
A Teoria do Agendamento, também conhecida como Agenda-Setting, está relacionada aos meios de comunicação de massa e a publicação, com ênfase, de assuntos, que acabam influenciando a população, tornando-se tema de conversas e atitudes da sociedade.
Há mais de 300 anos o pesquisador alemão Tobias Peucer já estudava o jornalismo, a ética, os critérios de noticiabilidade e o papel da imprensa. Peucer é considerado progenitor das teorias do jornalismo e naquela época relatava como a imprensa influenciava a sociedade. Todavia, a formulação da teoria do Agenda-Setting aconteceu somente na década de 70, com os norte-americanos Maxwell McCombs e Donald Shaw, com a publicação de um artigo que analisava como a mídia é capaz de agendar temas que geram debates e tornam-se presentes na formação da opinião pública. Ainda de acordo com os teóricos, existe uma correlação entre agenda midiática, agenda pública e agenda política: a agenda midiática é a responsável pela criação das pautas; A agenda pública sobre questões de relevância para o público; A agenda política abrange questões políticas.
Funcionalista, a teoria tem como objeto de estudo a mensagem na comunicação, principalmente as mídias ou meios de comunicação de massa, como os jornais, as revistas, o rádio, a televisão e a Internet. As funções são valorizadas, cada parte do processo possibilita a existência de um todo, por isto funcionalista. Por meio de pesquisas realizadas, um dos teóricos do agenda-setting, Maxwell McCombs dá como exemplo de como o Agendamento funciona e pode ser observado na questão política: quando os políticos debatem sobre o que está em destaque na mídia ou quando a mídia influencia os resultados das eleições.
Nelson Traquina argumenta em seu livro “Teorias do Jornalismo - Volume 1: Porque as notícias são como são” que os jornalistas fabricam a opinião pública, em vez de expressá-la, pois nem sempre o que é transmitido pela mídia é o que faz parte dos assuntos da sociedade. A influência dos veículos de comunicação de massa é tão grande que a população passa a discutir e opinar de acordo com o contexto midiático, muitas vezes, mergulhado no sensacionalismo, como por exemplo, os atentados ao World Trade Center em setembro de 2001, o caso dos mineiros chilenos que foram soterrados em agosto de 2010 e o casamento real britânico em abril de 2011.
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