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Destaques

Alguma paz

A vida era mais do que frases de efeito e pensamento mágico. Muitas vezes, era sobre como realmente se sentia. Ser sincero consigo mesmo nem sempre era fácil, mas necessário.  Aceitar que, em algumas situações, não fazer parte da vida do outro é o mais saudável para os dois. Assim como acreditar que o contrário também era possível. Era enxergando os dois extremos que poderia encontrar um lugar no meio. Então, a dor que havia sentido um dia, desaparecera. Não era nada mágico. Não era simples efeito do tempo. Era processar as emoções e aceitar as coisas como eram. O exercício de lidar com a frustração era algo diário, mesmo quando não imaginava que estava fazendo. Era somente ao lidar com aquilo que o incomodava, que realmente poderia se libertar. Não era fácil, mas era como finalmente tinha encontrado alguma paz. A paz vinha de ter abandonado a necessidade de agradar aos outros, ainda que desagradasse a si mesmo no processo. A paz vinha de entender que a esperança nem sempre era uma...

Pandemia: Políticos usam mídias sociais para espalhar fake news sobre a Covid-19

Que muitos políticos espalham fake news e mentiras em eventos, na imprensa e nas mídias sociais nunca foi novidade. Porém, o que se observou nesse período de pandemia, foi que muitos políticos também usaram seus espaços para espalhar desinformação sobre o Covid-19, medidas defendidas pela ciência para conter o vírus e até mesmo sobre as vacinas – única solução eficaz do momento para reduzir o número de mortes e casos graves da doença.

Não dá para falar de política de saúde pública sem falar de política. É por isso que no mundo todo a preocupação sobre o trabalho das mídias sociais para conter os danos causados pelas informações falsas sobre a pandemia tem despertado a atenção de milhões de pessoas. Por que alguns políticos e pessoas são banidas, suspensas e outras permanecem livres espalhando fake news sobre o Covid-19 e as vacinas? Essa é uma das perguntas que muitos estão tentando encontrar respostas e aumentando a pressão contra as empresas de tecnologia YouTube, Twitter, Facebook e Instagram.

É leviano dizer que o problema é exclusivo do Brasil. Porém, o que diferencia nossa realidade da de outros países, é que a vacinação começou de forma tardia e lenta por aqui, já que o governo não fechou os contratos que deveria na hora certa – um dos eixos temáticos investigados pela CPI da Pandemia.

Enquanto no Brasil, mesmo com as fake news, milhares de brasileiros revelam o desejo pela vacinação contra Covid-19, em anseio de diminuir a ansiedade com os riscos causados pelo vírus, em diversas regiões do mundo, pessoas estão indo às ruas para protestarem contra o passaporte de vacinas – fazendo uma falsa relação com o nazismo, que desrespeita às milhões de vítimas – e até mesmo casos de profissionais de saúde que se recusam a se vacinar e estão sendo demitidos e/ou assinando termos de responsabilidade.

Nos Estados Unidos, os políticos do partido de Donald Trump e seus eleitores estão entre os que mais resistem a tomar a vacina. A situação está tão alarmante que o CDC chegou a declarar como a pandemia dos não vacinados e ficam visíveis os constantes pedidos para que essas pessoas busquem a imunização têm sido feitos em todos canais de comunicação, lembrando do maior risco de morte e efeitos graves da doença causada pelo Covid-19 nas pessoas que não tomaram a vacina.

Um dos eixos de investigação da CPI da Pandemia é o das fake news sobre a pandemia. Uma lista divulgada pela comissão apontou 26 políticos que publicaram postagens desde sobre os tratamentos sem comprovação científica contra Covid-19, informações erradas e duvidosas sobre as medidas de restrições sociais e o lockdown e declarações falsas sobre as vacinas.

Nesta quarta-feira, 21 de julho de 2021, o YouTube chegou a remover vários vídeos do próprio presidente Jair Bolsonaro por declarações sobre os tratamentos sem comprovação científica contra Covid-19. Além dele, na pandemia, outros jornalistas defensores do tratamento precoce tiveram vídeos removidos da plataforma de vídeos.

Além das redes sociais, as informações falsas sobre a Covid-19 também são promovidas em sites e aplicativos de troca de mensagens – estes últimos mais difíceis de monitorar. Pela quantidade de fake news sobre a pandemia soltada com fins políticos, dá para saber o que esperar das Eleições 2022.

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*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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