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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

A Segunda Guerra Mundial e os Meios de Comunicação de Massa

Na manhã de hoje a professora Inara Silva exibiu em sala de aula do curso de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS), um programa especial do Observatório da Imprensa sobre os 70 Anos da Segunda Guerra Mundial, no qual é discutido o papel dos Meios de Comunicação de Massa nos conflitos.

Exibido no dia 1º de setembro de 2009, o Observatório da Imprensa foi apresentado pelo jornalista Alberto Dines e está disponível no Youtube para quem desejar assisti-lo.  Com a proposta de mostrar como os meios de comunicação de massa foram usados durante 2ª Guerra Mundial, aprendi com o vídeo como o Rádio, o Jornal Impresso, o Cinema e as Revistas foram usadas para disseminar ideologias, influenciar a opinião pública e formar opiniões. O programa televisivo mostrou alguns dos fatos noticiados pelos principais jornais do Brasil na época, o que para Dines é importante para evitar repetições. “Lembrar a guerra para promover a paz”, ressalta o apresentador.

Entre milhões de mortes pelo mundo, os países utilizaram a mídia para intoxicar os seus cidadãos com suas ideologias e paranoias. Segundo o programa, os jornais eram os principais meios de comunicação daquela época e o noticiário da guerra era destaque nas publicações mundiais. Mesmo sob censura por causa da Ditadura Militar, as manchetes dos jornais brasileiros abordavam a Grande Guerra. Durante o tempo em que os jornalistas sofriam violência e eram silenciados, estes profissionais foram importantes para a história do país.

Segunda Guerra Mundial estava na manchete dos principais jornais do mundo.

Diversos jornalistas, historiadores, professores e estudiosos que acompanharam ou não a Guerra Mundial foram entrevistados para o programa especial do Observatório da Imprensa. Como bem lembrou a professora em sala de aula, mesmo podendo parecer algo banal para os alunos, principalmente durante o século XXI, no qual a liberdade é algo normal, muitas pessoas morreram por isso e viveram em uma época de regime de controle público, onde a mídia era controlada, alguns livros e músicas eram proibidos. A morte do jornalista Vladimir Hergzog foi lembrada, profissional assassinado pelos militares da ditadura no Brasil que fizeram parecer um suicídio.

Só de me lembrar das mortes causadas pela guerra sinto uma sensação de mal estar. Reviver algumas imagens do extermínio de judeus e da invasão e destruição de cidades me levou de volta ao museu de Auschwitz e Birkenau, no Sul da Polônia, onde ficavam os campos de concentração e milhares de judeus, negros, homossexuais e prisioneiros de guerra foram eliminados pelos nazistas. Mesmo sendo responsável por tantos assassinatos, o programa lembrou que Adolf Hitler gostava de esconder a violência das coisas que fazia, porém quando se tratava da cidade de Lidice que ficava na Tchecoslováquia, o ditador mostrou ao mundo o seu poder destruidor quando a aniquilou.

Museu de Auschwitz, no sul da Polônia. Local onde foram exterminados milhares de judeus e prisioneiros dos nazistas. Foto: Ben Oliveira.

Segundo o Observatório da Imprensa, durante o período da Segunda Guerra Mundial, as revistas ilustradas ganharam destaque e através dos novos equipamentos fotográficos, o mundo conseguiu ver imagens da guerra e acompanhar suas narrativas. A imagem ganhou o papel de protagonista. Se nos dias atuais, observar as fotografias de guerra ainda causam desconforto, imagino o que muitos inocentes sentiram ao vê-las uma mistura de medo, ansiedade, insegurança, coragem, vitória. Um dos fotógrafos lembra, por exemplo, das imagens da Bomba de Hiroshima (Cogumelo Atômico), do bombardeio realizado em agosto de 1945, na cidade japonesa de Hiroshima. Cada país manipulava os meios de comunicação com os seus próprios propósitos, incentivando as batalhas continuarem e mantendo os soldados animados.

A explosão da bomba atômica em Hiroshima aconteceu em agosto de 1945.

Os meios de comunicação foram usados tanto pelos alemães quanto pelos países aliados. De acordo com o vídeo, os norte-americanos produziram filmes a princípio com fins educativos, mas que depois exaltavam o espírito patriota e a participação dos Estados Unidos na guerra. Além do cinema, as histórias em quadrinho também faziam propaganda do país, levando os leitores a crerem no papel heroico e transmitindo os valores da sociedade norte-americana. Enquanto os americanos priorizavam as locuções nos cinejornais, os nazistas usavam as imagens para propagar a intolerância. No Brasil também existia o cinejornal e como o país estava em época de ditadura, o poder público controlava os noticiários.

O rádio foi considerado uma arma para a propaganda ideológica, usado para excitar as pessoas, levar notícias e propagandas, discursos emocionados, estimular a moral das tropas, orientar a população. No Brasil, o Repórter Esso, programa radio jornalístico foi um dos marcos da história política do país, levando notícias sobre a guerra para a sociedade brasileira. Foi o programa brasileiro que anunciou o fim da guerra e por causa de sua credibilidade levou a população para as ruas, descrito pelo jornalista Alberto Dines como algo mágico, ver todas as luzes se acendendo e a cidade ganhando vida novamente. Na época, o programa era diferente dos outros e com transmissões ao vivo ajudava a fazer as pessoas acompanharem a 2ª Guerra Mundial.

Heron Domingues, locutor do programa Repórter Esso.

Um tema tão polêmico e necessário de ser discutido pelos acadêmicos de Comunicação Social, tanto pelos de Jornalismo quanto pelos de Publicidade e Propaganda, pois como recordou a professora Inara em sala de aula, somos todos formadores de opinião. “Divulgamos opiniões o tempo inteiro”, afirma. Acredito que assistir o programa do Observatório da Imprensa me fez entender um pouco do mais da Segunda Guerra Mundial e de como a mídia foi usada, tanto nos aspectos positivos quanto negativos. Recomendo a quem tiver interesse no assunto a assistir aos vídeos.

O programa Observatório da Imprensa sobre a Segunda Guerra Mundial: Mídia vai a Guerra está dividido em várias partes no Youtube. Confira abaixo:











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