Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...
Espectro Autista: X-Men, Polarização e guerra de narrativas
Para quem quer entender sobre a polarização nas comunidades autistas/neurodiversas do mundo inteiro: as discordância entre organizações, familiares, profissionais e pessoas no espectro autista. E a razão de eu não estar associado a nenhuma organização e seguir independente.
Não é exclusivo do Brasil (aprendam a interpretar texto) – já deixei bem claro que minha página está alinhada com a comunidade internacional e apoia a NEURODIVERSIDADE.
Assistam X-Men. É uma ótima dica para entender a dinâmica de grupos e subgrupos. Não estou falando pela questão de 'superpoderes' (antes que alguém interprete errado), mas da aceitação/autoaceitação e vida em sociedade. Mesmo ajudando as pessoas, muitas pessoas queriam que os mutantes não existissem.
“O que eles não entendem, eles temem. E o que eles temem, eles tentam destruir [...] Às vezes, você quer acreditar que as pessoas são algo que elas não são. Quando percebe quem elas são, é tarde demais”– X-MEN: Fênix Negra.
⚠️ Não achem que todos autistas/neurodiversos são amigos, que todos familiares e profissionais pensam do mesmo jeito. É uma comunidade bem desunida e tem treta quase toda semana. Os grupos gringos são um horror perto dos brasileiros. Tudo o que eu vou citar não é A ou B, existem muitas variações pelo mundo inteiro:
- Tem quem se aceita como é / quem quer 'cura';
- Tem quem luta por uma causa / luta por outra;
- Tem quem não gosta de não-autistas (neurotípicos) e se acha superior a eles / quem se acha inferior aos neurotípicos / tem que não se acha nem superior nem inferior, se acha igual;
- Tem quem defende certos tratamentos / odeia certos tratamentos;
- Tem profissional ético / antiético (e como tem!);
- Tem quem só siga procedimentos cientificamente comprovados / quem não se importa;
- Tem quem defenda uma sociedade sem preconceitos / tem quem é cheio de preconceitos;
- Tem quem sofre preconceito por se aceitar e ter autoestima / Tem que não aguenta mais o preconceito dos outros e não é aceito dentro de casa.
Autistas são pessoas e pessoas não são iguais. Tenham consciência disso. Quebrem tabus.
Isso pelo mundo todo. Existem vários grupos e subgrupos. Não sou autista azul nem vermelho. Não preciso 'pertencer' ou me sentir 'validado' por ninguém nem ficar no fogo cruzado, meu compromisso é com a ética.
Agora, sobre os problemas que as organizações ajudam a combater.
⚠️ O que vocês não sabem que acontece em muitos países (incluindo o Brasil):
- Terapias desumanas e escondidas e pais que perdem a guarda dos filhos (tem gente que adora brincar com fogo);
- Autistas presos em instituições;
- Abusos físicos cometidos por profissionais antiéticos;
*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
Outros textos sobre autismo publicados aqui no blog:
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