren, além de ter inspirado os filmes Poltergeist e Invocação do Mal 2. Contudo, apenas com 1977 – Enfield é possível conhecer todos os detalhes do início ao fim deste caso que durou três anos — e com um final tão surpreendente quanto os das melhores histórias de terror.

"1977 — ENFIELD não tenta convencer o leitor de nada, muito menos convertê-lo. Trata-se de um livro documental, escrito por um jornalista. Você tem acesso aos fatos e pode tirar suas próprias conclusões, se conseguir chegar ileso até o surpreendente final" Nota publicada no site da editora DarkSide Books

Sobre o autor 


Guy Lyon Playfair nasceu na Índia e foi educado na Inglaterra, onde graduou-se em línguas modernas na Cambridge University. Morou no Brasil por vários anos, trabalhando como jornalista freelancer para a revista inglesa The Economist, o semanário americano Time e a agência de notícias Associated Press; também trabalhou por quatro anos na seção de imprensa da USAID, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. The Flying Cow (1975) — o primeiro de seus doze livros publicados, traduzido em seis línguas e best-seller internacional — descreve suas experiências ao investigar os aspectos psíquicos do Brasil, assim como Chico Xavier, Medium of The Century (2010). Atualmente, vive em Londres e é um importante membro do conselho da Sociedade para Pesquisas Psíquicas.
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Ceticismo, charlatismo. Não importa. Não preciso dizer que estou mega curioso para conferir o livro, né? Enquanto o livro não foi publicado (até a data de publicação deste texto), estou matando minha vontade de ler sobre a temática sobrenatural com Deliver Us From Evil, do autor J. F. Sawyer, que traz alguns casos investigados por Ed e Lorraine Warren e defini como minha próxima leitura o livro Paranormalidade, do Richard Wiseman.

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e do livro de fantasia jovem com temática de bruxaria O Círculo, disponível para leitura grátis no Wattpad.

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