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Destaques

Sobre Reler Livros

Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente.  E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb

Tag Literária: Palavras Cruzadas

Encontrei a Tag Literária: Palavras Cruzadas nos blogs Viagem Literária e Viciadas em Livros e decidi responder aqui no blog. Gosto das tags, pois elas são uma ótima forma de recomendar livros que gostei de ler, de uma maneira diferente, sem tanta formalidade.

Esta é a quarta tag literária que eu respondo para o blog. Se você gosta de tags, não deixe de conferir os outros posts do blog: Bolo Literário, Redes Sociais e Chatices Literárias.

PS: Tomo cuidado para não responder os mesmos livros nas tags diferentes, para que a resposta não fique parecida, como a de um livro que eu goste muito e recomendaria para todo mundo que está presente em quase todas as tags literárias.

Vamos direto ao ponto... Confira abaixo as minhas respostas para a Tag Literária – Palavras Cruzadas:

1. Vox Populi (Um livro que recomendaria para todo mundo).


Madame Bovary, do escritor francês Flaubert (várias editoras). Algumas leituras me marcam mais do que outras. Pode ser que eu tenha respondido ele, por ter sido o último clássico da literatura que li, no entanto gosto de livros assim, que nos fazem vibrar e sofrer junto com o protagonista, e nos deixem várias lições sobre a vida. Eu diria que a leitura de clássicos é essencial, principalmente se você gosta de literatura e escrita, para compreender os romances contemporâneos. Quanto melhor a bagagem cultural (referências literárias), mais prazerosa se torna a literatura (compreensão).

2. Maldito plágio (Um livro que gostaria de ter escrito).


O Mapa do Tempo, do escritor Félix J. Palma (Editora Intrínseca). Este romance é genial, no qual o leitor viaja para diferentes séculos. O autor usa muita intertextualidade, explorando muito bem as referências de outros livros e escritores, tornando a leitura, literalmente, uma viagem pelo tempo.  Só para ter noção, um dos personagens do livro é o escritor H. G. Wells, autor de diversos romances de ficção científica; além de Jack, o Estripador; Bram Stocker, o autor de Drácula, Henry James e Júlio Verne, autor de A Volta ao Mundo em Oitenta Dias. Uma refeição completa para os amantes dos livros, e uma lição para escritores iniciantes que desejam aprender mais sobre como a criatividade e as técnicas de escrita podem ser utilizadas para produzir uma obra de qualidade literária, sem deixar o entretenimento de lado.

3. Não vale a pena derrubar árvores por causa disto.


Para Sempre, dos autores Kim e Krickitt Carpenter (Editora Novo Conceito). Pergunta difícil de responder e um pouco cruel, né? Quem é que gostaria de ver o seu livro sendo respondido nesta tag, mas se decidi entrar na brincadeira, não tinha como deixar de responder. Por quê? Sabe aquela história de que um livro é muito melhor do que sua versão para o cinema? Apesar de achar meio idiota essa comparação entre livros e filmes, visto que são formatos completamente diferentes, com recursos diferentes para entreter, o filme de Para Sempre é muito mais emocionante do que o livro. Talvez seja a trilha sonora, a fotografia, o roteiro...  Não sei. Quando li o livro, não conseguia parar em como era maçante. Esperava algo mais literário e o que encontrei foi uma história autobiográfica, sem nenhum trecho que pudesse causar comoção, embora seja triste e linda.

4. Não é você, sou eu (Um livro bom lido na hora errada).

Não consigo me lembrar de nenhum no momento. Talvez aqueles clássicos da literatura nacional empurrados durante o ensino médio, num período da minha vida que eu não me interessava muito por leitura, principalmente aquelas leituras obrigatórias de vestibular. Quase sempre achava um pé no saco. Meio chato admitir, mas os clássicos internacionais me ganham do que os brasileiros.

5. Eu tentei... (Um livro que tentou ler, mas [ainda] não conseguiu).


O Senhor dos Aneis, do J. R. R. Tolkien (Martins Fontes). Eu sei, é uma vergonha admitir, mas até hoje não consegui ler os livros da trilogia de The Lord of the Rings. Primeiro, porque não tenho os exemplares em casa; segundo, que quando peguei na biblioteca, tinha outras leituras na frente e acabei devolvendo o livro, sem passar dos primeiros capítulos! Fica aqui um lembre de uma trilogia que preciso comprar, para ler... Aliás, ler um livro emprestado da biblioteca não é tão gostoso quanto ler um livro seu, onde você pode fazer suas anotações, marcar trechos favoritos e viajar pela história no seu próprio ritmo, sem pressa.


6. Hã? (um livro que leu e não entendeu nada OU um livro que teve um final surpreendente).


Sombras e Nefastos, do Ricardo Bellissimo (Editora Via Lettera). Sem dúvidas, um final surpreendente! Não é um final confuso, mas é genial, mostrando como o escritor planejou bem o seu romance. Outro ponto legal do livro é a sua narrativa epistolar (troca de cartas entre os personagens). Para quem gosta de romances de suspense e psicopatas, a obra é uma boa pedida!

7. É tão bom, não foi? (um livro que devorou).


O Amante Alemão, da Lélia Almeida. O romance me pegou de surpresa e me envolveu, de forma que quanto mais eu lia, mais desejava saber o que aconteceria aos personagens principais. A história é bem trabalhada, além de ter vários símbolos utilizados para separar os diferentes núcleos narrativos. Um livro recheado de reflexões, com direito a uma bela catarse no final.

8. Entre livros e tachos (uma personagem que gostaria que cozinhasse para você).


Escola dos Sabores, da Erica Bauermeister (Editora Sextante). O romance aborda um curso de culinária, entre os participantes ao mesmo tempo em que aprender a cozinhar, descobrem mais sobre suas próprias vidas. A autora relaciona os pratos aos sentimentos e diz uma metáfora bonita sobre a importância de uma boa base do bolo para mantê-lo em pé, comparando-o ao casamento. Sem dúvidas, o livro traz vários personagens que eu gostaria que cozinhassem para mim, principalmente a professora de culinária.

9. Fast Forward (um livro que podia ter menos páginas que não se perdia nada).


O Lorde Supremo, da Trudi Canavan (Editora Novo Conceito). O terceiro livro da trilogia do Mago Negro é o maior dos três. O enredo fica tão enrolado, e parece que a história da protagonista passa num ritmo lento, pois a autora tentou dar atenção para outros personagens ‘principais’. Além de Sonia, a protagonista, a escritora quis prolongar os conflitos e resoluções de cada um deles para outros personagens, como Dannyl, Lorlen, Akkarin, Rothen e Ceryn. Ou seja, dentro de cada capítulo, há vários núcleos narrativos, contando o que acontece em cada um deles. Uma viagem que seria mais prazerosa se os outros personagens tivessem menos peso na história, para que a leitura não se tornasse cansativa. Confira a resenha de O Clã dos Magos e A Aprendiz.

10. Às cegas (um livro que escolheria só por causa do título).


A Noite das Bruxas, da Agatha Christie (Editoras Nova Fronteira e L&PM). O detetive Hercule Poirot vai investigar um assassinato presenciado por uma adolescente que tem fama de ser mentirosa, mas durante a festa de Halloween ela morre. Os livros da escritora são gostosos de ler, principalmente os de investigação com o Poirot.

11. O que conta é o interior (um livro bom com uma capa feia).


O Apanhador no Campo de Centeio, do J. D. Salinger. A capa do livro é super básica. A do meu exemplar é toda cinza, mas mesmo as das outras edições não parecem ser melhores. O interior conta muito, afinal, para mim, é a parte mais importante do livro. A história não envelhece e é marcante. Se você acha As Vantagens de Ser Invisível legal, não pode deixar de ler este romance.

12. Rir é o melhor remédio (um livro que tenha feito você rir).


Os livros da série Os Diários de Carrie, da Candace Bushnell (Editora Galera Record). A escrita da autora flui muito mais do que em Sex and the City, embora seja injusto comparar já que a série aborda a adolescência da protagonista, Carrie Bradshaw, e o outro livro é de não ficção e é uma compilação das colunas escritas pela autora sobre sexo e a cidade (Nova Iorque). Acho graça nos livros de quando a personagem era adolescente, pois fico imaginando tudo o que ela passou para se transformar na adulta Carrie, porém como os livros foram escritos depois do seriado adaptado para a televisão (Sex and the City), há muitas informações que não combinam. O importante, no entanto, é o entretenimento proporcionado ao ler os livros.

13. Tragam-me os Kleenex, por favor (um livro que tenha feito chorar).


Palavras Envenenadas, da escritora Maite Carranza (Editora Novo Conceito). O livro é um romance policial, com um segredo muito forte por trás do desaparecimento de uma adolescente. As lágrimas ao ler o livro não foram de alegria, mas de tristeza mesmo. O clímax da história é muito poderoso e catártico. Quando todo mundo pensa que a personagem estava morta, o mistério começa a ser revelado aos poucos, deixando o leitor sem ar, com o coração apertado e dor no estômago.

14. Este livro tem um V de Volta (um livro que não emprestaria a ninguém).


As antologias que eu participei da Andross Editora: Mentes Inquietas, Amores Impossíveis e Sonhos Lúcidos. Cada autor recebe sua cota de participação, e após esgotar os exemplares, acredito que não seja possível comprar mais, a não ser que algum dos escritores não tenha vendido todos os seus livros. Tenho um carinho muito grande por cada um dos livros de contos com histórias minhas publicadas.

15. Espera aí que eu já te atendo (um livro ou autor que está constantemente a adiar).


Black House, do Stephen King e Peter Straub. Coitadinho do livro. Estou adiando a leitura dele há meses. Começo a ler algumas páginas, depois faço uma pausa e leio outro livro em português. Acredito que ainda não engatei na leitura, porque a obra está em seu idioma original, o inglês, e por não ter tanta facilidade com livros internacionais quanto com livros nacionais, é algo que preciso ler com calma e requer mais concentração e disciplina. 

Bom, é isso! Respondida mais uma tag literária... Espero que tenham gostado!

Abraços! ;-)

Comentários

  1. Nossa Ben adorei essa tag nunca tinha visto ninguem responder!
    Quem sabe um dia me arrisco!
    Vi outro dia, não sei se já respondeu :: Tag Arco-Iris Literário, achei bem bacana, vou procurar o link e te mando no TT!

    Beijos

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    Respostas
    1. Já estou curioso para procurar essa tag literária!
      Obrigado pela visita e comentário!!

      Beijos

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  2. Adorei suas respostas!!!! Não conhecia quase nenhum livro, e achei legal suas respostas! Beijos

    http://www.gotinhasdeesperanca.com

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    Respostas
    1. Olá, Michele! Fico muito feliz que tenha gostado das respostas e conhecido livros novos. Quem sabe não se aventura à procurar alguns deles?
      Beijos e volte sempre!

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