Há algo encantador em ser lembrado por um leitor, como se de alguma forma estivessem conectados pelas palavras, mesmo com o passar dos anos. Havia algo reconfortante em saber que um leitor aguardava um livro novo. Tantas coisas tinham acontecido na vida após a publicação do último livro. De alguma forma, era como se tivesse se tornado outra pessoa. Estaria mentindo se dissesse que ainda não escrevia, mas nem sempre tinha energia ou foco para tal, já não era mais como antigamente quando conseguia prever quando iria terminar de escrever um livro. Um simples e-mail poderia fazer um escritor feliz e trazer uma dose de esperança de que em algum lugar do mundo, havia um leitor ansioso e animado com a possibilidade de um novo livro. Poucas sensações eram tão boas para os escritores. Só tinha como agradecer, ainda que em forma de texto aberto. Leitores, muitas vezes, são lembretes de que os livros importam. Escritores, em muitas situações, precisam deste lembrete constante para vencerem as dif...
Espectro Autista: X-Men, Polarização e guerra de narrativas
Para quem quer entender sobre a polarização nas comunidades autistas/neurodiversas do mundo inteiro: as discordância entre organizações, familiares, profissionais e pessoas no espectro autista. E a razão de eu não estar associado a nenhuma organização e seguir independente.
Não é exclusivo do Brasil (aprendam a interpretar texto) – já deixei bem claro que minha página está alinhada com a comunidade internacional e apoia a NEURODIVERSIDADE.
Assistam X-Men. É uma ótima dica para entender a dinâmica de grupos e subgrupos. Não estou falando pela questão de 'superpoderes' (antes que alguém interprete errado), mas da aceitação/autoaceitação e vida em sociedade. Mesmo ajudando as pessoas, muitas pessoas queriam que os mutantes não existissem.
“O que eles não entendem, eles temem. E o que eles temem, eles tentam destruir [...] Às vezes, você quer acreditar que as pessoas são algo que elas não são. Quando percebe quem elas são, é tarde demais”– X-MEN: Fênix Negra.
⚠️ Não achem que todos autistas/neurodiversos são amigos, que todos familiares e profissionais pensam do mesmo jeito. É uma comunidade bem desunida e tem treta quase toda semana. Os grupos gringos são um horror perto dos brasileiros. Tudo o que eu vou citar não é A ou B, existem muitas variações pelo mundo inteiro:
- Tem quem se aceita como é / quem quer 'cura';
- Tem quem luta por uma causa / luta por outra;
- Tem quem não gosta de não-autistas (neurotípicos) e se acha superior a eles / quem se acha inferior aos neurotípicos / tem que não se acha nem superior nem inferior, se acha igual;
- Tem quem defende certos tratamentos / odeia certos tratamentos;
- Tem profissional ético / antiético (e como tem!);
- Tem quem só siga procedimentos cientificamente comprovados / quem não se importa;
- Tem quem defenda uma sociedade sem preconceitos / tem quem é cheio de preconceitos;
- Tem quem sofre preconceito por se aceitar e ter autoestima / Tem que não aguenta mais o preconceito dos outros e não é aceito dentro de casa.
Autistas são pessoas e pessoas não são iguais. Tenham consciência disso. Quebrem tabus.
Isso pelo mundo todo. Existem vários grupos e subgrupos. Não sou autista azul nem vermelho. Não preciso 'pertencer' ou me sentir 'validado' por ninguém nem ficar no fogo cruzado, meu compromisso é com a ética.
Agora, sobre os problemas que as organizações ajudam a combater.
⚠️ O que vocês não sabem que acontece em muitos países (incluindo o Brasil):
- Terapias desumanas e escondidas e pais que perdem a guarda dos filhos (tem gente que adora brincar com fogo);
- Autistas presos em instituições;
- Abusos físicos cometidos por profissionais antiéticos;
*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
Outros textos sobre autismo publicados aqui no blog: