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Destaques

Sobre Reler Livros

Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente.  E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb

Início do fim do Bolsonaro: Quando brasileiros acordam do sono profundo

Quando o encanto do fascismo começa a passar, as estratégias perdem o efeito que tinha. Desde o início Bolsonaro ataca jornalistas e hoje não foi diferente. Dessa vez, no entanto, a vítima recebeu um apoio absurdo. 

Enquanto o fascismo se alimenta do ódio e da divisão, a união e a empatia ajudam no seu enfrentamento. 

Quanto mais impotente, mais hostil ele fica. Covarde de hostilizar jornalistas mulheres. 

Hoje foi um dia feliz de ver muitos artistas e influenciadores saindo de cima do muro. Mas também não deixa de ser triste: uma pandemia, mais de 500 mil mortos, mais de 3 mil mentiras desmentidas pela mídia, entre inúmeras ações que estão sendo investigadas, para muita gente acordar. 

Que sono pesado, hein? E é só o começo. Essa semana tem mais com mais capítulos da CPI da Pandemia.

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Com mais de 22 milhões de seguidores no Instagram e mais de 2 milhões de seguidores no Twitter, o influenciador digital Carlinhos Maia compartilhou: “O país está em guerra, amizades destruídas, famílias brigando, irresponsabilidade que não dá para passar pano, justamente pelo único motivo: ‘nosso presidente’ Bolsonaro, por favor, saia. O país está uma névoa. Bolsonaro, pede para sair”. Porém, ele próprio não respeitou orientações sanitárias e participou de aglomerações, não sendo necessariamente o melhor exemplo para criticar Bolsonaro.

Após inúmeras criticas de fãs e alfinetadas de outros famosos, a cantora baiana Ivete Sangalo publicou em seu Instagram: “Entendo o quão necessário é nesse momento não estabelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir”.

Para quem esperava um posicionamento sobre o impeachment, Ivete que tem mais de 32 milhões de seguidores no Instagram dá a entender que isso será resolvido nas próximas eleições através do poder do voto. “Agora vamos nos unir em prol do que podemos fazer nos nossos espaços para driblar essa desorganização que são: o uso de máscara, higienização, vacinas, e o que mais necessário for. Então, que possamos nos vacinas. Eu sou a favor de vacina para todos”.

Após uma participação do programa Altas Horas, a cantora carioca Claudia Leitte também foi bastante criticada e usou as redes sociais para fazer um desabafo. Um trecho do vídeo dizia que ela se indignava com as pessoas que não usam máscaras e promovem aglomerações. “Isso mata, tá comprovado. O número alarmante de mortos é desesperador. O noticiário sangra todos os dias. O número de pessoas passando fome é revoltante, é triste, é desesperador. Sufoca. E eu não falei sobre isso. Não falei que eu me indigno com o fato de que não tem vacina para todo mundo no meu país", declarou Claudia Leitte. 

Depois da marca de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil, Claudia Leitte publicou no Instagram: “Cuidados diários. Máscaras. Vacina. Sigamos fazendo o ordinário. Deus há de fazer o extraordinário. E que ELE console o coração dos familiares e amigos dos 500.000 que perderam suas vidas” 

Nascido em Maceió, Alagoas, o cantor e compositor Djavan também se pronunciou em seu Instagram. Confira a nota na íntegra:

"Em 2018, tentaram me associar a esse governo por eu ter dito em entrevista que tinha esperança no futuro do Brasil. O futuro, para mim, pertence ao povo que sempre poderá buscar - nas ruas e nas urnas - as transformações sociais que farão do Brasil um país livre e próspero.

Depois de dizer algumas vezes que aquilo era mentira, eu percebi que de nada adiantaria: o desmentido na internet tem efeito contrário, coloca a mentira em evidência.

Tenho décadas de vida pública e uma longa carreira, e quem me conhece sabe dos meus posicionamentos sobre política, problemas sociais, culturais, raciais, homofobia, xenofobia etc. Por isso, é impossível haver qualquer compatibilidade entre mim e um governo errático, que tem atuado na contramão da ciência e que, sempre que pode, demonstra seu desprezo pela democracia.

Não tem cabimento.

Eu NÃO votei no Bolsonaro e NÃO apoio o seu governo”.

Confira algumas declarações contra Bolsonaro feitas no Twitter (não necessariamente de quem está se posicionando só agora):

“Todo o meu respeito à quem está nas ruas tomando todo o cuidado possível pra protestar e reivindicar nosso direito à VIDA” – Manu Gavassi

“500 mil mortos no Brasil! Não são apenas números. É uma terrível consequência da negligência da gestão do atual governo Bolsonaro. Eles tinham como ter evitado essa tragédia. É claro que é #ForaBolsonaro” – Juliette 

“Muitos me questionam quando a crise vai acabar e o Brasil voltar a crescer, portanto decidi responder: Quando o Bolsonaro e sua turma saírem do poder!” – Gil do Vigor

“Nunca serão só números. Ssão pais, são mães, filhos, amores, irmãos, tios e amigos de alguém. O negacionismo mata. Vamos continuar usando máscara, continuar nos cuidando e seguindo com a esperança que todos nós sejamos vacinados o mais rápido possível” – Sophia Abrahão 

“Gritar #ForaBolsonaro é lutar pelo direito à vida. Lutar pela memória dos que foram e pela nossa sobrevivência. Cada número é uma vida, é um amor, uma família, uma turma. Estamos perdendo o incalculável. Eu senti nas manifestações dor e revolta, uma vivência coletiva do luto” Leandra Leal

“Chegamos à triste marca de 500 mil mortos pela covid 19. 500 mil pessoas que eram o amor da vida de alguém. Que eram amadas e amavam. É preciso ação, é preciso lutar, gritar. #ForaBolsonaro” – Mônica Martelli

“500.000 pessoas não morreram apenas de COVID. Morreram pela negligência e pelos crimes de um governo que espalhou vírus, mentiras e divisão” – Alice Braga

“Como filha de professor, estudante de faculdade federal e nordestina falo com toda certeza do mundo que a educação, o Nordeste e o Brasil nunca estiveram tão abandonados por um líder político como é pelo Bolsonaro. Que em 2022 todos VOTEM, mas votem com consciência! #ForaBolsonaro” – Kerline Cardoso

“Não há como isentar o governo federal da responsabilidade. O governo federal descumpriu a obrigação de elaborar e executar, de modo eficiente, um plano nacional contra a COVID-19” – Daniela Mercury

“A mulher que aqui escreve é #ForaBolsonaro e quer vacina no braço e comida no prato da população. Não aguentamos mais um presidente que é anti Brasil e que deixou que meio milhão de brasileiros morressem. Que as vozes das ruas sejam ouvidas!” – Renata Corrêa

“Vacinei, mas vacinei tarde. Já poderia ter vacinado antes, não fossem certos e-mails ignorados vocês sabem por quem.  Viva o SUS. Viva o Butantã. Viva a Ciência, a Educação, a Cultura. Não ao negacionismo, não ao autoritarismo e #forabolsonaro e tenho dito!” – Nilson Xavier

“500 mil brasileiros mortos é sobre um basta na política de morte que nos impuseram. É sobre um freio no negacionismo que nos tirou a vacinação em tempo recorde. É sobre FORA BOLSONARO e seus asseclas incompetentes” – Bruno Gagliasso 

“A culpa é deles que ridicularizaram a doença, recusaram a vacina e não fizeram suas obrigações. Fora Bolsovirus e sua corja!” – Sergio Marone

“Venham todos! O Descontrole da pandemia e a perda de 500 mil vidas tem nome e Sobrenome: JAIR BOLSONARO! Não existe MURO pra ficar em cima agora” – Tico Santa Cruz 

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*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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