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Destaques

Terminar de processar as emoções

Processar as emoções era muito mais importante do que fingir que algo não aconteceu. Era reconhecer os próprios erros e acertos e se permitir sentir as coisas boas e ruins. Era tentador fingir que nada aconteceu. Mas também era imaturo, também era um sinal de que havia se desconectado do real e emoções não processadas voltariam de um jeito mais cedo ou mais tarde. Foi reconhecendo os dias bons, mas acima de tudo, sentindo os ruins. Foi deixando tudo para trás, consciente de que não havia mais nada para revisitar, não havia pontas soltas. Então, de tanto sentir tristeza, dúvida e medo, havia sentido intensamente as emoções de forma que elas já não cabiam mais dentro de si. Ia se despedindo das emoções negativas, das emoções positivas, e abrindo as portas para novas emoções chegarem. Tudo o que sabia era que ficar em negação não era a resposta que buscava. Os dias pareciam que nunca iam chegar ao fim, mas finalmente se sentia livre do fantasma do outro.

Subdiagnóstico de Aspergers: A Geração Perdida?

O subdiagnóstico de autismo está relacionado a várias coisas (anorexia, bulimia, autoflagelação, vícios em substâncias para alívio da sobrecarga sensorial e das limitações de interações sociais, depressão por não entender porque é diferente, ansiedade etc...). Por preconceito e desinformação, muitos profissionais da saúde preferem fechar os olhos.


Faltam profissionais capacitados no Brasil para reconhecer pessoas no espectro autista. Faltam políticas públicas decentes, falta capacitação. Quem se importa?

Nos EUA, os autistas adultos e idosos sem diagnósticos, muitos que foram internados durante anos por doenças que não têm, são chamados de A Geração Perdida. Por aqui não é tão diferente.

Aspergers que aprenderam a se camuflar e/ou tem Dupla Excepcionalidade (Aspergers com Altas Habilidades/Superdotação) são a parte invisível do espectro.

Os números do autismo são maiores no mundo inteiro do que a população imagina, não só porque estão nascendo mais autistas como a mídia noticia, mas porque os profissionais deixaram várias gerações anteriores sem suporte e diagnóstico.

Confira algumas indicações de livros sobre o assunto:

Psiquiatra desmente mitos sobre autismo e afirma: 'Atrasa o diagnóstico'

33 Livros sobre Saúde Mental

Passarinha: Livro sobre garota autista e seu pai lidando com o luto

Palestra com a autista Julie Dachez, autora do livro A Diferença Invisível

Diversidade Invisível: Assista a palestra com autista diagnosticada aos 35 anos

4 Curiosidades do livro O Cérebro Autista

Autismo: Livro de memórias escrito por mulher com diagnóstico tardio de Asperger

5 Vídeos de Conscientização sobre Autismo e crises

Síndrome de Asperger: Guia do especialista mundial em autismo, Tony Attwood

Asperger na adolescência e amizade são temas do livro Em Algum Lugar nas Estrelas

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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