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Escrita Maldita: Review Andreia Coutinho (Amazon)

Review Andréia Coutinho @booksbydeia (Amazon) sobre o livro Escrita Maldita – 19 de junho de 2024: Na história temos a vida de um escritor que corre atrás do seu sonho, que é escrever junto a um famoso autor. Com isso, ele faz contatos com algumas pessoas para poder realizar tal sonho.ㅤ O que mais me atraiu, foi a forma como tudo aconteceu, desde o início até o final. Sendo assim, a trama me mostrou como nós seres humanos, somos capazes de fazer, praticamente tudo, para realizar nossos sonhos ou pelo menos, correr atrás deles. Na trama, me prendi do início ao fim, a cada página ficava ansiosa para saber mais, a cada capítulo ansiava por conhecer mais da vida dos personagens. Para quem gosta de um suspense, com uma pitada de sobrenatural, com uma reviravolta sensacional, essa trama é para você.ㅤ *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano:  O Círculo (Vol.1)  e

Pandemia: 500 mil mortes depois e ainda na luta contra a desinformação

Minha primeira foto de máscara. Tenho abordado a Pandemia na internet desde o início. Para quem não me acompanha desde antes, recomecei nas redes sociais, mas meu blog continuou.

Na época, ainda morava em Blumenau (SC) que fez parte dessa catástrofe sanitária e ficou responsável por um dos episódios mais deprimentes da história, de reabertura do shopping ao som de Titanic e um monte de pessoas do grupo de risco ansiosas para ir às compras.

Na época, não tínhamos tantas cepas do vírus e o vírus não era tão mortal e já era um show de horrores esses comportamentos.

Não é segredo que o Sul do Brasil flerta com o nazifascismo e foi uma das regiões que mais votou em Bolsonaro. Uma região onde ainda existem redutos repulsivos neonazistas e fazem vista grossa.

Para quem já havia lutado contra desinformação científica em 2019, na luta contra tratamentos falsos de autismo, a pandemia e os tratamentos falsos para Covid-19 foram a cereja do bolo.

Impossível não se emocionar com o editorial histórico que o Jornal Nacional fez hoje sobre as 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil. Destaco aqui um trecho:

"Quando nos perguntarem o que fizemos para evitar essa tragédia, cada um de nós terá sua resposta. A imensa maioria poderá dizer com orgulho que fez sua parte e mais um pouco."

"Estamos ao lado da ciência e seguiremos em frente”  Bonner e Renata

Além de lamentar por todas vidas perdidas na pandemia, a pergunta que ecoa na mente daqueles que lutam diariamente contra a desinformação científica propagada pelo Bolsonaro, alguns de seus apoiadores e pessoas negacionistas é: quantas vidas poderiam ter sido salvas? Quantas pessoas ainda estariam vivas se não tivessem se recusado a respeitar as orientações sanitárias? Quantas pessoas estariam vivas se o governo Bolsonaro tivesse aceitado as primeiras ofertas de vacinas na época em que foram oferecidas? 

Números são frios e nem sempre traduzem a realidade. Enquanto muitos brasileiros estão indignados com as descobertas da CPI da Pandemia e pedem o impeachment do Bolsonaro, há uma parcela da população que está apática e ouve os números de mortos e simplesmente não consegue processar a relação entre o que está acontecendo e o que não foi feito por negacionismo, omissão e intenção. 

Os senadores CPI da Pandemia divulgaram uma nota pública sobre a marca das 500 mil mortes. Assinam a nota: Omar Aziz (Presidente CPI), Randolfe Rodrigues (Vice Presidente ), Renan Calheiros (Relator), Tasso Jereissati, Otto Alencar, Eduardo Braga, Humberto Costa, Alessandro Vieira, Rogério Carvalho e Eliziane Gama.

“Nessa data dolorosamente trágica, quando o Brasil contabiliza 500 mil mortes, desejamos transmitir nossos mais profundos sentimentos ao País.Temos consciência que nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos. Meio milhão de vidas que poderiam ter sido poupadas, com bom-senso, escolhas acertadas e respeito à ciência.

Asseguramos  que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles se eternizam e, antes  da justiça Divina, eles se encontrarão com a justiça dos homens”.

Vivemos em tempos preocupantes, pois muita gente ainda não entendeu os riscos de eleger alguém sem empatia, sem compromisso com vidas humanas, sem respeito às leis e à democracia. Para alguns, quando acordar deste transe, talvez seja tarde demais para reconhecer que ninguém se elege sozinho e que diante de fatos abomináveis, não dá para ficar indiferente. Para outros que nunca votaram no Bolsonaro, resta aguardar o dia em que esse pesadelo vai acabar.

Fake news de saúde matam. Não se tratam de mentiras ingênuas ou por ignorância, se tratam de uma estratégia arquitetada para causar o caos por meio de crenças duvidosas, ainda que elas tenham sido desmentidas inúmeras vezes. Prova disso é que tudo o que Bolsonaro ainda repete em seus discursos públicos já foram corrigidos tantas vezes e ele insiste em mentir, em um delírio de mostrar que está acima de tudo e todos. 

O teatro só convence seus apoiadores e por trás da sua suposta força e loucura, se escondem o desespero de um homem desprezível e rejeitado, incapaz de reconhecer os seus próprios erros ou de demonstrar empatia pelo sofrimento humano. As mesmas estratégias que ajudaram a elegê-lo serão aquelas que vão derrubá-los, pois a catarse libera o ser humano do ciclo de ódio alimentado por um psicopata incorrigível. 

Parabéns aos que lutam para combater a desinformação desse desGoverno que insistentemente usa de mentiras e fake news e acarretou a esse cenário devastador de mortes. Quem ainda não entendeu a gravidade do que está acontecendo no Brasil, talvez nem com muita terapia. Lavagem cerebral total.

Leia também:

Prêmio Pulitzer 2021: Pandemia de Covid-19 como temática de três premiados de jornalismo 

Fascismo à Brasileira: Livro do jornalista Pedro Doria fala da influência de Mussolini no Brasil 

Pós-Verdade: Quando Jornalismo, Propaganda Política e Cinismo se Confundem no Brasil 

Pandemia: Ciência e União Ajudam a Combater o Negacionismo, Mas Não São Suficientes 

CPI da Pandemia: Senadores representam os incômodos dos brasileiros diante das mentiras e omissões 

Pós-Verdade: Em livro, jornalista Matthew D’Ancona disseca o fenômeno da desinformação política e manipulação 

Pandemia: Twitter reúne jornalistas, profissionais de saúde e interessados no combate à desinformação 

Livro sobre psicopatas traz relatos de especialista em diagnósticos 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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