Quem é
apaixonado por livros dificilmente consegue ficar longe de um. Sou uma das pessoas que está sempre com um livro por perto ou pior ainda, fica com vontade de comprar mais livros quando ainda não concluiu suas leituras. Só neste primeiro parágrafo já repeti
“livros” várias vezes.

O problema de muitas pessoas que gostam de ler é a falta de tempo o suficiente para se dedicar à atividade. Ultimamente, tenho enfrentado o contrário. Após concluir a graduação, abri mão de um trabalho tradicional (como qualquer pessoa normal faria para sobreviver) e decidi me dedicar à escrita de ficção, estudar um pouco dessa
arte da criação literária e me afundar na leitura.
Só tenho um pouquinho de dificuldade em saber a hora de parar. Há dias em que
procrastino a minha escrita porque estou tão fixado na leitura de um bom livro, que só consigo parar quando chego até a última página. E quando o livro é grande? Horas e mais horas de leitura. Para quem tem “tempo livre”, como eu, e pode organizar sua própria rotina, é fundamental estabelecer horários.
Ontem à noite, enquanto eu olhava minha timeline no
Twitter, vi uma editora postando que é uma delícia deitar com um livro e adormecer na primeira página. Se eu fizesse isso, só ia conseguir dormir após terminar, no mínimo, um capítulo. Há quem pegue no sono enquanto está lendo. Comigo, só me imagino dormindo se a história for muito chata. Acredito que a leitura seja um estimulante, uma das drogas mais potentes já inventadas para nos tirar da triste realidade de nossos cotidianos.
Isso tudo é muito legal, muito interessante para quem deseja aperfeiçoar sua escrita e aumentar suas bagagens literárias e culturais, só que o nosso cérebro tem suas limitações. O excesso de informações pode causar
fadiga mental e deixá-lo tão cansado quanto quem se exaure fazendo exercícios físicos. Gosto de imaginar cada livro como uma janela que se abre. Então, você pode imaginar o que acontece quando tiro a manhã para escrever, depois estou lendo um livro, à noite preciso revisar um romance? Resumindo, uso praticamente o meu dia todo dedicado à literatura.
É difícil, mas desde ontem, estou tentando me desligar um pouco dos livros, pelo menos no horário em que for para
relaxar. “A leitura pode ser prazerosa e relaxante”, você me diz. Sim, só que até a leitura em excesso pode fazer mal. Nesta
jornada do escritor, além da escrita e da leitura, nas horas em que eu deveria descansar minha mente, tenho assistido documentários, entrevistas ou até mesmo, filmes que tenham alguma relação com a arte da ficção.
Tão importante quanto saber como gastar suas energias de forma inteligente, de acordo com os seus objetivos na vida e sonhos, é
descansar bem, para que no outro dia o ciclo recomece, sem você sentir como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Decidi maneirar no excesso de leitura, não só porque tenho acordado esgotado no outro dia, mas porque também acaba atrapalhando a minha escrita.
Em
Abril, por exemplo, li 17 livros, enquanto em
Maio, foram 14. No momento em que escrevi este texto, já li 15 livros, em junho, mas pretendo concluir mais duas leituras até o final do mês.
Estabelecer horários e locais onde você vai ler o livro pode fazer toda a diferença. Como dito no texto, se eu for pegar um livro para ler na hora em que estiver na cama, vou conseguir fazer tudo, menos dormir. Por isto, a partir de hoje vou tentar delimitar um horário máximo de leitura, para que não possa atrapalhar minhas outras atividades e também minha saúde.